Com altíssimos shares de audiências nas televisões que as emitem, as mensagens de Natal dos Monarcas europeus são um êxito porque transparecem a ideia de credibilidade.
O Povo britânico, o Povo espanhol, o Povo holandês, o Povo belga etc., ao assistirem com grande atenção às emissões dos discursos de Natal dos seus Reis demonstram não só interesse no conteúdo, mas têm uma forte sensação de que a mensagem é credível, pois só acreditando que o que está a ser dito corresponde à verdade e ao efectivo pensamento do monarca, justifica que as audiências sejam tão elevadas, pois ninguém, muito menos na época em que se celebra o Nascimento do Salvador, o nascimento da Verdade pode estar interessado noutra coisa que não na verdade. Ninguém perde tempo com um recado ministerial que procura vender sem magia a ilusão ou com um inócuo videotape presidencial sem conteúdo!
Os Monarcas Europeus, os Soberanos, os Chefes de Estado Hereditários, cada um por si – pois só eles e apenas eles são os Chefes de Estado – aproveitaram não só para desejar ‘Boas Festas’ao Seu Povo como para lhes transmitir esperança num futuro que cabe a todos juntos construir com Paz e Harmonia!
Quando a representação do Estado é feita por um Monarca constitucional supra-partidário, que modera todas as facções partidárias e sociais e que revela o Bem Comum para o País, existe uma unidade da representação, como representante relativamente a toda a Nação, pela simples razão que só a sucessão hereditária garante uma legitimidade que é a independência face ao poder político e uma dedicação sincera influenciada pelos princípios da Moral, da ética, do conhecimento adquiridos pela educação de uma vida de serviço, pelo acumular de experiência, e que nenhum outro chefe de Estado, que não seja Monarca, possui. As actividades de um Rei fortalecem a Monarquia e a própria Democracia, pois o Rei não é um político e como tal é livre e independente de todas as estranhas tutelas!
O Rei tem de reinar rectamente! Não há político, algum, que tenha entranhado esse sentido de Justiça, arreigado esse espírito de missão!
Ser Rei é ser Pai duma Nação!
Por isso, os Monárquicos não reconhecem mais alta magistratura do que a Real!
Sua Majestade a Rainha Elizabeth II do Reino Unido, na sua 64ª emissão anual de Natal, reflectiu sobre ‘Inspiração’ e afirmou muitas vezes retirar força quando encontra pessoas comuns que fazem coisas extraordinárias: ‘Voluntários, cuidadores, os organizadores da comunidade e vizinhos; heróis desconhecidos cujo silêncio dedicação as torna especiais. Eles são uma inspiração’.
Sua Majestade o Rei Filipe VI de Espanha falou para toda a Nação, e incidiu o foco nas questões sociais, mas também, defendeu o primado da Lei e do Direito, lembrando que ‘ninguém está acima da Lei’.
Importantes e fortes mensagens, bem diferentes do desfiar de lugares comuns das mensagens dos políticos republicanos que enchem o peito para dizer que representam o País, quando na verdade defendem apenas as agendas dos seus partidos e das suas ideologias.
Por isso só os Reis ao falarem na 1.ª pessoa do plural ‘Nós’, o dito Plural Majestático ou Pronome Real, o fazem com verdadeira e real noção do Seu papel de representarem todos e toda a Nação, represtinando a forma de se dirigir à Nação iniciada pelo Rei Luís XIV de França.
Miguel Villas-Boas
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