quarta-feira, 30 de abril de 2014
Lançamento de livro sobre a Rainha Santa com apresentação de SAR, a Senhora Dona Isabel, Duquesa de Bragança
Exºs Senhores,
A Alêtheia Editores e a Confraria da Rainha Santa Isabel têm o prazer de convidar V. Exª para o lançamento do livro de José Miguel Pero-Sanz no próximo dia 7 de Maio (quarta-feira), pelas 18.30 horas, nos Claustros do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.
A obra será apresentada por S.A.R. a Senhora Dona Isabel, Duquesa de Bragança, e pela Prof. Doutora Maria Helena da Cruz Coelho.
Com os nossos cordiais cumprimentos,
António Rebelo
Confraria da Rainha Santa Isabel
Igreja da Rainha Santa Isabel
Alto de Stª Clara
terça-feira, 29 de abril de 2014
Real Confraria do Santo Condestável S. Frei Nuno Stª Maria
Presentation of oil Portrait of our Royal Patron and Grand Collar Grand Constable HRH Dom Duarte Pio de Bragança by Grand Collar Alcaide Angelo Musa. Destined for display at the permanent Memorial to Saint Nuno maintained by the Royal Confraternity in the Lipsanotheca at Fatima.
O Rei da Nação
A Nação é uma comunidade estável constituída, historicamente, com base num território, numa língua, e com aspirações materiais e espirituais comuns. A Nação é pois o agregado de indivíduos constituído por vontade própria e não reunido de uma forma acidental.
O Povo é usualmente concebido como um conjunto de indivíduos, que num dado momento histórico constitui a Nação. POVO E NÃO POPULAÇÃO! Pois não se trata apenas de um conjunto de pessoas que residem habitualmente num determinado território.
Por isso o Povo não pode ser apenas a margem de manobra dos políticos republicanos.
O que falta, então, para que Nação e Povo recuperem a sua expressão ampla?!
Falta o Rei de Sua Nação e do Seu Povo, independente e livre de estranhas tutelas!
O Rei traduz a vontade nacional, sentindo com o Seu Povo, fazendo seus os problemas deste e transmitindo as suas ânsias aos políticos.
O Rei, o Supremo Magistrado da Nação que, acima de tramas partidárias, independente de um calendário político, terá a tranquilidade e a legitimidade para actuar como moderador entre as várias facções políticas ou demais grupos da sociedade civil evitando conflitos e efervescência social.
Fonte de travões e contrapesos contra políticos eleitos que poderiam procurar obter poderes maiores aos atribuídos pela Constituição, El-Rei será, assim, em último caso, uma ressalva contra a ditadura.
O Rei é educado para essa função, uma vez que antes de ser Monarca é o herdeiro presuntivo que é lapidado para adquirir todas as competências e conhecimentos sejam políticos, técnicos, científicos e culturais para que esteja devidamente apetrechado para desempenhar com o máximo de aptidão o seu Ofício de Reinar.
O Rei assume-se como um funcionário da Nação e do Povo acautelando por cumprir qualquer das obrigações inerentes ao seu cargo, que encara como serviço. O Rei tem de reinar rectamente: Rex eris, si recte facias, si non facias, non eris. Não há político, algum, que tenha entranhado, arreigado esse espírito de missão como um Rei.
Um Rei que acautelará a manutenção da independência da Nação.
O Povo é usualmente concebido como um conjunto de indivíduos, que num dado momento histórico constitui a Nação. POVO E NÃO POPULAÇÃO! Pois não se trata apenas de um conjunto de pessoas que residem habitualmente num determinado território.
Por isso o Povo não pode ser apenas a margem de manobra dos políticos republicanos.
O que falta, então, para que Nação e Povo recuperem a sua expressão ampla?!
Falta o Rei de Sua Nação e do Seu Povo, independente e livre de estranhas tutelas!
O Rei traduz a vontade nacional, sentindo com o Seu Povo, fazendo seus os problemas deste e transmitindo as suas ânsias aos políticos.
O Rei, o Supremo Magistrado da Nação que, acima de tramas partidárias, independente de um calendário político, terá a tranquilidade e a legitimidade para actuar como moderador entre as várias facções políticas ou demais grupos da sociedade civil evitando conflitos e efervescência social.
Fonte de travões e contrapesos contra políticos eleitos que poderiam procurar obter poderes maiores aos atribuídos pela Constituição, El-Rei será, assim, em último caso, uma ressalva contra a ditadura.
O Rei é educado para essa função, uma vez que antes de ser Monarca é o herdeiro presuntivo que é lapidado para adquirir todas as competências e conhecimentos sejam políticos, técnicos, científicos e culturais para que esteja devidamente apetrechado para desempenhar com o máximo de aptidão o seu Ofício de Reinar.
O Rei assume-se como um funcionário da Nação e do Povo acautelando por cumprir qualquer das obrigações inerentes ao seu cargo, que encara como serviço. O Rei tem de reinar rectamente: Rex eris, si recte facias, si non facias, non eris. Não há político, algum, que tenha entranhado, arreigado esse espírito de missão como um Rei.
Um Rei que acautelará a manutenção da independência da Nação.
FACTOS RONPEN LEYS
Ser Rei, é ser Pai duma Nação!
– Ter o Poder de Deus; que dá ao Rei,
alçada de Juiz, foral e acção,
para quando falar o Coração,
Ele possa guiar a Cega Lei…
– Ter o Poder de Deus; que dá ao Rei,
alçada de Juiz, foral e acção,
para quando falar o Coração,
Ele possa guiar a Cega Lei…
Um rei que ponha bem certas,
as contas que andem tortas;
e que sempre tenha abertas,
bolsa, orelhas e portas…
as contas que andem tortas;
e que sempre tenha abertas,
bolsa, orelhas e portas…
A bolsa, para dar a quem não tenha;
orelhas, para ouvir risos e pranto;
as portas, para entrar, filho que venha
acolher-se às dobras do Seu Manto!
orelhas, para ouvir risos e pranto;
as portas, para entrar, filho que venha
acolher-se às dobras do Seu Manto!
