Quem não se lembra já do caso República, quando o ‘Processo Revolucionário Em Curso’ (PREC) silenciou definitivamente o mais famoso jornal socialista?! Com efeito, a 19 de Maio de 1975, a comissão de trabalhadores do jornal, representando os tipógrafos, gráficos e administrativos, invadiu e ocupou as instalações do República, um dos poucos órgãos de informação não comunista, expulsando a sua redacção e direcção, próximas do Partido Socialista. Por ironia do destino, o República, que sobreviveu ao regime autoritário de Salazar e Caetano, acabou por ser silenciado pelo PREC: o que não pôde o ‘fascismo’, pôde o ‘social-fascismo’!
Pelos vistos, também agora há quem queira acabar com a liberdade de pensamento e de expressão. Com efeito, os que zelosamente oficiam o culto da propaganda nacional, rasgaram as suas púdicas vestes quando descobriram que anda por aí alguém que, sem fazer parte da sua sacrossanta confraria, teve o atrevimento de publicar notícias e reportagens sobre acontecimentos da actualidade. Entendem os ditos que é deles o monopólio da informação e da desinformação nacional. Reagindo com fúria, consideraram o dito jornal digital – que o é, segundo a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) – como espaço de propaganda e desinformação, e lançaram um anátema a quem julga – oh inocência! – que a liberdade de pensamento e de expressão é mesmo a sério e que é – imagine-se! – para todos.
Pelos vistos, também agora há quem queira acabar com a liberdade de pensamento e de expressão. Com efeito, os que zelosamente oficiam o culto da propaganda nacional, rasgaram as suas púdicas vestes quando descobriram que anda por aí alguém que, sem fazer parte da sua sacrossanta confraria, teve o atrevimento de publicar notícias e reportagens sobre acontecimentos da actualidade. Entendem os ditos que é deles o monopólio da informação e da desinformação nacional. Reagindo com fúria, consideraram o dito jornal digital – que o é, segundo a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) – como espaço de propaganda e desinformação, e lançaram um anátema a quem julga – oh inocência! – que a liberdade de pensamento e de expressão é mesmo a sério e que é – imagine-se! – para todos.
Para quem ainda não percebeu, o infame órgão de desinformação e propaganda chama-se Notícias Viriato e o dito energúmeno é o seu director, António Abreu.
Foi casual o meu encontro com o Notícias Viriato. Há já alguns meses, escrevi um artigo sobre o carácter não científico da ideologia de género que, como o próprio nome indica, mais não é do que uma ideologia, sem qualquer fundamento científico. À falta de argumentos, um secretário de Estado da (má) Educação caluniou-me numa rede social, acusando-me até de ter ofendido um aluno, o que era absolutamente falso, como depois demonstrei em crónica também publicada no Observador.
Não poderia ter tido conhecimento do insulto, se o Notícias Viriato não tivesse dado essa informação, que outros órgãos da comunicação social ignoraram. Na altura, pensei que se tratava de algum jornal de Viseu, a legendária pátria de Viriato, mas depois soube que afinal é um jornal online, promovido e realizado por dois jovens, o que, diga-se de passagem, é mérito acrescido.
O Notícias Viriato não tem partido, não tem dono, não tem religião: é verdadeiramente livre e independente. Mas, ser livre e independente, tanto dos grupos políticos como dos interesses económicos, paga-se caro num país em que muitos ainda têm uma mentalidade corporativista. Por isso, apesar de algumas frustradas tentativas de descredibilizar as informações veiculadas pelo Notícias Viriato e que, diga-se de passagem, lhe deram mais notoriedade, alguns escribas viram-se obrigados a transferir o seu ódio corporativo para o seu jovem e corajoso director. A verdade é que, depois de vasculharem o passado do António Abreu e interrogarem algum familiar, descobriram que o director do Notícias Viriato não tem carteira de jornalista! Onde se viu tamanha ousadia: alguém expressar-se publicamente sem ser, oficialmente, jornalista?! De facto, se se permitir que uma pessoa, que nem sequer é jornalista encartado, escreva sobre questões de actualidade, aonde é que este país irá chegar?!
Na onda desta perseguição ad hominem, o Bloco de Esquerda que, pelos vistos, não aprecia a liberdade de pensamento e de expressão, agendou, com carácter de urgência, uma audição parlamentar do Conselho Regulador da ERC – note-se que é o Conselho Regulador da Entidade Reguladora: mais ‘regulação’, impossível! – para que preste esclarecimentos sobre o registo, como órgãos de comunicação social, de jornais de desinformação e de propaganda, leia-se o Notícias Viriato.
