quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Exclusivo NV: Entrevista Legendada ao Dr. Robert Malone, um dos Inventores da Tecnologia mRNA

 

António Abreu entrevistou o conceituado imunologista e virologista Dr. Robert Malone, um dos inventores da tecnologia mRNA, antes da tertúlia organizada pela Cidadania XXI sobre vacinação e imunidade, que ocorreu em Lisboa no passado Domingo, dia 19 de Setembro.

Robert Malone tem sido uma figura controversa (e censurada) por criticar o processo de vacinação contra a Covid-19, mais especificamente por defender a eficácia da Ivermectina, Hidroxicloroquina e da imunidade natural, por combater a obrigatoriedade e coacção das vacinas experimentais (que salienta terem pouca eficácia), e por apresentar os vários riscos inerentes da tecnologia mRNA e da proteína “spike”, especialmente na fertilidade, na saúde cardíaca dos jovens, e nos possíveis efeitos adversos a longo prazo.

“Num jovem adulto, digamos entre os 14 e 18 anos, ou mais velho, que deseje ter filhos… estou preocupado com isto. (…) Precisamos de ser mais cuidadosos e cautelosos sobre coisas que possam afectar a fertilidade.”

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Fonte: Notícias Viriato

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

 


Com alegria, a Igreja Católica comemora, no dia 29 de Setembro, a festa de três santos arcanjos, cujos nomes nos foram revelados nas Sagradas Escrituras: Miguel, Gabriel e Rafael. Sabemos que, além desses arcanjos, há miríades e miríades de outros seres angélicos, que são divididos em três hierarquias. Os seres angélicos da primeira e mais elevada hierarquia, que estão continuamente em adoração, na presença de Deus, são os serafins, os querubins e os tronos. Os da segunda hierarquia são as dominações, as virtudes e potestades, que governam o mundo material e espiritual. Por fim, os da terceira hierarquia são os principados, os arcanjos e anjos, que executam as ordens de seus superiores da segunda hierarquia.

A palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”. Os arcanjos servem a Deus, mas também aos homens. Eles anunciam importantes missões aos homens, como fez o Arcanjo São Gabriel a Virgem Maria (cf. Lc 1, 26-38), e guardam especialmente as pessoas que desempenham importantes funções para a glória de Deus, como o Papa, os bispos, sacerdotes e líderes leigos.

São Miguel

O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento, o profeta Daniel chama São Miguel de “príncipe protector dos judeus”, enquanto que, no Novo Testamento, ele é o “protector dos filhos de Deus e de sua Igreja”, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu” (Apocalipse 12,7-8).

São Gabriel

O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha protecção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Baptista e, principalmente, anunciou o maior facto histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus'”… A partir daí, São Lucas narra, no primeiro capítulo do seu Evangelho, como se deu a Encarnação.

São Rafael

Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento, no livro de Tobit. Esse arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).

Que os santos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael nos ajudem a sermos curados, a perseverar na busca pela santidade e a sermos, à semelhança deles, mensageiros de Deus e do seu infinito amor por toda a humanidade.

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!

Oração:

“Santos Arcanjos, socorrei-nos!

Ajudai-nos, ó grandes santos irmãos nossos, que sois servos, como nós, diante de Deus.

Defendei-nos de nós mesmos, da nossa covardia e tibieza, de nosso egoísmo e de nossa ambição, de nossa inveja e desconfiança, de nossa avidez em procurar a saciedade, a boa vida e a estima.

Desatai as algemas do pecado e do apego a tudo o que passa. Desvendai os nossos olhos que nós mesmos fechamos, para não precisarmos ver as necessidades de nosso próximo e poder, assim, ocupar-nos de nós mesmos numa tranquila autocomplacência.

Colocai em nosso coração o espinho da santa ansiedade de Deus, para que não deixemos de procurá-lo com ardor, contrição e amor.

Contemplai, em nós, o Sangue do Senhor, que Ele derramou por nossa causa.

Contemplai, em nós, as lágrimas de Vossa Rainha, que Ela derramou sobre nós.

Contemplai, em nós, a pobre, desbotada, arruinada imagem de Deus, comparando-a com a imagem íntegra que deveríamos ser por Sua vontade e Seu amor.

Ajudai-nos a conhecer a Deus, a adorá-Lo, a amá-Lo e a servi-Lo. Ajudai-nos no combate contra os poderes das trevas que, traiçoeiramente, nos envolvem e nos afligem.

Ajudai-nos para que nenhum de nós se perca e, um dia, estejamos todos jubilosamente reunidos na eterna bem-aventurança. Amém.

São Miguel, assisti-nos com vossos Santos Anjos, ajudai-nos e rogai por nós.

São Rafael, assisti-nos com vossos Santos Anjos, ajudai-nos e rogai por nós.