Pai da Pobreza.
Mão de Justiça.
Nos olhos – largueza…
Eis a Realeza,
que a Pátria cobiça!
Mão de Justiça.
Nos olhos – largueza…
Eis a Realeza,
que a Pátria cobiça!
In “Velhos Forais do Aragão”
Miguel Villas-Boas
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Altezas Reais, o Dom Duarte, Duque de Bragança e Príncipe da Beira visitam a Feira Internacional Agropecuária de Estremoz (FIAPE)
Sua Excelência Alteza Real, o Sr. Dom Duarte, Duque de Bragança e Sua Excelência Alteza Real, o Príncipe da Beira estarão presentes, em visita, no último dia da Feira Internacional Agropecuária de Estremoz (FIAPE).
Como confirma fonte próxima de Sua Alteza Real, o herdeiro da coroa portuguesa, chegará ao evento pelas 11:30h da manhã de domingo, será recebido no stand da Câmara Municipal pelo autarca estremocense, Luís Filipe Mourinha, que acompanhará Dom Duarte na visita, que tem início no stand da Real Associação do Centro e Alto Alentejo. Haverá lugar a um almoço com simpatizantes e apoiantes, no recinto da FIAPE, para o qual os interessados deverão fazer as suas inscrições, que podem ser efetuadas via SMS, até ao dia 2 de Maio, para os números 964370614, 937026990 ou 912229115.
Cerca das 15 horas, terá lugar uma visita ao Museu Municipal Professor Joaquim Vermelho, onde D. Duarte será convidado a integrar a Comissão de Honra de apoio à candidatura dos Bonecos de Estremoz a Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, a arte que se mantém inalterada desde o Século XVII.
Relembramos que a Real Associação do Alto Alentejo, que vai estar representada na FIAPE, tem sede em Vila Viçosa e trata-se do órgão local da Causa Real para os distritos de Évora e Portalegre, que tem como objetivo a divulgação, promoção e defesa da instituição real, corporizada na Coroa Portuguesa e a prossecução de ações e de projetos de interesse cultural, social, de assistência e solidariedade que visem a dignificação, a valorização e o desenvolvimento dos seus associados e da comunidade em geral.
Fonte: Rádio Campanário
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O Duque de Bragança D. Duarte Pio vai marcar presença na edição 2014 da FIAPE
O Duque de Bragança, D. Duarte Pio, vai marcar presença na edição de 2014 da FIAPE – Feira Internacional Agro-Pecuária de Estremoz, certame que se realiza na cidade branca do Alentejo, entre os dias 30 de Abril e 4 de Maio.
O herdeiro da coroa portuguesa, que virá até Estremoz acompanhado pelo seu filho D. Afonso, Príncipe da Beira, será recebido no stand da Câmara Municipal pelo Presidente da autarquia estremocense Luís Filipe Mourinha, pelas 12 horas do dia 4 de Maio, Domingo, dia final da FIAPE. No espaço do Município será degustada a prova de alguns produtos regionais.
Após a visita à feira e ao stand da Real Associação do Centro e Alto Alentejo, terá lugar um almoço com simpatizantes e apoiantes, no recinto da FIAPE. As marcações para este almoço podem ser efectuadas via SMS, até ao dia 2 de Maio, para os seguintes números de telemóvel: 964370614, 937026990 ou 912229115.
A Real Associação do Alto Alentejo, tem sede em Vila Viçosa, é o órgão local da Causa Real para os distritos de Évora e Portalegre, e tem como objectivo a divulgação, promoção e defesa da instituição real, corporizada na Coroa Portuguesa e a prossecução de acções e de projectos de interesse cultural, social, de assistência e solidariedade que visem a dignificação, a valorização e o desenvolvimento dos seus associados e da comunidade em geral.
Pelas 15 horas, terá lugar uma visita ao Museu Municipal Professor Joaquim Vermelho, onde D. Duarte será convidado a integrar a Comissão de Honra de apoio à candidatura dos Bonecos de Estremoz a Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO.
Fonte: Estremoz Soeiro
domingo, 27 de abril de 2014
sábado, 26 de abril de 2014
SAR, O Senhor D. Duarte de Bragança recebido na Câmara Municipal do Funchal
No âmbito do Madeira Film Festival de 2014, o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, recebeu, hoje, no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho, para um “Madeira de Honra”, Dom Duarte Pio de Bragança, o Embaixador da Bulgária, em Lisboa, Todor Stoyanov, o Embaixador da Indonésia, em Lisboa, Mulya Wirina, bem como a organização e alguns realizadores concorrentes, em curtas e longas-metragens, nesta edição do festival.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal do Funchal destacou a importância do evento, mormente nas suas vertentes culturais e ambientais, salientando ainda o facto de projectarem filmes que realçam uma das mais importantes “marcas” da Região Autónoma da Madeira, a Laurissilva, nomeadamente a força da sua natureza, beleza e plenitude.
Da parte da organização, o director do festival, Aitken Pearson, destacou o apoio que tem sido dado pelo Município do Funchal a este evento.
Fonte: Câmara Municipal do Funchal
sexta-feira, 25 de abril de 2014
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Festas do Santíssimo Milagre em Santarém
À tarde, as ruas da cidade cobertas de flores e verdura e as varandas enfeitadas por colchas de seda criam um cenário único para receberem, pelas 16h00, a Magna Procissão do Santíssimo Milagre.
As festividades terminam no dia 28 (segunda-feira) com a celebração da Missa na Ermida do Santíssimo Milagre pelas 08h30.
A Igreja Paroquial de Santo Estêvão, actualmente Santuário do Santíssimo Milagre, situa-se no centro histórico de Santarém e é um centro de culto e peregrinação dos mais frequentados em Portugal.
Fonte: O Mirante
Santíssimo Milagre
Corria o ano de 1266 (ou o de 1247, segundo alguns cronistas) quando, em Santarém, vivia uma pobre mulher, a quem o marido muito maltratava, andando desencaminhado com outra. Cansada de sofrer, foi pedir a uma bruxa que, com os seus feitiços, pusesse fim à sua triste sorte. Prometeu-lhe esta remédio eficaz, mas necessitaria de uma hóstia consagrada.