A urgência é mais do que justificada: não obstante o caso das armas de Tancos, a operação Marquês, a falência do Banco Espírito Santo, o coronavírus, o novo aeroporto, a eutanásia, as listas de espera e o diabo a sete, o que realmente preocupa os deputados portugueses é, pelos vistos, o Notícias Viriato ou, pior ainda, que haja por aí um fulano de vinte e um anos que acha que tem liberdade para pensar, questionar e escrever sobre o que entender quando, afinal, nem sequer tem carteira de jornalista! Nem sei como é que o país ainda não se revoltou, em solidariedade com os ‘carteiristas’ da informação oficial, contra quem tão gravemente ameaçou o seu nacional-corporativismo!
Embora não tenha procuração do Notícias Viriato, nem muito menos do seu director, com quem só estive duas ou três vezes, devo, contudo, acrescentar que António Abreu nunca usurpou funções a que não tenha direito, ou seja, nunca se intitulou, porque o não é formalmente, jornalista. Podia fazê-lo porque, não o sendo de iure, é jornalista de facto, mas a verdade é que nunca o fez.
Com certeza que o Notícias Viriato não é infalível, como aliás nenhum outro órgão de informação, e, por isso, está também sujeito ao contraditório. Também é verdade que se precipitou, ao supor que os assassinos do jovem Giovani eram ciganos, informação que foi desmentida pela Polícia Judiciária e imediatamente rectificada pelo Notícias Viriato. É por isso que é um órgão de desinformação e propaganda?!
Na página 6 da sua edição de 4 de Fevereiro de 2020, o Público confessa, com a honestidade e profissionalismo que o caracterizam, que errou no editorial da edição da véspera, quando escreveu que o PSD “avança com um corte radical de IVA para as famílias e deixa de lado as empresas”, porque o IVA não é um imposto cobrado às empresas. Também errou quando escreveu que Assunção Cristas era favorável à eutanásia. Errou ainda quando sugeriu que uma congressista do CDS tinha dito: “vim ao congresso assistir ao enterro da caveira do CDS”, “quando, pelo contrário, a congressista em causa até interveio para expressar apreço pelo papel desempenhado por Assunção Cristas no CDS”. Será que três erros, deste calibre, na mesma edição deste jornal e por ele expressamente reconhecidos – honra lhe seja feita! – fazem também do Público um órgão de propaganda e desinformação?! Ou essa condenação ideológica, disfarçada de imperativo deontológico, só se aplica ao Notícias Viriato?!
O Notícias Viriato não é apenas um jornal, reconhecido pela ERC como órgão de comunicação social: é, neste momento, a expressão emblemática da liberdade de pensamento e de expressão em Portugal. Calar esta voz, mesmo que seja na secretaria, com mesquinhas desculpas burocráticas, não seria apenas uma medida injusta, mas uma inaceitável prepotência, um acto de censura que nada ficaria a dever aos piores tempos do ‘fascismo’ e do ‘social-fascismo’, leia-se Estado Novo e PREC. O Notícias Viriato incomoda porque, como David, tem a ousadia de questionar o Golias do ‘jornalismo oficial’.
É a democracia que está em causa quando é restringida a liberdade de pensamento e de expressão. Foi assim com o República e é agora com o Notícias Viriato. Há quarenta e cinco anos, sendo ainda um jovem liceal, mas já então militante e activista da liberdade e da democracia, participei na manifestação contra a ocupação comunista do República, como agora, quase meio século depois, defendo o Notícias Viriato. É necessário que todas as forças democráticas se unam neste combate pela liberdade de imprensa. Hoje, mais do que nunca, somos todos Notícias Viriato!
Foi casual o meu encontro com o Notícias Viriato. Há já alguns meses, escrevi um artigo sobre o carácter não científico da ideologia de género que, como o próprio nome indica, mais não é do que uma ideologia, sem qualquer fundamento científico. À falta de argumentos, um secretário de Estado da (má) Educação caluniou-me numa rede social, acusando-me até de ter ofendido um aluno, o que era absolutamente falso, como depois demonstrei em crónica também publicada no Observador.
Não poderia ter tido conhecimento do insulto, se o Notícias Viriato não tivesse dado essa informação, que outros órgãos da comunicação social ignoraram. Na altura, pensei que se tratava de algum jornal de Viseu, a legendária pátria de Viriato, mas depois soube que afinal é um jornal online, promovido e realizado por dois jovens, o que, diga-se de passagem, é mérito acrescido.
