28 de Agosto de 2021
S. Augustini Episcopi et Confessoris et Ecclesiae Doctoris
«Ninguém fará parte da Nova Ordem Mundial até cumprir um acto de culto a Lúcifer.
Ninguém entrará na Nova Era antes de receber a iniciação luciferiana»
David Spangler
Director do projecto Planetary Initiative, das Nações Unidas
(Reflections on the Christ, Findhorn, 1978).
Há mais de um ano e meio que assistimos impotentemente à sucessão de acontecimentos incongruentes aos quais a maioria de nós não é capaz de dar uma justificação plausível. A emergência pandémica tornou particularmente evidentes as contradições e a absurdidade das medidas nominalmente destinadas a limitar os contágios – bloqueios, recolhimento obrigatório, encerramento de actividades comerciais, limitações dos serviços públicos e das aulas, suspensão dos direitos dos cidadãos – mas que são rejeitadas quotidianamente por vozes discordantes, por provas evidentes de ineficácia, por contradições da parte das próprias autoridades sanitárias. É inútil elencar as medidas que quase todos os governos do mundo adoptaram sem alcançar os resultados prometidos. Se nos limitarmos às alegadas vantagens que o soro génico experimental deveria ter trazido à comunidade – antes de tudo, a imunidade ao vírus e a recém-descoberta liberdade de movimento –, descobrimos que um estudo da Universidade de Oxford, publicado no The Lancet (aqui), afirmava que a carga viral dos vacinados com dose dupla é 251 vezes maior do que as primeiras estirpes do vírus (aqui), apesar das proclamações dos líderes mundiais, a começar pelo Primeiro-Ministro italiano, Mario Draghi, segundo o qual «quem se vacina vive, quem não se vacina morre». Os efeitos colaterais do soro génico, habilmente dissimulados ou deliberadamente não registados pelas autoridades sanitárias nacionais, parecem confirmar o perigo da administração e as inquietantes incógnitas para a saúde dos cidadãos com que, em breve, teremos que nos confrontar.
Da ciência ao cientismo
A arte médica – que não é ciência, mas aplicação de princípios científicos a casos diferentes a cada vez, de forma experiencial e experimental – parece ter renunciado à própria prudência, em nome de uma emergência que a fez elevar-se ao sacerdócio de uma religião – ciência, na verdade – que para ser tal se escondeu num dogmatismo no limite da superstição. Os ministros deste culto constituíram-se como casta de intocáveis, isentos de qualquer crítica, mesmo quando as suas afirmações são negadas pela evidência dos factos. Os princípios da medicina, considerados universalmente válidos até Fevereiro de 2020, sucumbiram ao improviso, a ponto de recomendarem a vacinação em plena pandemia, a obrigatoriedade de máscaras declaradas inúteis, o recurso a distanciamentos extravagantes, a proibição de tratamentos com medicamentos eficazes e a imposição de terapias genéticas experimentais em derrogação dos protocolos de segurança normais. E assim como há novos sacerdotes do COVID, também há novos hereges, isto é, aqueles que rejeitam a nova religião pandémica e desejam permanecer fiéis ao Juramento de Hipócrates. Não raras vezes, a aura de infalibilidade que envolve os virologistas e outros cientistas, mais ou menos titulados, não parece ser questionada pelos seus conflitos de interesses ou pelos benefícios substanciais das empresas farmacêuticas: o que, em condições normais, seria escandaloso e criminoso.
O que muitos não conseguem compreender é a incongruência entre os objectivos declarados e os meios que, de tempos em tempos, são adoptados para alcançá-los. Se na Suécia a ausência de bloqueios e máscaras não levou a contágios superiores aos dos países onde as pessoas se confinaram nas suas casas ou onde usaram máscaras até mesmo nas escolas primárias, este elemento não é considerado como prova da ineficácia das medidas. Se em Israel ou na Grã-Bretanha a vacinação em massa aumentou as infecções e tornou-as mais virulentas, o seu exemplo não induz os governantes de outros países a serem prudentes na campanha de vacinação, mas, pelo contrário, empurra-os a avaliar a obrigatoriedade da administração. Se a Ivermectina ou o plasma hiperimune se demonstram tratamentos válidos, isso não basta para autorizá-los, muito menos recomendá-los. E os que se perguntam sobre o motivo dessa irracionalidade desconcertante acabam por abster-se do juízo, colocando uma espécie de fidelidade nos pronunciamentos dos sacerdotes do COVID, ou vice-versa, considerando os médicos como feiticeiros pouco confiáveis.