São Gabriel, assisti-nos com vossos Santos Anjos, ajudai-nos e rogai por nós.”

Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Propriedade e Bens Nacionais

 


Propriedade – Vocábulo ad libitum. Entre os Republicanos (enquanto estão roubando), não tem nem uso, nem significação. Mas quando têm já guardados os roubos, oh! então já é outra coisa: Propriedade é um nome sagrado. O melhor que tem é que, como os roubados e os ladrões se sucedem uns aos outros continuamente, e muitas vezes sem interrupção, se transformam os segundos nos primeiros, não pode deixar de ser que este Vocábulo esteja num pleito eterno entre os Cidadãos felizes das Repúblicas Democráticas.


Bens Nacionais – Termo inventado em Língua Democrática para fazer contraste ao vocábulo Propriedade. A violação das propriedades era outrora na Sociedade o emprego dos homens mais viciosos e corrompidos, que nela viviam. Os bens adquiridos por este modo se chamavam bens roubados; e o que os adquiria se chamava ladrão. As Leis deviam não levar muito a bem semelhantes aquisições e deviam o quer que seja a respeito da forca e galés. Mas nos tempos presentes, onde governam os Republicanos, passou isto a ser negócio de Nação, e portanto mudou-se-lhe justamente o nome; e os bens roubados, em termos mais polidos, se chamam bens nacionais. O mais curioso é que se lhes dá este nome, ainda antes de se roubarem aos Proprietários.


D. Frei Fortunato de São Boaventura in «Novo Vocabulário Filosófico-Democrático», Nº 5, 1832


Fonte: Veritatis

domingo, 26 de setembro de 2021

O Normal e o Patológico - eleições autárquicas epílogo


Recordando os meus tempos de faculdade e relembrando com saudade um dos meus professores de saúde mental e psychanalyse que dizia que entre o normal e o patológico a margem é tão ténue que se pode comparar ao trapezista na corda bamba, o normal será o bom equilibrista que se mantém na corda airosamente e o patológico é aquele que derrapa e quando se dá conta já está no chão. Ora nestes tempos tempestuosos e altamente perversos, fazer-se campanha autárquica como se tudo estivesse no melhor dos mundos me parece gravemente perigoso e patológico.

A normalidade seria pensar e construir mecanismos de defesa para o grande cataclismo que se avizinha, seria talvez criar estruturas de apoio psico-social, familiar, económico e sobretudo de saúde pública para minimizar os prejuízos.

O patológico é fazer de conta que tudo está normal, que a guerra biológica e climática não existe, que a economia mundial está no seu melhor, que as BigPharma cumprem a missão para que foram criadas, que as democracias existem, que as eleições funcionam de forma transparente e que os eleitos cumprem o que prometeram.

O normal seria defender uma família, as liberdades individuais, a pluralidade de escolha, o cumprimento dos direitos humanos, o respeito pelos outros e sobretudo pelas crianças, tudo isto nas atitudes e comportamentos de cada individuo.

O patológico é tudo aquilo em que a sociedade se tornou (doentia), uma sociedade hipócrita, mentirosa, perversa, falsa e ditatorial, onde o sinónimo de família se tornou em qualquer coisa de aberrante, onde a liberdade só existe se se seguir a doutrina dos "senhores políticos" sem pensar nem opinar sob risco de se ser punido severamente, onde as crianças são abusadas violentamente de forma gritante e horripilante, defendendo-se a pedofilia como sendo algo de natural (lembro que o termo pedofilia está descrito no Manual de Psyquiatria como doença mental cuja origem é perversa, que revela uma perturbação psíquica na organização emocional do individuo com todo um leque de traumas e aberrações que se caracterizam por graves desvios sexuais), onde tudo aquilo que parece não é real é apenas um filme...

O normal seria não fazer campanha eleitoral, mas sim dedicar-se à causa pública e informar as populações sobre as mentiras ventiladas pela dita comunicação social à solda de políticos e dirigentes partidários corruptos e enganadores, cujo profissionalismo é pérfido e interesseiro.

Normal seria informar o povo que a dita "plandemia" de um vírus chinês que ainda não foi isolado, foi planeada nos anos 2000 para reduzir a população mundial a cerca de dez por cento da actual, que a injecção chamada de v@cin@ é experimental e não passa de um cocktail mortífero composto por óxido de grapheno, proteína spike, resíduos de fetos dos abortos, E. coli, Tripanossomas, nano-partículas, metais pesados e outros venenos; isto sim seria serviço à comunidade.

Patológico é tudo o que temos presenciado nestes últimos tempos nas atitudes e comportamentos dos dirigentes e eleitos políticos deste e dos demais países do Mundo e sobretudo na Europa.

Deixo-vos um convite, pesquisem e informem-se, pensem e analizem os diferentes canais ditos "negacionistas" e descobrirão enfim muitas verdades que para uns terão um gosto amargo e para outros um suspiro de alívio.

