quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Homenagem Depois do Tempo a um Homem Antes do Tempo!

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Gonçalo Ribeiro Teles é um Homem do nosso tempo.

Depois de uma vida inteira dedicada à Causa Pública, Gonçalo Ribeiro Telles foi, finalmente, homenageado pelo Estado Português! Não sei se pela má consciência dos desastres ambientais de tão trágicas consequências para os Portugueses, se pelo frenesim com que o nosso Presidente da República agracia portugueses mais ou menos distintos?
Acho que este tardio e justíssimo reconhecimento do Estado foi felizmente precedido, de há muito tempo, por um alargado e sincero reconhecimento dos Portugueses. De todos os Partidos Políticos, de todas as sensibilidades socioculturais. Da Nação de que tantos não gostam, por puro preconceito, de falar.

Hoje, digo-o sem nenhuma satisfação, tem mais valor falar de “Sentido de Nação” – de gostar de ser português e de cumprir a seu dever de cidadania ao serviço dos portugueses, do que “Sentido de (um) Estado” que não temos a certeza se é “de bem” mas que temos comprovadamente a convicção de que não faz bem, em tantas áreas importantes da sua intervenção. E é por isso que entendo que Gonçalo Ribeiro Teles é um homem com Sentido de Nação! A tal que lhe deu o merecido e sincero reconhecimento, antes do próprio Estado.

Gonçalo Ribeiro Teles, enquanto político distinguiu-se sempre pelo que mais tem faltado hoje às classes dirigentes – o sentido de ética, de responsabilidade e de compromisso!

A verdade é que Gonçalo Ribeiro Teles foi mais do que um grande dirigente político e um grande cidadão. Foi o Precursor das mais importantes políticas agro-ambientais aplicadas em Portugal e foi teimosamente pioneiro, no permanente alerta às autoridades públicas dos muitos erros cometidos por tantos Governos na preservação, ordenamento, desenvolvimento e qualificação do Território no sentido pleno da palavra!
Gonçalo Ribeiro Teles foi o primeiro “Verde”, por consciência e cidadania, antes de existirem sequer os Verdes por oportunidade política!
E não foi um pioneiro por qualquer arte de adivinhação ou por uma cultura do pessimismo fatalmente portuguesa. Mas antes por ser um dos maiores conhecedores mundiais desta tão importante área do saber – o conhecimento desse extraordinário Mundo Vivo onde todos queremos estar bem!
Foi um Ecologista inteiro – da Terra onde vivemos, da Humanidade que somos e do que é necessário fazer para que estas duas realidades se harmonizem.
Gonçalo Ribeiro Teles foi talvez o primeiro “Ecologista Politico” que sempre soube da urgência permanente de aproximar a “Ecologia da Terra” da “Ecologia Humana”.

Também na defesa da Instituição Real e da forma Monárquica de regime foi um dos primeiros pioneiros da nossa Democracia. Porque antecipou, antes de quase todos, que seriam as Monarquias os regimes que melhor defenderiam as Democracias do futuro. Vejam simplesmente quais são na actualidade as grandes Democracias as grandes Ditaduras do Mundo e terão uma amostra aproximada do que Ele, também aqui, antecipou!

É assim um Apóstolo da Modernidade – de uma modernidade que nos deve fazer pensar, apesar de, como Ele, corrermos o risco de termos razão antes do tempo!
A minha homenagem a este Apóstolo da Modernidade que tão justamente recebe, por feliz coincidência (?) a Ordem do Infante Dom Henrique, outro dos mais célebres precursores da História de Portugal. Aquele de quem Fernando Pessoa dizia ter sido primeiro grande “Globalizador”, o primeiro homem no Mundo que juntou Continentes depois da Glaciação!
Ao Apóstolo da Modernidade - Gonçalo Ribeiro Teles com quem tanto aprendi, o meu modesto, sincero e eterno obrigado!  

Antonio de Souza-Cardoso
Presidente da Causa Real

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