Um único guião sob uma única direcção
Como disse precedentemente, estamos diante de um engano colossal, baseado na mentira e na fraude. Este engano parte da premissa de que as justificações apresentadas pelas autoridades em apoio da sua acção para connosco sejam sinceras. Mais simplesmente, o erro consiste em considerar os governantes honestos e em presumir que eles não nos mentem. Assim, persistimos em encontrar justificações, mais ou menos plausíveis, com o único propósito de não reconhecer que somos objecto de uma conspiração planeada nos mínimos detalhes. E enquanto tentamos explicar racionalmente o comportamento irracional; enquanto atribuímos uma lógica ao agir ilógico daqueles que nos governam, a dissonância cognitiva leva-nos a fechar os olhos para a realidade e a acreditar nas mentiras mais despudoradas.
Devíamos ter compreendido – escrevia há algum tempo – que o plano do Great Reset não era o fruto dos delírios de algum “teórico da conspiração”, mas a crua evidência de um plano criminoso, idealizado há décadas e com o objectivo de estabelecer uma ditadura universal em que uma minoria de pessoas incomensuravelmente ricas e poderosas pretende escravizar e subjugar toda a humanidade à ideologia globalista. Porque a acusação de “conspiração” talvez pudesse ter feito sentido quando a conspiração ainda não era evidente, ao passo que, hoje, negar o que a elite projectou desde a década de 1950 é injustificável. O que Kalergi, os Rothschilds, os Rockefellers, Klaus Schwab, Jacques Attali e Bill Gates disseram no pós-guerra foi publicado em livros e jornais, comentado e retomado por organismos e fundações internacionais, feito por partidos e maiorias de governo. Os Estados Unidos da Europa, a imigração descontrolada, a redução dos salários, o cancelamento das garantias sindicais, a renúncia à soberania nacional, a moeda única, o controlo dos cidadãos sob o pretexto de uma pandemia, a redução da população através do uso de vacinas com novas tecnologias não são invenções recentes, mas fruto de uma acção planificada, organizada e coordenada. Uma acção que se mostra perfeitamente aderente a um único guião sob uma única direcção.
A mens criminale
Uma vez que se entenda que os presentes acontecimentos foram desejados para obter determinados resultados – e, consequentemente, para perseguir determinados interesses de uma parte minoritária da humanidade, com incalculáveis danos para a maioria –, devemos também ter a honestidade de reconhecer a mens criminale dos autores deste plano. Este desígnio criminoso também nos faz compreender o dolo da autoridade em apresentar certas medidas como inelutável resposta a acontecimentos imprevisíveis, quando os acontecimentos foram propositadamente criados e ampliados com o único propósito de legitimar uma revolução – que Schwab identifica como a quarta revolução industrial – pretendida pela elite em detrimento de toda a humanidade. A sujeição da autoridade é, por outro lado, o resultado de um processo iniciado ainda mais cedo, com a Revolução Francesa, e que tornou a classe política serva não de Deus (de cujo Senhorio prescinde desdenhosamente) nem do povo soberano (que despreza e usa apenas para legitimar-se), mas dos potentados económico-financeiros, da oligarquia internacional dos banqueiros e dos usurários, das multinacionais e das empresas farmacêuticas. Na realidade, vendo bem, todos esses sujeitos pertencem a um número restrito de famílias riquíssimas bem conhecidas.
Igual sujeição é também evidente na informação: os jornalistas aceitaram – sem nenhum escrúpulo de consciência – prostituir-se com os poderosos, chegando a censurar a verdade e a espalhar mentiras despudoradas sem sequer tentar dar-lhes a aparência de credibilidade. Se até ao ano passado os jornalistas contavam o número das “vítimas” do COVID que apresentavam os positivos como doentes terminais, hoje, aqueles que morrem após a vacina, são sempre e apenas levados por “doença” e, mesmo antes dos exames post mortem, decidem administrativamente que não há nenhuma correlação com a administração do soro génico. Retorcem impunemente a verdade, quando esta não confirma a narrativa, curvando-a aos seus propósitos.
