Existem duas datas importantíssimas no calendário Português: o dia 5 de Outubro, no qual se deveria comemorar o reconhecimento, em 1143, do Reino de Portugal por parte de Sua Majestade Allfonso VII Rei de Leão, Castela e Galiza; e o dia 1 de Dezembro, no qual Sua Excelência João II, Sereníssimo Duque de Bragança é aclamado pelos portugueses como Sua Majestade João IV Rei de Portugal e dos Algarves, colocando assim um fim à União Ibérica liderada por Sua Majestade Católica Filipe IV Rei das Espanhas.
Estas duas datas que marcam a independência do Reino de Portugal e dos Algarves deveriam assumir especial relevo e celebração no calendário português por parte dos agentes políticos. Porém, num país que não quer exercer as suas funções de soberania, devidamente reconhecidas pelo Congresso de Viena de 1815, sobre Olivença e que tem tido dificuldade é manter a mesma sobre as Selvagens não se pode esperar outra coisa.
Assim e no âmbito de um vazio político comemorativo, compete a Sua Alteza Real D. Duarte Pio, Sereníssimo Duque de Bragança e Chefe da Casa Real de Portugal e dos Algarves, chamar a atenção dos Portugueses para a importância do 1.º de Dezembro e para a situação atual em que o país se encontra.
No seu tradicional discurso alusivo à Restauração da Independência, realizado na Noite dos Conjurados, S.A.R. o Sereníssimo Duque de Bragança tem comentado, apoliticamente, a situação geral em que o seu país se encontra, nomeadamente a sua preocupação com a “saúde” da Democracia portuguesa:
«“Os mais recentes atos eleitorais mostram um elevado descontentamento do eleitorado relativamente às forças políticas tradicionais" e a forte abstenção dos portugueses em todos os atos eleitorais mostra descontentamento e “desilusão por parte dos cidadãos”, sinais que considera “visíveis nas gerações jovens, que não se sentem representadas”.
Por isso, e porque a situação “poderá degenerar em consequências graves no futuro”, S.A.R. o Sereníssimo Duque de Bragança defende que este poderá ser “o momento para, em Portugal, se equacionar o voto obrigatório ao mesmo tempo que as instituições do regime se reabilitam e moralizam”.»
É tempo, de após 45 anos de 25 de Abril, não de cumprir Abril, mas de Restaurar de novo a pátria Portuguesa, a Constituição e consequentemente a moral política que tem vindo a degenerar-se desde o fatídico dia 1 de Fevereiro de 1908.
Parte dessa restauração passa pela limitação do ego dos políticos através da substituição da Chefia de Estado republicana pela Chefia de Estado monárquica encabeçada pelos legítimos herdeiros da Casa Real de Portugal e dos Algarves.
“Um Estado sem um Monarca dedicado é como uma orquestra sem maestro.” — Nikolai Vasilievich Gogol, Escritor Russo
MIGUEL PINTO-CORREIA
Economista
Fonte: JM
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