Conclusão: 

Estas eleições autárquicas ficarão nos anais da história como sendo as eleições da tristeza, do desencanto e da inconsciência, isto é, não haverá vencedores, todos serão vencidos.

Lamento.

Que Deus nos proteja e vos abençoe.

A verdade vencerá.

WWG1WGA


Conceição Monteiro Calado

sábado, 25 de setembro de 2021

«A chamada emergência pandémica é usada como enganoso pretexto para impor a vacinação e o green pass», alerta Arcebispo Viganò

 


A iniciativa “The Viganò Tapes” consiste em dezoito pequenos vídeos que se traduzem em outras tantas perguntas dirigidas ao Arcebispo Carlo Maria Viganò, antigo Núncio Apostólico em Washington, sobre a situação actual da Igreja e do mundo. O portal Dies Iræ disponibiliza, em língua portuguesa, o texto da primeira pergunta-resposta.

1. Excelência, a pandemia e a crise da Igreja sob o Pontificado de Francisco são motivo de grande apreensão para muitos fiéis. Como avalia a situação presente?        

Parece-me, enfim, evidente que nos encontramos diante de um cerco seja na frente social, seja na religiosa. A chamada emergência pandémica é usada como enganoso pretexto para impor a vacinação e o green pass em muitos estados do mundo, e isso acontece de modo simultâneo e coordenado. Por outro lado, as autoridades eclesiásticas não só não condenam minimamente o abuso de poder por parte dos governantes da coisa pública, mas apoiam-nos neste plano infeliz e chegam a culpar aqueles que não aceitam submeter-se à inoculação de um soro génico experimental com efeitos colaterais desconhecidos e que não dá nenhuma imunização ao vírus. Sem falar das implicações morais relativas à presença de material genético proveniente de fetos abortivos, que para um católico constituem um motivo mais do que suficiente para rejeitá-lo.          

Estamos em guerra: uma guerra não declarada abertamente, não combatida com armas convencionais, mas sempre uma guerra em que há agressores e agredidos, carnífices e vítimas, tribunais populares e prisioneiros; em que se usa a violência, em formas aparentemente legais, para violar os direitos dos cidadãos e dos crentes. Uma guerra epocal, que é um prelúdio para o fim dos tempos e a grande apostasia de que falam as Sagradas Escrituras.      

O vídeo do primeiro episódio encontra-se disponível aqui.


Fonte: Dies Iræ

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

PORTUGAL: UM PAÍS FALIDO

 


“Nada está assim tão mau que não possa piorar”

                  Nova Lei de Murphy

Desde o dia um de Setembro do corrente ano, que o Governo decretou cortes brutais, nas compartições na assistência à doença, em Portugal.

Seguiu-se o anúncio do Ministro das Finanças de que o governo vai acabar com os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento, lançados em 2017, e substituí-los (esperamos que sem efeitos retroactivos) por Certificados do Tesouro Poupança Valor, naturalmente de rentabilidade mais reduzida.

Os combustíveis aumentaram e da electricidade já nem se fala (esta última por via dos negócios ruinosos para o país mas muito rendosos para a empresa e, naturalmente, para quem os proporcionou).

A lista podia continuar.

A espiral de aumentos não vai parar, e não há “bazuca europeia” que os pare (esta irá até, agravar a situação). A razão é simples: o País está falido.

O Estado está falido; a banca está falida (tirando a que foi comprada por estranhos); as empresas (a maioria) está falida, as famílias (a maioria) estão falidas, ou com rendimentos que só lhe dão para a subsistência; as Forças Armadas estão exangues (pois acompanham a falência do próprio Estado); a Economia está “em perda”; o Serviço Nacional de Saúde está falido (e com um milhão de cidadãos sem médico de família); as Autarquias (a maioria) estão falidas; os Clubes de Futebol (a maioria) estão falidos, até os Partidos Políticos – à excepção do PCP – estão falidos (apesar de chuparem na teta do Estado e não pagarem IVA nem IMI). E a sua falência maior nunca é financeira, mas Política, Moral e Ética!

Em suma o país está falido, tendo uma dívida pública, e privada maior que o “Everest” (cada uma delas superior ao PIB anual!), sem que se vislumbre no horizonte, capacidade económica; liderança política; riquezas naturais; investimento público e privado; plano estratégico e muito menos vontade, que permita resolver o problema em qualquer horizonte futuro, que se possa vislumbrar.

Percebem os caros leitores o que estou a dizer ou necessito fazer bonecos?

Da frase “o País está falido”, qual o termo que, porventura, não estejam a entender?

