O controlo da madraça socialista pelo PS intensifica-se com a estrutura endogâmica da instituição num ciclo vicioso de criação de doutorados que, sendo fiéis à doutrina socialista e submissos ao partido, são contratados pela madraça sem que lhes seja exigido trabalho desenvolvido fora da universidade onde se doutoraram. Veja-se o caso da actual reitora, uma mulher criada pelo ISCTE, socialista de sempre, e de onde saiu para ser ministra da educação.
A endogamia é um mal absoluto que corrói a qualidade das universidades portuguesas, mas em nenhuma se foi tão longe como no ISCTE/IUL. A esta endogamia pode justamente associar-se uma cultura de nepotismo que é o timbre de todas as organizações afectas ao PS.
A endogamia atinge universidades e boa parte das organizações estatais. O ex-ministro Vieira da Silva desempenhou um papel determinante no processo de controlo e submissão ao PS. Esse papel foi agora entregue à sua filha, Mariana Vieira da Silva, a quem o primeiro-ministro nomeou número dois do Governo na sua ausência por gozo de férias.
A ministra Mariana Vieira da Silva é um produto do ISCTE: lá estudou, ali se formou em sociologia e de lá seguiu directamente para o Governo sem nunca ter trabalhado noutro lado, incapaz de mostrar uma experiência de vida diversa e plural, contrariando a falsa retórica do respeito pela diversidade.
Ramiro Marques
Fonte: Inconveniente
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