A política decorre na livre contenda de interesses e opiniões. Os conflitos expressam-se na discussão democrática. O nosso modo de viver é plural. Mas importa identificar, colectivamente, formas políticas comprovadas, que permitam uma democracia mais completa, de modo a resolver suave, alongada e harmoniosamente os persistentes problemas, sem sofrimentos excessivos e tantas vezes inúteis. Há objectivos comuns à democracia que requerem uma consideração comum, não podem vogar ao sabor da facção.
Antes de ser uma crise económica e financeira esta é uma crise da sociedade que vivemos e da política que praticamos. Quando periga o financiamento às políticas sociais, quando não há mobilização de vontades e créditos, quando a política perde prestígio e, quando o fatalismo é imposto pela força dos factos e por uma lógica de inevitabilidade, então instalou-se uma crise política que requer uma acentuada descontinuidade.
Este cenário de esgotamento não é apenas correspondente à diferença entre as expectativas de há algum tempo atrás e a situação presente, não está somente relacionada com problemas recentemente emergentes, mas deve-se também a condições institucionais e políticas que podem gerar tais resultados. Estamos numa fase em que a descontinuidade salienta-se com evidência e estrondo a vários níveis, na evidência do desemprego e falência de projectos de vida, no peso da dívida acumulados, na sociedade que está sem perspectiva.
Associo a monarquia ao sucesso democrático, ao sucesso social e ao sucesso económico, pois a Instituição Monárquica é quem melhor pode representar a história, a unidade nacional, a equidistância e a continuidade das políticas.
Fonte: Caderno Monárquico
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