Vejamos, o termo “País”, de facto já não o é, pois está “falido”, perdeu a soberania e a vergonha; fez “haraquiri” quando mudou a Constituição da República de modo a submetê-la a uma “entidade” que não se sabe muito bem o que é, conhecida por “União Europeia”. Já não cunha moeda e perdeu a vontade de levantar tropas. Limita o seu Poder soberano à cobrança de impostos que não param de aumentar. Por isso em boa verdade, vou emendar a mão, já não posso chamar a Portugal um país, vou ficar por “arremedo de País”.

O termo “está”, representa a terceira pessoa do indicativo do verbo Ser. É necessário explicitar isto, pois agora, a “geração mais bem preparada de sempre” tem a cabeça cheia de “ismos” (e mariquices), mas sabe incomparavelmente menos que um rapaz ou rapariga (não havia felizmente géneros de permeio) da minha geração que tenha frequentado a antiga 4ª classe. Não sei mesmo, se a terceira.

Finalmente o adjectivo “falido”.

Convém determo-nos um pouco mais sobre este termo, que vem do latim “fallentia”, coisas que faltam; coisas que enganam.

Ora falência (em termos jurídicos), igual a insolvência, falha, quebra, fracasso, bancarrota (do italiano bancarotta, ou seja banca quebrada), é uma situação jurídica decorrente de uma sentença proferida por um magistrado onde uma empresa ou sociedade comercial, se omite quanto ao cumprimento de determinada obrigação patrimonial e então tem os seus bens alienados para satisfazer os seus credores.

Lembra-se que na idade Média os “banqueiros” expunham o seu dinheiro num banco de madeira (daí o nome de banqueiro), tal como os antigos romanos o faziam nas “mensa argentaria”.

Se algum deles não honrava as suas dívidas, o seu banco era feito em pedaços, e ele próprio era impedido de continuar a exercer qualquer outro negócio. Como se pode ver, tudo muito parecido com o que se passa hoje em dia…

Já em termos de Economia e Finanças, uma falência é uma situação de uma empresa ou entidade (pode ler-se país) que, por não ter capacidade de pagar as suas dívidas, deixa de cumprir as obrigações contraídas; e, por isso, deixa de ser viável economicamente.

Logo vem o Direito e diz-nos que, quem em tal incorre, é sujeito a uma acção judicial pela qual se arrecada o património disponível de um devedor, com o intuito de satisfazer as dívidas dos credores.

E ainda existe a figura da “falência fraudulenta”, que representa uma falência provocada por pessoas ou entidade que, com o fim de lesar credores, diminui ficticiamente o activo de uma sociedade (pode ler-se país), ou aumenta também, de forma enganosa, o seu passivo.

Uma forma algo intermédia é a “falência técnica”, que é a situação financeira de uma empresa ou entidade, que apresenta um passivo superior ao activo. Que é a situação em que Portugal se encontra, desde quase logo a seguir aos eventos ocorridos em 25 de Abril, do ano da graça de 1974, e até hoje. Tendo entrado em bancarrota, em 1978, 1981 e 2008…

Ora Portugal já só consegue não pagar o que deve, sem entrar em incumprimento – apesar de os juros estarem baixíssimos, no mercado internacional; o BCE andar constantemente a aguentar os cueiros nacionais e as agências de “rating” só por isso, não desclassificarem o “grau de qualidade” do País, isto é, do arremedo de País, para super lixo - lançando mão de mais empréstimos. Uma tradição que vem do início do século XIX; se prolongou pela I República e só foi parada com sabedoria e tenacidade, quando foram buscar um pouco loquaz professor, à Universidade de Coimbra.

Falava pouco, mas fazia muito e morreu pobre. Estes agora falam pelos cotovelos, sendo insuportáveis, fazem também muito, mas pouco acertam. Estranhamente, nenhum ficou pobre.

Uma coisa, porém, releva tudo: o Professor era “Ditador”; os imaculados, são “democratas”.

A Probidade, o Patriotismo e a Competência, não entram obviamente nesta equação.

Ou seja, o país, isto é, o arremedo de país, está falido, mas toda a gente, tirando o Medina Carreira, que já morreu; o Paulo Morais, a quem cortaram o pio e o José Gomes Ferreira, que só ainda não foi despedido, para se dar um ar de haver “liberdade de expressão” no burgo. Mas pode até haver mil como ele, que tal é, em rigor, igual ao litro: os próceres e expoentes do actual regime político – a quem devem ser assacadas as responsabilidades pela actual situação catastrófica do pseudo país, que somos – vivem em estado de negação (bem como a maioria da população) e não há crianças no país que gritem que o “Rei vai nu”.

O “Rei”, aliás, ilude-as com “selfies” e rebuçados…

E todos se portam como se nada de grave se passasse. Pelo contrário preparam-se para comemorar com foros de escândalo pornográfico a data que deu origem a isto tudo!

Mas, no fim, a matemática dos balancetes não erra nem falha (mesmo chamando-lhe racista, como é moda agora em certos “adiantados mentais” americanos): a soma das parcelas tem de ser sempre zero.