O que está a acontecer há um ano e meio foi amplamente anunciado, nos mínimos detalhes, pelos próprios criadores do Great Reset; tal como nos foram anunciadas as medidas que deveriam ter sido adoptadas. A 17 de Fevereiro de 1950, perante o Senado dos Estados Unidos, o conhecido banqueiro James Warburg disse: «Teremos um governo mundial, queiram ou não. A única questão que se coloca é se este governo mundial será estabelecido pelo consenso ou pela força». Quatro anos depois, nascia o Grupo Bilderberg, que contava entre os seus membros personagens como Agnelli, Kissinger, Mario Monti e Mario Draghi, actual Primeiro-Ministro italiano. Em 1991, David Rockefeller escreveu: «O mundo está pronto para um governo mundial. A soberania supranacional de uma elite intelectual e de banqueiros mundiais é, certamente, preferível à autodeterminação nacional praticada nos séculos passados». E acrescentou: «Estamos à beira de uma transformação global. Tudo o que precisamos é da crise global “certa” e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial». Podemos afirmar, hoje, que esta «crise global “certa”» coincide com a emergência pandémica e com o lock step delineado, desde 2010, pelo documento da Fundação Rockefeller, Cenários para o Futuro da Tecnologia e Desenvolvimento Internacional, em que se antecipavam todos os acontecimentos a que estamos a assistir (aqui).
Em suma, criaram um falso problema para poder impor, como aparente solução, as medidas de controlo da população, eliminar as pequenas e médias empresas, com os bloqueios e o green pass, em benefício de alguns grupos internacionais, demolir a educação com a didáctica à distância, reduzir o custo da mão de obra e do trabalho dependente com o smart working, privatizar a saúde pública em benefício da BigPharma, permitir que os governos usem o estado de emergência para legislar em derrogação da lei e impor as chamadas vacinas a toda a população, tornando os cidadãos detectáveis em todos os seus movimentos, sejam eles doentes crónicos ou estéreis.
Tudo que a elite queria fazer, fê-lo. E o que é incompreensível é que, diante das evidências da premeditação deste terrível crime contra a humanidade, que vê os líderes de quase todo o mundo cúmplices e traidores, não há um único magistrado que abra um processo contra eles para apurar a verdade e condenar os culpados e os cúmplices. Quem discorda não é apenas censurado, mas apontado como inimigo público, como contaminador, como não-pessoa a quem não são reconhecidos direitos.
Deep state e deep church
Agora, perante um plano criminoso, seria, pelo menos, lógico denunciá-lo e divulgá-lo, para, depois, poder derrotá-lo e julgar os culpados. A lista dos traidores deveria começar com os chefes de governo, com os ministros e com parlamentares, e, depois, continuar com os virologistas e com os médicos corruptos, com os funcionários cúmplices, com os líderes das forças armadas incapazes de opor-se à violação da Constituição, com os jornalistas vendidos, com os magistrados cobardes e com os sindicatos cortesãos. Nessa longa lista que talvez um dia se faça, também devem ser elencados os líderes da Igreja Católica, a começar por Bergoglio, e não poucos bispos, que se tornaram zelosos executores da vontade do príncipe contra o mandato recebido de Cristo. E, certamente, nessa lista, conhecer-se-ia a extensão da conspiração e o número dos conspiradores, confirmando a crise de autoridade e a perversão do poder civil e religioso. Compreender-se-ia, em síntese, que a parte corrupta da autoridade civil – o deep state – e da autoridade eclesiástica – a deep church – são duas faces da mesma moeda, ambas instrumentais para o estabelecimento da Nova Ordem Mundial.
No entanto, para compreender esta aliança entre o poder civil e o poder religioso, é necessário reconhecer a dimensão espiritual e escatológica do conflito actual, enquadrando-o na guerra que Lúcifer, desde a sua queda, tem travado contra Deus. Esta guerra, cujos êxitos são decididos ab aeterno com a inexorável derrota de Satanás e do Anticristo e a esmagadora vitória da Mulher rodeada de estrelas, está agora a aproximar-se do epílogo: é por isso que as forças das trevas estão tão desencadeadas, tão impacientes para apagar o nome de Nosso Senhor da terra, para destruir não só a presença tangível nas nossas cidades, demolindo as igrejas, demolindo as cruzes, suprimindo as festas cristãs; mas também eliminando a sua memória, apagando a Civilização Cristã, adulterando o seu ensinamento, degradando o culto. E, para fazê-lo, a presença de uma Hierarquia fiel e corajosa, disposta ao martírio para defender a Fé e a Moral cristãs, é, certamente, um obstáculo. Por isso, desde a fase inicial do plano globalista, era essencial corromper a Hierarquia na moral e na doutrina, infiltrá-la com quintas colunas e células adormecidas, privá-la de qualquer anseio sobrenatural, torná-la corrompível graças a escândalos financeiros e sexuais; com o objectivo de excluí-la e eliminá-la uma vez alcançado o seu objectivo, conforme a prática estabelecida.