O Notícias Viriato não tem partido, não tem dono, não tem religião: é verdadeiramente livre e independente. Mas, ser livre e independente, tanto dos grupos políticos como dos interesses económicos, paga-se caro num país em que muitos ainda têm uma mentalidade corporativista. Por isso, apesar de algumas frustradas tentativas de descredibilizar as informações veiculadas pelo Notícias Viriato e que, diga-se de passagem, lhe deram mais notoriedade, alguns escribas viram-se obrigados a transferir o seu ódio corporativo para o seu jovem e corajoso director. A verdade é que, depois de vasculharem o passado do António Abreu e interrogarem algum familiar, descobriram que o director do Notícias Viriato não tem carteira de jornalista! Onde se viu tamanha ousadia: alguém expressar-se publicamente sem ser, oficialmente, jornalista?! De facto, se se permitir que uma pessoa, que nem sequer é jornalista encartado, escreva sobre questões de actualidade, aonde é que este país irá chegar?!
Na onda desta perseguição ad hominem, o Bloco de Esquerda que, pelos vistos, não aprecia a liberdade de pensamento e de expressão, agendou, com carácter de urgência, uma audição parlamentar do Conselho Regulador da ERC – note-se que é o Conselho Regulador da Entidade Reguladora: mais ‘regulação’, impossível! – para que preste esclarecimentos sobre o registo, como órgãos de comunicação social, de jornais de desinformação e de propaganda, leia-se o Notícias Viriato.
A urgência é mais do que justificada: não obstante o caso das armas de Tancos, a operação Marquês, a falência do Banco Espírito Santo, o coronavírus, o novo aeroporto, a eutanásia, as listas de espera e o diabo a sete, o que realmente preocupa os deputados portugueses é, pelos vistos, o Notícias Viriato ou, pior ainda, que haja por aí um fulano de vinte e um anos que acha que tem liberdade para pensar, questionar e escrever sobre o que entender quando, afinal, nem sequer tem carteira de jornalista! Nem sei como é que o país ainda não se revoltou, em solidariedade com os ‘carteiristas’ da informação oficial, contra quem tão gravemente ameaçou o seu nacional-corporativismo!
Embora não tenha procuração do Notícias Viriato, nem muito menos do seu director, com quem só estive duas ou três vezes, devo, contudo, acrescentar que António Abreu nunca usurpou funções a que não tenha direito, ou seja, nunca se intitulou, porque o não é formalmente, jornalista. Podia fazê-lo porque, não o sendo de iure, é jornalista de facto, mas a verdade é que nunca o fez.
Com certeza que o Notícias Viriato não é infalível, como aliás nenhum outro órgão de informação, e, por isso, está também sujeito ao contraditório. Também é verdade que se precipitou, ao supor que os assassinos do jovem Giovani eram ciganos, informação que foi desmentida pela Polícia Judiciária e imediatamente rectificada pelo Notícias Viriato. É por isso que é um órgão de desinformação e propaganda?!
Na página 6 da sua edição de 4 de Fevereiro de 2020, o Público confessa, com a honestidade e profissionalismo que o caracterizam, que errou no editorial da edição da véspera, quando escreveu que o PSD “avança com um corte radical de IVA para as famílias e deixa de lado as empresas”, porque o IVA não é um imposto cobrado às empresas. Também errou quando escreveu que Assunção Cristas era favorável à eutanásia. Errou ainda quando sugeriu que uma congressista do CDS tinha dito: “vim ao congresso assistir ao enterro da caveira do CDS”, “quando, pelo contrário, a congressista em causa até interveio para expressar apreço pelo papel desempenhado por Assunção Cristas no CDS”. Será que três erros, deste calibre, na mesma edição deste jornal e por ele expressamente reconhecidos – honra lhe seja feita! – fazem também do Público um órgão de propaganda e desinformação?! Ou essa condenação ideológica, disfarçada de imperativo deontológico, só se aplica ao Notícias Viriato?!
O Notícias Viriato não é apenas um jornal, reconhecido pela ERC como órgão de comunicação social: é, neste momento, a expressão emblemática da liberdade de pensamento e de expressão em Portugal. Calar esta voz, mesmo que seja na secretaria, com mesquinhas desculpas burocráticas, não seria apenas uma medida injusta, mas uma inaceitável prepotência, um acto de censura que nada ficaria a dever aos piores tempos do ‘fascismo’ e do ‘social-fascismo’, leia-se Estado Novo e PREC. O Notícias Viriato incomoda porque, como David, tem a ousadia de questionar o Golias do ‘jornalismo oficial’.
É a democracia que está em causa quando é restringida a liberdade de pensamento e de expressão. Foi assim com o República e é agora com o Notícias Viriato. Há quarenta e cinco anos, sendo ainda um jovem liceal, mas já então militante e activista da liberdade e da democracia, participei na manifestação contra a ocupação comunista do República, como agora, quase meio século depois, defendo o Notícias Viriato. É necessário que todas as forças democráticas se unam neste combate pela liberdade de imprensa. Hoje, mais do que nunca, somos todos Notícias Viriato!
Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada
Publicado por: Notícias Viriato
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