Quando não há dinheiro para pagar, amortiza-se vendendo os anéis; as empresas; a terra; a Soberania; a Honra; a nacionalidade; tornamo-nos escravos e paga-se com sangue (combatendo por interesses alheios). Finalmente, com o desaparecimento.

Mas paga-se.

João José Brandão Ferreira
Oficial Piloto-aviador (Ref.)


Fonte: O Adamastor

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Novena a São Miguel Arcanjo

 


Rezar diariamente durante 9 dias (de 20 a 28 de Setembro) estas orações: 

Glorioso São Miguel Arcanjo, o primeiro entre os Anjos de Deus, guarda e protector da Igreja Católica, lembrando de que Nosso Senhor vos confiou a missão de velar pelo seu povo, em marcha para a vida eterna, mas rodeado de tantos perigos e ciladas do dragão infernal, eis-me prostrado a vossos pés para implorar confiadamente o vosso auxílio, pois não há necessidade alguma em que não possais valer. Sabeis a angústia por que passa a minha alma. Ide junto a Maria, nossa Mãe muito amada, ide a Jesus e dizei-lhe uma palavra em meu favor, pois sei que Eles nada vos podem recusar. Intercedei pela salvação da minha alma e, também agora, por aquilo que tanto me preocupa:

(Fazer o pedido)

E se o que peço não é para glória de Deus e o bem da minha alma, obtende-me paciência e que eu me conforme com a Vontade Divina, pois sabeis o que é mais do agrado de Nosso Senhor e Pai.  Em nome de Jesus, Maria e José, atendei-me. Ámen.

Rezar, depois, 9 Glória-ao-Pai em acção de graças por todos os dons concedidos por Deus a São Miguel e aos Nove coros de Anjos:

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Ámen.

Invocação a São Miguel Arcanjo (pequeno Exorcismo):

São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate, sede o nosso auxílio contra as maldades e as ciladas do demónio. Instante e humildemente vos pedimos que Deus sobre ele impere. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, com esse poder divino, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perdição das almas. Ámen.


terça-feira, 21 de setembro de 2021

O moderno totalitarismo

 


Não há nenhuma razão, bem vistas as coisas, para que os novos totalitarismos se assemelhem aos antigos. O governo por meio de bastões e pelotões de fuzilamento, de fomes artificiais, de prisões e deportações em massa, não é apenas desumano (ninguém se importa muito com isso hoje em dia) é comprovadamente ineficiente, e na era da tecnologia avançada, a ineficiência é pecado contra o Espírito Santo. Um Estado totalitário realmente eficiente será aquele em que o todo-poderoso executivo dos chefes políticos e o seu exército de directores controlarão uma população de novos escravos que não necessitam ser coagidos, pois terão amor à sua servidão. Fazer que eles a amem, tal será a tarefa, atribuída nos modernos Estados totalitários aos ministérios de propaganda, aos editores dos jornais e aos mestres-escola.

Aldous Huxley in prefácio a «Admirável Mundo Novo», 1946


Fonte: Veritatis

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Por que eu não vou ser vacinado

 


Tradução Deus-Pátria-Rei

Já que a caça aos que não querem ser vacinados contra o Covid agora está desencadeada e a campanha de ódio contra aqueles que são desdenhosamente chamados de "no vax" está atingindo níveis sem precedentes, decidi denunciar-me: eu não serei vacinado, venham buscar-me se, além de tocar leões ou generais tecladistas em proclamações, você tiver coragem para um encontro físico e real.

Mas por enquanto, vamos começar a esclarecer as coisas: eu não sou "no vax", como a grande maioria daqueles que não pretendem ser vacinados contra o Covid. Não só recebi todas as vacinas prescritas pela Itália, mas, depois de viajar por todo o mundo, recebi todas as vacinas e profilaxias necessárias sem nenhum problema. Isso não me impediu, como é lógico, de guardar algumas "lembranças saudáveis" dessas viagens, para me lembrar que vacinas e profilaxias não nos tornam super-homens imortais, mas que têm seus usos. Além disso, como "Bússola", sempre defendemos a importância das vacinas essenciais nos países em desenvolvimento, onde as pessoas morrem muito jovens de doenças que são amplamente derrotadas aqui.

Mas há vacinação e vacinação: esses apóstolos da vacina realmente acreditam que os milhares de trabalhadores da saúde na Itália que arriscam seus empregos e carreiras para evitar a vacinação são extremistas perigosos ou pessoas crédulas que bebem de fontes não confiáveis?

Nós mesmos de La Bussola sempre defendemos que existem categorias de pessoas que podem ser reconhecidas como carentes e, então, avaliando a relação risco-benefício, recomendamos a vacinação. Mas precisamente: aconselhar, talvez recomendar e, em qualquer caso, sob certas condições. Certamente não obrigar. E isso diz respeito apenas a uma parte da população, aquela que se mostrou com maior risco de infecção por Covid.