Depois de hesitar, a pobre mulher foi à Igreja de Santo Estêvão, confessou-se e, recebida a Sagrada Partícula, com suma cautela a tirou da boca, embrulhando-a no véu. Saiu rapidamente da igreja, encaminhando-se para a casa da feiticeira. Mas, então, sem que ela o notasse, do véu começou a escorrer sangue, o que, visto por várias pessoas, as levou a perguntar à infeliz que ferimentos tinha. Confusa em extremo, corre para casa, e encerra a Hóstia Miraculosa numa arca. Passou o dia, entretanto, e à tarde voltou o marido. Já em alta noite, acordam os dois, e vêem toda a casa resplandecente. Da arca saíam misteriosos raios de luz. Inteirado o homem do acto pecaminoso da mulher, de joelhos, passaram o resto da noite, em adoração.
Mal rompeu o dia, foi o pároco informado do prodígio sobrenatural. Espalhada a notícia, meia Santarém acorreu pressurosa a contemplar o Milagre. A Sagrada Partícula foi então levada, processionalmente, para a Igreja de Santo Estêvão, onde ficou conservada dentro de uma espécie de custódia feita de cera. Mas, passado alguns anos (em 1340), ao abrir-se o sacrário para expor à adoração dos fiéis, como era costume, encontrou-se a cera feita em pedaços e, com espanto, descobriu-se que a Sagrada Partícula se encontrava encerrada numa âmbula de cristal, miraculosamente aparecida. Esta pequena âmbula foi colocada numa custódia de prata dourada onde ainda hoje se encontra.
A Igreja Paroquial de Santo Estêvão é actualmente o Santuário do Santíssimo Milagre. Desde a ocorrência do milagre, esta igreja foi destino de inúmeras procissões, feitas pela corte régia, ou por grandes personalidades da nobreza e do clero, sobretudo a pretexto de doenças, cheias, ou de seca. Muitos são os ecos que, documentalmente, nos ficaram como testemunho, como o caso da Rainha Santa Isabel, que passando por Santarém a caminho de Coimbra, a fim de pacificar as discórdias entre seu marido D. Dinis e seu filho D. Afonso, mandou fazer uma procissão de preces, em que ela acompanhou descalça o Santíssimo Milagre, com uma corda ao pescoço e coberta de cinzas, implorando assim a misericórdia do Altíssimo. Também D. Afonso VI, em 25 de Janeiro de 1664, ao deslocar-se a Santarém, não deixou de visitar a Igreja do Santíssimo Milagre e o Convento de S. Domingos, onde, por esta época, se conservava a misteriosa toalha que envolvera a Sagrada Hóstia e na qual era ainda visível o sangue. No local onde se situava a casa da pobre mulher, encontra-se hoje a Ermida do Milagre.
Fonte: Saber Sapo
Instituição Real: Dedicação, Independência, Preparação, Unidade, Representação
A política decorre na livre contenda de interesses e opiniões. Os conflitos expressam-se na discussão democrática. O nosso modo de viver é plural. Mas importa identificar, colectivamente, formas políticas comprovadas, que permitam uma democracia mais completa, de modo a resolver suave, alongada e harmoniosamente os persistentes problemas, sem sofrimentos excessivos e tantas vezes inúteis. Há objectivos comuns à democracia que requerem uma consideração comum, não podem vogar ao sabor da facção.
Antes de ser uma crise económica e financeira esta é uma crise da sociedade que vivemos e da política que praticamos. Quando periga o financiamento às políticas sociais, quando não há mobilização de vontades e créditos, quando a política perde prestígio e, quando o fatalismo é imposto pela força dos factos e por uma lógica de inevitabilidade, então instalou-se uma crise política que requer uma acentuada descontinuidade.
Este cenário de esgotamento não é apenas correspondente à diferença entre as expectativas de há algum tempo atrás e a situação presente, não está somente relacionada com problemas recentemente emergentes, mas deve-se também a condições institucionais e políticas que podem gerar tais resultados. Estamos numa fase em que a descontinuidade salienta-se com evidência e estrondo a vários níveis, na evidência do desemprego e falência de projectos de vida, no peso da dívida acumulados, na sociedade que está sem perspectiva.
Associo a monarquia ao sucesso democrático, ao sucesso social e ao sucesso económico, pois a Instituição Monárquica é quem melhor pode representar a história, a unidade nacional, a equidistância e a continuidade das políticas.
Fonte: Caderno Monárquico
quarta-feira, 23 de abril de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
A Capela de D. Maria Pia
No nosso país, existe uma certa tendência para as re-inaugurações. Desde o Museu dos Coches em caricata espera de "inauguração" por um ministro D. Amélia de fatinho cinzento e gravata às riscas, até à "inauguração" do "novo Terreiro do Paço", já nos habituámos à moda.
A reabertura da Capela da Rainha D. Maria Pia, talvez possa ser considerada como o primeiro marco da passagem de José Alberto Ribeiro pela direcção do Palácio da Ajuda. O local de culto consiste num espaço austero e íntimo, tendo optado o arquitecto Ventura Terra por uma decoração sóbria e coincidente com as indicações dadas pela monarca. Belas pinturas - onde pontifica o El Greco que até à data poucos portugueses sabiam existir -, bons móveis, ricos objectos de culto e uma iluminação adequada. Sob os auspícios do mecenato do Millenium BCP, o restauro foi bem executado e o único aspecto a merecer uma reconsideração, será a sinalética de difícil leitura.