Mas é claro que a questão de Covid há muito deixou de ser uma questão de saúde para se tornar um instrumento político. Só assim se pode explicar a fúria, o desprezo e o ódio contra quem se opõe à vacinação obrigatória. Esta é a única maneira de explicar a irracionalidade absoluta de certas posições dogmáticas.

Não tomo a vacina por vários motivos, três em particular: porque os riscos superam os benefícios; porque há um problema ético; porque, dado o objectivo político óbvio do Passaporte Verde (Certificado Digital), também se tornou uma batalha para defender a liberdade.

Vou resumir o primeiro ponto: em primeiro lugar, desde que seja desejável não adoecer de Covid, e embora lendo os jornais pareça que pelo menos metade da Itália está infectada, minha probabilidade de infecção é muito baixa, tanto por causa do meu estilo de vida pessoal (tenho uma baixa propensão a reuniões) e por causa de dados objectivos: o boletim de ontem à noite relatou que na Itália há pouco mais de 51.000 infectados (infectados, não doentes), ou 0,08% da população italiana. E apenas uma proporção muito pequena deles foi hospitalizada por algum sintoma: 1.194 (2,3% dos infectados, 0,002% da população italiana). Porém, lendo jornais e ouvindo televisão, políticos e vários influenciadores, tem-se a sensação de que uma nova onda realmente recomeçou. Bem, estamos surpresos ao ver que estamos testemunhando uma queda considerável no número de pacientes com Covid: no 1º de Julho, por exemplo, havia 1.532 "hospitalizados com sintomas". Isso significa que em 20 dias houve uma redução de 22%. O mesmo vale para as unidades de terapia intensiva, que passaram de 229 para 158 em 20 dias (-31%).

Se, no entanto, estiver infectado, sei que posso contar com um tratamento precoce, que - temos muitas evidências - funciona muito bem. Claro, não há garantia de que não morreremos da Covid de qualquer maneira, mas o mesmo vale para as vacinas, como vimos nos últimos meses. Devo agir com cautela e razão, mas não por medo de morrer. Pelo contrário, devo estar sempre ciente de que minha vida está, em última análise, confiada a Deus (ele é o Senhor da vida e da morte), e não a drogas, virologistas, generais (ou mesmo padres).

Diante dessa baixa probabilidade de contágio, o risco é óbvio para vacinas experimentais, incluindo bugiardini [bulas. A raiz "bugiardo" - mentiroso - é uma alusão irónica à sua baixa credibilidade] são actualizados à medida que os vacinados experimentam efeitos secundários graves e até fatais, cujos efeitos a longo prazo são desconhecidos e cuja real eficácia ainda precisa ser demonstrada.

Sobre a questão ética é fácil dizer: não se trata de estabelecer a que distância está a cooperação com o mal feito por aqueles que realizaram estes abortos de que foram retiradas as células e que reproduzidas milhões de vezes, contribuíram para a criação dessas vacinas. Nós tomamos essa distância como certa. Mas como recordou o recente documento da Congregação para a Doutrina da Fé, mesmo neste caso, a legalidade do uso dessas vacinas está ligada à existência de certas condições, incluindo um estado de necessidade (que na melhor das hipóteses só poderia ser o caso de parte da população) e a pressão sobre políticos e empresas farmacêuticas para que parem de usar células de fetos abortados. Este último ponto em particular é importante porque estamos em um contexto - como já explicamos em detalhes - em que o uso de embriões para pesquisas e células de fetos abortados está se desenvolvendo e é cada vez mais considerado normal. Não dizer nada sobre isso é uma omissão séria.

Mas, dito isto, é claro que a questão da saúde há muito tempo - talvez desde o início - relegada em segundo plano, é apenas um pretexto para dizer outra coisa. Como resumiu recentemente o filósofo Giorgio Agamben, "no Passaporte Verde, não é a saúde que está em jogo, mas o controle da população". Alcançar um regime de apartheid com o número de infectados e doentes mencionados acima seria uma loucura se não houvesse um plano mais ambicioso. Seria igualmente tolice vacinar jovens e crianças que, para a Covid, têm uma taxa de mortalidade praticamente zero.

Pessoas não vacinadas são perigosas, não porque carreguem infecções mortais, mas porque estão fora de controle, o que numa sociedade que está se transformando rapidamente num regime totalitário não se pode tolerar. Mesmo que 100% da população fosse vacinada, o vírus não iria embora, tanto porque sempre produz novas variantes, algumas das quais provavelmente são causadas pelas próprias vacinas, e não são controladas por elas, e porque o vírus está circulando pelo mundo. Na verdade, sempre foi claro que as vacinas não podem erradicar a Covid, mas podem minimizar seus efeitos. Os eventos dos últimos dias mostram que os próprios vacinados estão se tornando infectados e contagiosos, então os Green Pass são tudo menos um certificado de segurança sanitária.