Os discursos foram proferidos na chamada "Sala D. Carlos", um espaço também desconhecido pela imensa maioria dos visitantes. O Palácio da Ajuda é em termos europeus uma construção modesta, embora a atracção que exerce se deva à colecção que é um testemunho do gosto de quem o decorou e naquele espaço viveu durante mais de quatro décadas. Pela sua dimensão, o Palácio da Ajuda é a par de S. Bento, o maior edifício da capital portuguesa, merecendo uma especial atenção quanto à sua valorização. Uma infindável série de salas fechadas, colecções que não são mostradas ao público, a fachada poente ignominiosamente arruinada e uma caótica envolvente urbana, eis alguns aspectos que urge atender. A articulação da Ajuda com outros núcleos museológicos da zona de Belém, não poderá deixar de ser considerada como a única opção para a necessária pedagogia da história do poder. Baixelas, as sobreviventes jóias da coroa, pinturas, trajes, carruagens, fotografias e livros, a necessária coordenação com as visitas às galeotas doMuseu de Marinha, consistem naquele todo que possibilita uma imagem mais nítida daquilo que foram os dois últimos séculos de existência da Monarquia Portuguesa. Há uns anos, a exposição cedida pelo Hermitage pareceu prometer-nos a recuperação de um espaço há muito negligenciado pelo Estado, mas aos russos decerto se colocou a desagradável situação da inadequação deste edifício semi-arruinado, aos propósitos de divulgação das colecções vindas de S. Petersburgo. Não poderíamos esperar algo de diferente, pois são conhecidos os constantes trabalhos de restauro e constante manutenção dos antigos palácios imperiais, caso que é extensível ao resto da Europa. Portugal parece ser a excepção.
Conhecemos a vastidão de Versalhes - e a generosidade dos seus benfeitores internacionais -, a imponência de Schönbrunn, a elegância de Potsdam e a grandeza dos palácios russos, ingleses, italianos e franceses, não nos esquecendo do impecável estado do Palácio do Oriente, em Madrid. O Palácio da Ajuda precisa de uma urgente intervenção que não se limite à preservação das suas colecções e dos espaços interiores, urgindo encarar a obra como algo de essencial essencial à promoção de Lisboa.
Conhecemos a vastidão de Versalhes - e a generosidade dos seus benfeitores internacionais -, a imponência de Schönbrunn, a elegância de Potsdam e a grandeza dos palácios russos, ingleses, italianos e franceses, não nos esquecendo do impecável estado do Palácio do Oriente, em Madrid. O Palácio da Ajuda precisa de uma urgente intervenção que não se limite à preservação das suas colecções e dos espaços interiores, urgindo encarar a obra como algo de essencial essencial à promoção de Lisboa.
Apesar de todas as dificuldades e entraves fáceis de adivinharmos, oxalá José Alberto Ribeiro consiga paulatinamente recuperar o mais importante edifício da capital portuguesa, dando-nos a conhecer salas há muito ocultas, finalmente conseguindo o interesse do Estado e mercê de um ainda bastante incipiente mecenato nacional, devolver a dignidade à construção que foi sede de poder e ainda serve para as grandes recepções aos visitantes estrangeiros.
Estádios, centros comerciais, Mercedes, Audi e BMW de pouco nos servem. Façam esta obra, nem que seja para salvaguardarem as aparências.
Nuno Castelo-Branco
Fonte: Estado Sentido
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Arranca hoje o Madeira Film Festival, com o alto patrocínio da Casa Real Portuguesa
Arranca hoje, 21 de Abril, o Madeira Film Festival, festival de cinema de natureza que tem como objectivo prestar homenagem à floresta Laurissilva, Património Natural Mundial da Unesco. Esta terceira edição irá decorrer até ao próximo 27 de Abril, no Funchal, Madeira, e este ano o evento conta com o alto patrocínio da Casa Real Portuguesa. Nele marcarão presença o Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, o realizador do filme Gaiola Dourada, Ruben Alves, bem como Marco d'Almeida e Ivo Canelas, para além de outras personalidades.
Ao todo serão apresentadas 30 obras, 18 longas e 12 curtas-metragens, e no próximo verão o festival irá internacionalizar-se, estando já agendada a passagem, em Setembro, por Los Angeles, no Califórnia Institute of the Arts (CalArts). Ainda em data por determinar está a exibição na universidade de Georgetown, em Washington, e durante as comemorações do centenário na cidade de New Bedford, em Agosto.
Sobre a edição deste ano, e para além dos filmes, o festival conta ainda com workshops, painéis de discussão, concertos musicais, um projecto educativo - e também um programa social cheio de glamour, com cocktails de Vinho Madeira, um desfile de moda da autoria da estilista madeirense Patrícia Pinto, a actuação do duo de Nashville 'Escondido' e um jantar de gala com o 'Scottish Ceilidh', dança e música típica escocesa.
Os Filmes
Blackfish, Leviathan, Lacrau, Sanctuary, The Crash Reel, Fuck for Forest. Projeto Wild Thing, For Those in Peril, The Hunt, Post Tenebras Lux e Mushrooming são algumas das longas-metragens que poderão ser vistas no Madeira Film Festival. Já nas curtas, realce para De Mim, assinado pelo madeirense Carlos Melim.
Fonte: C7NEMA
domingo, 20 de abril de 2014
sábado, 19 de abril de 2014
SAR, O Senhor D.Duarte de Bragança presente na inauguração da placa comemorativa da passagem de Cristóvão Colombo por Lisboa
Realizou-se, no passado dia 12/03/2014, no Hotel Altis Belém, um evento comemorativo do desembarque de Cristóvão Colon em Lisboa, na tarde do dia 04/03/1493, quando do regresso da sua primeira viagem. Foi descerrado, no exterior do hotel, uma placa metálica assinalando essa efeméride, tendo participado nesse acto S.A.R. o Senhor D. Duarte de Bragança, o Embaixador do Panamá e o Embaixador Interino dos Estados Unidos da América, acompanhados pelo Eng.º Raúl Martins (Presidente do Grupo Altis) e pelo Eng.º José Mattos e Silva que, com o seu irmão António, foi um dos organizadores do evento. A placa, com versões em português e inglês, refere que “CRISTÓVÃO COLOMBO DESEMBARCOU EM LISBOA, NA TARDE DO DIA 4 DE MARÇO DE 1493, QUANDO EFECTUAVA O REGRESSO DA SUA PRIMEIRA VIAGEM À AMÉRICA,COMO ELE REFERE NO SEU DIÁRIO. PARTIU DE LISBOA, PARA ESPANHA, NA TARDE DO DIA 13/03/1493. NO ENTANTO O APELIDO QUE CONSTA DOS DOCUMENTOS OFICIAIS SEMPRE FOI COLON E NÃO COLOMBO, DADO ESTE
ÚLTIMO NOME TER RESULTADO DUMA TESE ERRADA QUE DEFENDE QUE ELE TERIA
NASCIDO EM GÉNOVA. DE ACORDO COM A TEORIA QUE VEM SENDO DIVULGADA
PELOS IRMÃOS JOSÉ E ANTÓNIO MATTOS E SILVA, CRISTÓVÃO COLON SERIA UM NOBRE PORTUGUÊS, DENOMINADO SALVADOR ANES DA SILVA, FILHO DA INFANTA D.
LEONOR DE AVIZ (QUE DEPOIS CASARIA COM O IMPERADOR ALEMÃO FREDERICO III)
E DE D. JOÃO MENEZES DA SILVA (QUE DEPOIS DA MORTE VIRIA A SER CONHECIDO
POR BEATO AMADEU). COLON NASCEU NA VILA ALENTEJANA DE CUBA, CERCA DO
ANO 1450, E VIRIA A CASAR, PELO ANO DE 1479, COM FILIPA MONIZ, FILHA DE BARTOLOMEU PERESTRELO, O 1.º CAPITÃO-DONATÁRIO DE PORTO SANTO (ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA)”. Depois do descerramento da placa passou-se ao interior do hotel onde se desenrolou a sessão solene e os mais de oitenta convidados presentes puderam assistir às intervenções orais dos seis membros que integravam a mesa de honra: ao centro, o Eng.º Raúl Martins tendo, sucessivamente à sua direita, o Embaixador do Panamá D. Frederico Umbert, o Almirante Alexandre da Fonseca e o Eng.º António Mattos e Silva. À esquerda do Eng.º Raúl Martins, sentaram-se, sucessivamente, o Embaixador Interino dos E.U.A. Mr. John Olson e o Eng.º José Mattos e Silva. A sessão foi iniciada pelo Eng.º Raúl Martins que deu as boas vindas aos presentes e referiu o interesse do Hotel Altis Belém em se associar às comemorações dos 521 anos da passagem de Colon por Lisboa, não só por se
tratar dum marco histórico importante para a cidade, mas também pelo facto do hotel, desdeque iniciou a sua actividade, ter vindo a manter, como sua temática principal, a divulgação dos feitos dos navegadores portugueses. Seguidamente falou o Eng.º José Mattos e Silva que apresentou uma resenha sobre o tema da placa, evidenciando o papel de Colon como agente secreto do Rei de Portugal, D. João II, o que justificaria que o navegador tenha vindo a Lisboa receber instruções daquele rei (com quem se reuniu em Vale do Paraíso, perto da Azambuja, de 09 a 11/03/1493). Depois falou o Almirante Alexandre da Fonseca que fez uma intervenção sobre o tipo de embarcações usadas na 1.ª viagem de Colon ao continente americano,
apresentando também informação relativa ao regime de ventos que o navegador enfrentou no seu percurso.Usou depois da palavra oEng.º António Mattos e Silva que referiu as possíveis cumplicidades de Colon com alguns dos seus companheiros de viagem, nomeadamente com Juan de la Cosa (proprietário e mestre da Nau “Santa Maria”) e com os irmãos Martim e Vicente Pinzón (que comandavam, respectivamente, as caravelas “Pinta” e “Niña”, sendo que foi a bordo desta última que Colon chegou a Lisboa). Falou do facto da “Pinta” ter aportado ao porto galaico de Baiona e ali se ter recebido a notícia da chegada da “Niña” a Lisboa, referindo ter sido possivelmente D. Pedro de Noronha e Menezes, 3.º Conde e 1.º Marquês de Vila Real (que esteve presente na audiência que a Rainha de Portugal, D. Leonor, concedeu a Colon no Convento de Santo António da Castanheira, perto de Vila Franca de Xira), quem terá enviado essa notícia, dada a sua relação de amizade com os Senhores de Baiona, da família Sotomayor. Falou depois o Embaixador do Panamá, D. Frederico Umbert, que abordou a temática da importância de Colon na História do Panamá, cujo território o navegador descobriu durante a sua 4.ª viagem ao continente americano. A sessão foi encerrada pelo embaixador interino dos E.U.A., Mr. John Olson, que realçou o significado de mais esta evocação da passagem de Colon por Portugal.
Fonte: Revista de Marinha
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Paixão
Na semana santa, a Igreja recorda a paixão e morte de Jesus Cristo.
Apesar de não ser, para um cristão, um relato inédito, impressiona sempre essa tão viva recordação de um facto acontecido há cerca de dois mil anos, mas sempre presente. Na realidade, a todos incomoda e interpela a crueldade do suplício infligido ao crucificado. Por mais que se teorize o padecimento humano e se enalteça o seu valor, a dor dói. Decerto, porque fere o corpo, mas sobretudo porque é incompreensível para a razão.
Não obstante o mistério de um tão grande sofrimento, não é esse o centro para onde converge a liturgia da Igreja no tríduo pascal. Não é à dor que se presta homenagem, na prostração inicial dos celebrantes, no eloquente intróito da paixão do Senhor, na sexta-feira santa. Não é a cruz que se adora quando, genuflectindo, se beija o madeiro.
Com efeito, a dor, pela dor, nada vale. O maior sofrimento pode ser vazio de sentido e de valor. Até o sacrifício da própria vida pode não ter, mesmo em termos religiosos, nenhuma relevância.
Nada vale se não for por amor e ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Os fiéis são convidados a prostrarem-se diante da Cruz, não para adorarem o sofrimento de Jesus, mas para nela se reconhecerem amados por ele, com um amor que, sendo universal, é também individual. São Paulo tinha consciência de ser pessoalmente destinatário desse amor infinito do Deus humanado, «que me amou e se entregou por mim» (Gal 2, 20).