Além disso, o Green Pass é válido por 270 dias a partir da inoculação da segunda dose da vacina. Pois bem, na Itália as segundas doses começaram em 17 de Janeiro, o que significa que a partir de 14 de Outubro as primeiras pessoas "vacinadas" não estarão mais cobertas pelo Passaporte Verde e que no Natal mais de três milhões de vacinados serão novamente descobertas e, portanto, excluídos de locais públicos, restaurantes, comboios, aviões, etc. O que vai acontecer ? O Green Pass será usado para aplicar a terceira dose, depois a quarta e assim por diante.

Aqueles que são vacinados não por causa de uma escolha razoável de saúde, mas porque pensam que vão recuperar a sua liberdade, logo terão uma surpresa amarga. Pelo contrário, dizer não ao Passaporte Verde e às vacinas obrigatórias é agora uma luta pela liberdade contra um regime que ganha terreno sob os aplausos entusiásticos das suas vítimas. O impulso para a vacinação também apresenta uma analogia preocupante com a demanda dos primeiros séculos de queimar incenso para o imperador pela liberdade de culto. Muitos católicos já decidiram fazer isso e até chamam de caridade. Mas não vamos queimar incenso para o imperador.

Eu vou ficar por aqui esperando por vocês.

Riccardo Cascioli

domingo, 19 de setembro de 2021

Dr. Robert Malone, Inventor da Tecnologia mRNA, estará num Debate em Lisboa sobre Vacinação

 



No Domingo, dia 19 de Setembro, o Dr. Robert Malone, virologista, imunologista e um dos inventores da tecnologia mRNA, estará em Lisboa numa tertúlia promovida pela plataforma cívica Cidadania XXI, onde irá debater com o médico Manuel Pinto Coelho e o imunologista Tiago Marques, na moderação da jornalista Elisabete Tavares, sobre a temática da vacinação Covid-19 e a imunidade em 2021.

Robert Malone tem sido uma figura controversa (e censurada) por criticar o processo de vacinação contra a Covid-19, mais especificamente por defender a eficácia da Ivermectina, Hidroxicloroquina e da imunidade natural, por combater a obrigatoriedade e coacção das vacinas experimentais (que defende terem pouca eficácia), e por apresentar os vários riscos inerentes da tecnologia mRNA e da proteína “spike”, especialmente na fertilidade, na saúde cardíaca dos jovens, e nos possíveis efeitos adversos a longo prazo.

O debate irá realizar-se no espaço Vinyl pelas 19h, e será transmitido em directo nas redes sociais da Cidadania XXI.

António Jorge Nogueira, da Cidadania XXI, em resposta ao Notícias Viriato argumentou que: “Robert Malone é um dos virologistas e imunologistas mais conceituados, é uma referência a nível internacional, e tem sido crítico da vacinação Covid-19, mais particularmente na falta de avaliação risco/benefício nos diferentes grupos etários, sendo especialmente contra a vacinação dos mais jovens. É um privilégio a Cidadania XXI conseguir um nome deste relevo e por diversificarmos o debate sobre estas questões”.


Fonte: Notícias Viriato

sábado, 18 de setembro de 2021

WORLD WIDE DEMONSTRATION FOR FREEDOM - PORTUGAL, LISBOA

 


Portugal, Lisbon is rising up!


Saturday 18th Sept 3:30 PM


Parque Eduardo VII
Destination: Praça do Rossio


United with more than 40 countries and 150 cities around the world.

#wewillALLbethere

We are standing side by side for freedom, peace and human rights.

Bigger and better than ever before.

Together, We are Free.

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

A cura da Razão e da Vontade para chegar à Humildade e Caridade


Primeiro, o Filho, o Verbo e a sabedoria de Deus Pai, quando vê a potência de nossa alma chamada razão deprimida pela carne, cativa do pecado, cegada pela ignorância, entregue às coisas exteriores, toma-a com clemência, ergue-a com fortaleza, instrui-a com prudência, fá-la entrar em si mesma; e, revestindo-a de seus mesmos poderes de forma prodigiosa, constitui-a juiz de si mesma. E a razão é, assim, ao mesmo tempo acusadora, testemunha e tribunal, e desempenha diante de si mesma a função da verdade.

Desta primeira conjunção entre o Verbo e a razão, nasce a humildade. Depois, o Espírito Santo digna-se a visitar a outra potência, que se diz vontade, ainda infectada pelo veneno da carne, mas ilustrada já pela razão. Purga-a o Espírito com suavidade, sela-a com seu fogo e torna-a, assim, misericordiosa.