Jesus, «tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao extremo» (Jo 13, 1). É o amor de Cristo que a Igreja celebra na sua paixão, a maior prova desse amor por todos e por cada um, sem excepção. Um amor que é, verdadeiramente, paixão.
Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada
Fonte: Povo
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Que aconteça o Rei!
A posição excepcional que um Rei ocupa na história e na simbologia deve-se sobretudo à singularidade da função que ocupa um Monarca que é a encarnação da Sua Nação e do Seu Povo.
Perante a provada tragédia das repúblicas com as suas mais variadas peripécias e acidentes de percurso, a possibilidade da restauração monárquica aflora um pouco por todo o lado.
Pela confrontação entre os diversos modelos de Monarquias e os exemplos das repúblicas, a oportunidade de mudança de regime incita os Povos à reflexão.
O regime de Monarquia não é antiquado e o declínio presente dos regimes republicanos ajuda a compreender esse traço contemporâneo das Monarquias que torna os Países que as adoptaram como modelo os mais evoluídos em todos os aspectos sejam sociais sejam económicos.
Sem melindres incita-se os republicanos a abandonar a angústia de querer evitar a todo o custo “o tremor de terra” da discussão e a “abrir as portas” ao convívio do debate.
São de trato difícil aqueles homens de um só livro, aqueles que já os romanos avisavam para outrem se acautelar. Tratem de arranjar argumentações mais subtis para evitar o choque da epifania do modelo de sistema de governo monárquico.
Não dêem à ideia de república um valor dogmático – não se trata de um oratório indiscutível -, que domine toda a existência, como se qualquer outra solução de governo fosse um assombro mitológico que se deve espantar.
Repetem até à monotonia sempre o mesmo argumento: “o presidente é eleito pelo povo!”. Ora, a repetição desta expressão fácil, parece ser o derradeiro argumento a que se agarram como o mono a uma liana para não cair. Esta ilusão prejudica-os sem dúvida, pois só no país dos cowboys o Chefe de Estado – que também é o chefe do poder executivo – é verdadeiramente sufragado pelos eleitores através de um complicadíssimo processo eleitoral.
O Presidente e o vice-presidente não são eleitos por sufrágio directo, mas sim por um Colégio Eleitoral, composto por 538 eleitores. O Colégio dos grandes eleitores é composto pois por 538 delegados. Cada Estado tem o número de delegados proporcional à população. A Constituição prevê que cada Estado “designará” tantos eleitores presidenciais quantos os seus elementos no Senado e na Câmara de Representantes, sendo que três é o número mínimo de eleitores que um Estado pode ter, já que possui sempre dois Senadores e pelo menos um membro da Câmara de Representantes, no Congresso. A Constituição norte-americana deixa a cada Estado a faculdade de decidir como escolhe os seus eleitores presidenciais, desde que, depois, sejam sufragados pela população nos Caucases e, quando se decidem sobre um, esse fica com todos os votos do Estado. As excepções são o Maine e o Nebraska, onde os eleitores presidenciais são escolhidos não como um todo, mas por um sistema de votação proporcional.
Depois de os eleitores presidenciais obterem o voto favorável da população, reúnem-se nas respectivas capitais estaduais para votar, na segunda-feira seguinte à segunda quarta-feira de Dezembro, como específica a Constituição. A única restrição constitucional é que um eleitor pode votar em um só candidato que seja residente no seu Estado, para garantir a suposição que fazem sempre uma escolha.
Os votos eleitorais são então fechados hermeticamente e levados de cada Estado ao Presidente do Senado que, em 06 de Janeiro seguinte, os abre e os lê perante ambas as Câmaras do Congresso. Se nenhum candidato receber a maioria dos votos dos eleitores presidenciais, a Câmara de Representantes escolhe o Presidente de entre os três candidatos que obtiveram o número mais elevado de votos eleitorais. Para este propósito cada Estado tem um voto. Quando nenhum candidato a vice-presidente recebe a maioria de votos, o Senado escolhe entre os dois candidatos mais votados. Para esse efeito, cada senador tem um voto. Para ganhar, um candidato tem que receber uma maioria dos votos do senado.
No dia 20 de Janeiro, o Presidente e o vice-presidente tomam posse.
Trata-se realmente de um processo em que a população participa completamente na escolha presidencial, ora posto isto que se retirem os republicanos portugueses com o falso argumento da escolha dessa “presença-quase-ausente” que é o mais alto magistrado aqui desta república.
Perante a apreciável dispersão resta-me dizer: “- o último que apague a luz e feche a porta!”
Restam ainda mais um ou dois argumentos banais da sua [republicana] doutrina: Liberdade é um deles!
Mas aumentou a liberdade?! Dêem-me exemplos, por favor!
De acordo com a lei eleitoral de 1911 podiam votar 1 472 908 cidadãos masculinos maiores de 21 anos para uma população total de 5 960 056.
Consecutivamente à implantação da república, Afonso Costa nomeado Ministro da justiça do governo provisório (sem eleições) de 5 de Outubro de 1910 a 4 de Setembro de 1911, proclama o Partido Republicano Português como o partido único da República.
Também, com a inauguração do governo provisório, surgiram tensões entre os republicanos: entre os chamados provisórios e o grupo do directório. Em segundo lugar, desligam-se do grupo principal, tanto os republicanos do Porto, como o grupo de amigos de Machado Santos. Seguem-se as tensões entre os provisórios e o directório do partido. Com efeito, o governo provisório era obrigado a reunir semanalmente com o directório e a junta consultiva do partido republicano, a efectiva entidade governativa da república.
A esse propósito o monárquico Fernando Pessoa dixit: «(…) É alguém capaz de indicar um benefício, por leve que seja, que nos tenha advindo da proclamação da República? Não melhorámos em administração financeira, não melhorámos em administração geral, não temos mais paz, não temos sequer mais liberdade. Na monarquia era possível insultar por escrito impresso o Rei; na república não era possível, porque era perigoso, insultar até verbalmente o Sr. Afonso Costa. (…)»
A liberdade aumentou, aonde?! A LIBERALIDADE sim, a liberdade NÃO, portanto esse argumento só pode portanto merecer de minha parte, a mais notória indiferença.
Sem dúvida que a Monarquia em Portugal será uma cura radical, o choque necessário para a desordem do sistema dos últimos 103 anos, estoutro, sim, ultrapassado com pressupostos e premissas anacrónicos que lançaram a sociedade e o País numa condição dramática, onde já ninguém consegue, dentro desse regime, encontrar o caminho certo.
Acossados pelas deficiências estruturais do republicanismo, assistimos a uma tentativa dramática de promoção de um regime acabado que atinge o seu grau máximo quando ultrapassam o limite da lógica e entram no campo do absurdo que mesmo com boa vontade nos afasta da senda do entendimento.
Não falem de ética republicana, de igualdade, de direitos!
Vive-se, Hoje, numa Partidocracia, uma alternância no poder dos maiores partidos, rotativismo que apenas facilita a distribuição de sinecuras, vulgo “tachos”. Uma falsa representatividade na qual o poder não é exercido pelo Povo, mas pelos grandes grupos económicos, com predomínio dos financeiros e energéticos. Uma alternância enredada em facções, que faz lembrar o pensamento d’el-Rei D. Pedro V que falava numa “Canalhocracia” estabelecida.
De facto temos novo situacionismo marcado por um modelo eleitoral vencido, derrotando as perspectivas de verdadeira Democracia.
Ambos os situacionistas se dizem progressistas, a oposição dita faladura, mas na verdade existe uma comunhão nada saudável neste regime em que a mentalidade oficial do estado é, principalmente, plutocrática.
Não existem verdadeiramente ideologias, mas caça às benesses, não passando a política de uma simples conciliação de interesses, onde emerge, como consequência nefasta a corrupção. O motor da política não é o sentido de missão, mas o proveito. Sim, os políticos são um caso acabado de oportunistas que procuram enriquecer. Falam em crescimento económico perante uma ilusão de crescimento dependente da engenharia financeira. Só se agravou uma dominância banqueira, bem como foi neste ambiente de lassidão moral que se implantou um capitalismo dependente do empréstimo estrangeiro, gerando-se uma mentalidade oficial plutocrática marcada pelo utilitarismo e sempre assente no indiferentismo face ao Povo porque não reclama com veemência.
O câmbio de regime parece ser a única alternativa a esta decadência do republicanismo de rigor orçamental fanático, metamorfoseado em projectos de governo, essencialmente, tecnocráticos.
Não precisamos de um regime que corta no justo para depois palpar o bolso, e perante a mão suplicante, de forma corredia dar a esmola. A esmola acalma a necessidade, mas prolonga a injustiça e nunca imporá a igualdade social.
Portugueses não se confundam com essas subtilezas!
Defender o regresso da Monarquia é também repudiar os vícios da classe política, pois novas ideias afastarão o bafio das concepções positivistas que negam a ordem política, social e económica.
Como escreveu o 2.º Conde de Alvellos in “O Berço Exilado – Carta a um Príncipe”: «Bons tempos esses, em que os vassalos não mentiam, pelo sufrágio, aos Chefes da Nação e em que os Reis, só a verdade diziam aos vassalos; mas fartaram-se estes da quezilenta companhia (a mentira é muito mais gostosa!) e mandaram a Verdade para o ostracismo, como coisa antiquada; mas essa coisa, real e verdadeira, – não podia existir sem a Realeza, nem a Realeza sem a Verdade e, pelo exílio Se ficaram, enquanto a jovial mentira fazia as delícias de um século…»
De facto, é de filosofias anteriores que se deve retirar o modelo ideal: a Monarquia Constitucional Parlamentar doutrinada por Georg W. F. Hegel.
A ideia moderna de Monarquia foi enunciada por Hegel na sua obra de 1820 “Elementos da Filosofia do Direito”, onde explanou sobre a forma de governo apropriada para o mundo moderno. Como concebido originalmente por Hegel, um monarca constitucional era o chefe do poder executivo e uma figura bastante poderosa, apesar do seu poder ser limitado pela Constituição e pelo Parlamento eleito.
A Monarquia Constitucional surgira pela primeira vez na Europa continental, brevemente, nos primeiros anos após a Revolução Francesa – Napoleão Bonaparte é considerado o primeiro Monarca proclamando-se como uma encarnação da Nação, ao invés de um governante Divinamente escolhido -, tendo-se depois amplamente difundido. Mas, foi Hegel que lhe deu uma fundamentação lógica concertante com a evolução da teoria política contemporânea e da visão cristã da lei natural: um Monarca constitucional, com poderes limitados, cuja função é personificar o carácter nacional e dar continuidade constitucional em tempos de emergência, e que pode mesmo ser visto como profético, pois as repúblicas parlamentares modernas e contemporâneas na Europa são na maior parte cerimoniais e os presidentes, embora eleitos, podem ser comparados a versões do Monarca constitucional de Hegel.
O conceito actual de uma Monarquia Constitucional foi desenvolvido no Reino Unido, onde os parlamentos são democraticamente eleitos, e o seu líder, o primeiro-ministro detém o poder executivo, pois o monarca cedeu o poder e permaneceu apenas com a posição de titular. O Monarca constitucional seguirá o princípio de Montesquieu da separação de poderes.
Ao contrário da república sempre imutável pode-se verificar que a Monarquia tem acompanhado sempre os tempos e procurado o melhor modelo adaptado a cada época.
Como notou o historiador francês Jacques Bainville: «a Monarquia é o mais maleável dos regimes, o mais pronto a se renovar, aquele que tem menos medo das ideias e o que menos se encerra na rotina».
O próprio e fidedigno Eça de Queiroz dizia no século XIX ser o Rei «a única força que no País ainda vive e opera».
O Rei será sempre um símbolo vivo do equilíbrio pelo exercício do seu Poder Moderador, mas também emblema do rigor e da honestidade – honeste vivere – no cume da estrutura política nacional.
Portanto, QUE ACONTEÇA O REI, e rapidamente!