Assim, com efeito, como uma pele se estica quando untada, a vontade, coberta pela unção celestial, estende-se por amor até aos inimigos. E desta segunda conjunção, do Espírito Santo com a vontade, nasce a caridade. Atendamos porém ainda a estas duas potências, a saber, a razão e a vontade. 

A razão é instruída pelo Verbo da verdade, enquanto a vontade o é pelo Espírito da verdade. A razão é aspergida pelo hissopo da humildade, enquanto a vontade é abrasada pelo fogo da caridade. As duas juntas são a alma perfeita, sem mácula, em razão da humildade, e sem ruga, em razão da caridade. 

Quando a vontade já não resistir à razão, e a razão já não encobrir a verdade, então o Pai se unirá a elas como a uma gloriosa esposa; e então a razão já não poderá pensar nada de si mesma, nem a vontade julgar o próximo, porque, com efeito, tal alma fustigada não encontrará consolo senão repetindo: “O Rei introduziu-me em sua câmara” [Ct 1, 4]. Tornou-se digna já de superar a escola da humildade, e aqui, ensinada pelo Filho, aprendeu a entrar em si mesma, conforme à advertência que se lhe fez: “Se não te conheces, vai e apascenta os teus cabritos” [Ct 1, 7]. 

Tornou-se digna, pois, de passar da escola da humildade ao celeiro da caridade, que é o coração dos próximos. O Espírito Santo guiou-a e introduziu-a mediante o selo do amor, e ela nutre-se de passas e robustece-se de maçãs, as quais são os bons costumes e as santas virtudes; e abre-se-lhe por fim a câmara do rei, por cujo amor languesce.

Ali, entre o grande silêncio que reina no céu por meia hora, descansa ela docemente entre os desejados abraços, e dorme; o seu coração, todavia, vigia. Ali vê coisas invisíveis, ouve coisas inefáveis que o homem nem sequer pode balbuciar e que excede toda a ciência que a noite sussurra à noite; e no entanto o dia-a-dia lhe passa sua mensagem, razão por que é lícito comunicar a sabedoria entre os sábios, e compartilhar o espiritual entre os espirituais.

São Bernardo de Claraval in 'Os graus da humildade e da soberba'


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Caminho interior

 


Um castelo no extremo norte de Portugal esconde um tesouro digno de ser referido nestas páginas. Pequeno em dimensão, mas carregado de significado, o tesouro não é mais do que uma placa modesta que assinala o lançamento da primeira pedra da requalificação do castelo de Montalegre sob a presidência de SAR o Duque de Bragança.

Este restauro teve como iniciador simbólico não um governante ou um Chefe de Estado ocasional, mas o representante dos Reis de Portugal. Nenhum outro português teria tanta legitimidade para o fazer.

Foi em nome dos seus antepassados e do país que construímos em conjunto que, das suas ameias, olhos vigilantes venceram o sono, o frio e o medo. Foi por causa desta família e da língua que fizemos nossa que nos diferenciámos dos nossos vizinhos, nos defendemos dos seus impulsos hegemónicos e nos lançámos ao mundo. Foi pelo Rei e pela Grei, e pela aliança entre ambos, que os ocupantes do castelo de Montalegre asseguraram a nossa defesa comum durante séculos. Hoje ele ali permanece, lembrança da nossa antiga liberdade, testemunho firme da resolução portuguesa.

Do alto das suas torres não só compreendemos as dificuldades de então como reconhecemos as de hoje. Há pouco que defender em seu redor. A sua gente escasseia e envelhece. Populações declinantes cercadas de vazio vivem vidas conformadas, esquecidas por um país crescentemente litoralizado, demasiado embrenhado na sua pós-modernidade frenética para compreender usos, costumes e ritmos com outras cadências e raízes. 

O interior tem sido votado ao esquecimento de (quase) todos. Tornou-se pouco mais do que politicamente irrelevante, valendo cada vez menos lugares no parlamento. Os acessos que deviam aproximá-lo dos centros de decisão drenaram-no, os serviços básicos foram-lhe retirados em nome da racionalidade económica e ignoradas as suas especificidades culturais e linguísticas. Resta-lhe o declínio… e a dignidade.

Apesar de tudo isso, ou talvez por isso mesmo, o representante dos Reis de Portugal lá esteve, como é seu dever e direito, ao lado dos seus para os ajudar a reerguer-se. Sempre ao lado dos seus, onde quer que estejam, quem quer que sejam.

Só quem não depende de ciclos eleitorais, tem uma visão integral do país e compreende o valor e a insubstituibilidade de cada um dos seus recantos e de todas as suas gentes, é capaz de o servir tão completamente e de lhe dedicar cada dia de vida.

Para lá da A1, ou de uma visão turístico-pitoresca do outro Portugal que ainda resiste, felizmente temos connosco quem é capaz de trilhar esse caminho interior.


João Vacas