Miguel Villas-Boas
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Da confusão entre Tradicionalismo monárquico e absolutismo.
" Contra o que tendenciosa e falsamente se difunde, o absolutismo, com o significado que hoje se atribui à palavra, nunca existiu na nossa Monarquia medieval. A quase total descentralização administrativa e legislativa, a autonomia dos municípios, o poder deliberativo das Cortes, o respeito tido para com a Igreja, o observado acatamento das leis fundamentais do Reino, são factores que desdizem peremptoriamente dos excessos do Poder Real, que é isso que se pretende dizer ao falar-se de absolutismo. De resto, essas várias forças descentralizadas opor-se-iam, como é lógico, a qualquer tirania do soberano."
Mário Saraiva
Fonte: Prometheo Liberto
terça-feira, 15 de abril de 2014
O PIB não é tudo
Quando o economista e Prémio Nobel Simon Kuznets apresentou o seu novo conceito estatístico - o PIB - ao Congresso dos EUA há precisamente 80 anos, advertiu que embora fosse um bom indicador da actividade económica de um país, dificilmente se poderia inferir da mesma métrica o seu nível de desenvolvimento ou o nível de bem-estar da sua população.
80 anos mais tarde, apesar desta sábia advertência por parte do seu progenitor, comprovada por variadíssimos exemplos onde o crescimento do produto interno bruto esconde impactos nocivos no verdadeiro progresso de um país e do seu povo, o crescimento do PIB continua a ser a métrica dominante na determinação de política económica. Compreende-se, por isso, a procura crescente de indicadores alternativos que se centram na pessoa humana, tratando o crescimento económico como um meio e não um fim. As Nações Unidas têm dado um importante contributo nesse sentido através do seu programa de desenvolvimento, a UNDP.
O produto mais emblemático da UNDP é o Relatório de Desenvolvimento Humano, publicado anualmente, e o resultante Índice de Desenvolvimento Humano, onde o PIB é apenas um entre vários indicadores relacionados quer com níveis de educação e escolaridade, quer com a saúde e que nos dá uma melhor visibilidade do verdadeiro bem-estar num qualquer país. Embora a maior utilidade deste índice seja a nível das situações mais complicadas nos países em desenvolvimento, também serve para ver as diferenças existentes nos países ocidentais, onde se encontra o nosso Portugal.
A monarquia é, na sua génese, um regime profundamente humanista, onde a primeira preocupação do Rei foi sempre o bem-estar das gentes. Essa prioridade, exemplificada continua e constantemente na história do nosso País, tornou o Rei no principal aliado do povo contra as estruturas que foram ameaçando os seus direitos fundamentais. As monarquias modernas, apesar da posição não-executiva do monarca, conseguiram conservar essa ligação onde o povo vê na independência e autoridade da Instituição Real o seu último reduto, acima da luta política e do ciclo eleitoral e, na Família Real, a "sua" família, que se vai renovando naturalmente e acompanhado os destinos do País. É esta ligação que reforça a autoridade e legitimidade da Coroa e a sua capacidade de influenciar e intermediar junto dos actores políticos e do sector privado, em benefício do povo.
Não é surpreendente, por isso, o facto de 75% das monarquias ocidentais se encontrarem no pelotão da frente deste índice, liderado pela Noruega e pela Austrália, ambos monarquias parlamentares.
Luis Lavradio
80 anos mais tarde, apesar desta sábia advertência por parte do seu progenitor, comprovada por variadíssimos exemplos onde o crescimento do produto interno bruto esconde impactos nocivos no verdadeiro progresso de um país e do seu povo, o crescimento do PIB continua a ser a métrica dominante na determinação de política económica. Compreende-se, por isso, a procura crescente de indicadores alternativos que se centram na pessoa humana, tratando o crescimento económico como um meio e não um fim. As Nações Unidas têm dado um importante contributo nesse sentido através do seu programa de desenvolvimento, a UNDP.
O produto mais emblemático da UNDP é o Relatório de Desenvolvimento Humano, publicado anualmente, e o resultante Índice de Desenvolvimento Humano, onde o PIB é apenas um entre vários indicadores relacionados quer com níveis de educação e escolaridade, quer com a saúde e que nos dá uma melhor visibilidade do verdadeiro bem-estar num qualquer país. Embora a maior utilidade deste índice seja a nível das situações mais complicadas nos países em desenvolvimento, também serve para ver as diferenças existentes nos países ocidentais, onde se encontra o nosso Portugal.
A monarquia é, na sua génese, um regime profundamente humanista, onde a primeira preocupação do Rei foi sempre o bem-estar das gentes. Essa prioridade, exemplificada continua e constantemente na história do nosso País, tornou o Rei no principal aliado do povo contra as estruturas que foram ameaçando os seus direitos fundamentais. As monarquias modernas, apesar da posição não-executiva do monarca, conseguiram conservar essa ligação onde o povo vê na independência e autoridade da Instituição Real o seu último reduto, acima da luta política e do ciclo eleitoral e, na Família Real, a "sua" família, que se vai renovando naturalmente e acompanhado os destinos do País. É esta ligação que reforça a autoridade e legitimidade da Coroa e a sua capacidade de influenciar e intermediar junto dos actores políticos e do sector privado, em benefício do povo.
Não é surpreendente, por isso, o facto de 75% das monarquias ocidentais se encontrarem no pelotão da frente deste índice, liderado pela Noruega e pela Austrália, ambos monarquias parlamentares.
Fonte: Causa Real
segunda-feira, 14 de abril de 2014
DUQUES DE BRAGANÇA VISITARAM O CENTRO HISTÓRICO DE GUIMARÃES
Percurso pelo Centro Histórico, onde a Família Real Portuguesa, e em muito particular SAR O Príncipe da Beira e Duque de Guimarães, D. Afonso de Santa Maria, foram presenteados por uma serenata da Tuna Feminina de Bragança
Momento em que vestem a capa de estudante a SAR O Príncipe da Beira e Duque de Guimarães, D. Afonso de Santa Maria
Programa musical
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