O final da década de 1950, quando tomava forma o projecto da Nova Ordem, marcou esta operação de infiltração que começou o seu trabalho de subversão alguns anos depois, com o Concílio Ecuménico Vaticano II, em vista do qual a eleição de Roncalli e a expulsão do papável Siri, o “delfim” de Pacelli, representaram um motivo de entusiasmo tanto para a componente progressista e modernista dentro da Igreja, quanto para a componente comunista, liberal e maçónica do mundo civil. O Vaticano II representou dentro do corpo eclesial o que o Juramento da Pallacorda foi para a sociedade civil: o início da Revolução. E se, em muitas ocasiões, quis evidenciar o carácter subversivo do Concílio, acredito, hoje, que merece atenção uma análise histórica em que factos aparentemente desconexos adquirem um significado inquietante e explicam muitas coisas.
Liaisons dangereuses
Como relatou Michael J. Matt, num vídeo recente em The Remnant (aqui), começamos, hoje, a compor todas as tesselas do mosaico e descobrimos – pela própria admissão de um dos protagonistas – que D. Hélder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife no Brasil, teve um encontro naqueles anos com o jovem Klaus Schwab, fundador do World Economic Forum e teórico do Great Reset. Schwab, tendo conhecido o Prelado pela sua oposição à Igreja tradicional e as suas teses revolucionárias e pauperistas, convidou-o para o Fórum de Davos, considerando a sua participação neste evento de extrema importância para o projecto da Nova Ordem. Sabemos que Hélder Câmara esteve entre os organizadores do Pacto das Catacumbas, que poucos dias antes do encerramento do Concílio, a 16 de Novembro de 1965, foi assinado por cerca de quarenta bispos ultraprogressistas. Entre as teses heréticas daquele documento, há também a colaboração no estabelecimento de «uma outra ordem social nova» (aqui, n. 9) baseada na justiça e na igualdade. E não nos surpreende saber que, entre os signatários, também estava Mons. Enrique Angelelli, Auxiliar de Córdoba, na Argentina, «ponto de referência para o então P. Jorge Mario Bergoglio» (aqui). O próprio Bergoglio declarou partilhar as exigências do Pacto das Catacumbas, desde o início do Pontificado. No dia 20 de Outubro de 2019, por ocasião do Sínodo para a Amazónia, repetiu-se a celebração do pacto entre os conspiradores nas Catacumbas de Santa Domitila (aqui), confirmando que o plano iniciado no Concílio encontrou cumprimento precisamente em Jorge Mario Bergoglio. O qual, longe de se distanciar dos ultraprogressistas que o apoiam e que determinaram a sua eleição no último Conclave, nunca perde a oportunidade de demonstrar perfeita coerência com o plano da Nova Ordem Mundial, a começar pela colaboração das instituições e dicastérios do Vaticano para o ambientalismo de matriz malthusiana e pela participação no Council For Inclusive Capitalism, uma aliança global com Rothschild, a Fundação Rockefeller e grandes bancos. Assim, por um lado, David Rockefeller com a Comissão Trilateral e, por outro, Klaus Schwab, relacionado com os Rothschilds (aqui), com o World Economic Forum encontram-se de braço dado com o chefe da Igreja Católica para estabelecer a Nova Ordem através do Great Reset, conforme planeado desde 1950.
O plano de despovoamento mundial
Neste pactum sceleris devem ser incluídos também alguns expoentes da Pontifícia Academia para a Vida, recentemente derrubada no seu organograma por Bergoglio, que afastou os membros mais fiéis ao Magistério, substituindo-os por teóricos do despovoamento, da contracepção e do aborto. Não admira o apoio da Santa Sé às vacinas: o Sovereign Independent, de Junho de 2011, noticiava na primeira página: «Despovoamento através da vacinação forçada: a solução do zero dióxido de carbono» (aqui). Ao lado do título, uma foto de Bill Gates era acompanhada deste comentário: «O mundo, hoje, tem 6,8 biliões de pessoas. Isto levará a 9 biliões. Se fizermos um trabalho realmente bem feito com as novas vacinas, os cuidados de saúde, os serviços de saúde reprodutiva [ou seja, o aborto e a contracepção], podemos reduzir a população em 10 ou 15 por cento». Dizia-o, há onze anos, Bill Gates, que, hoje, está entre os accionistas do grupo Black Rock, que financia as farmacêuticas que produzem vacinas, um dos principais patrocinadores da OMS e de uma miríade de entidades públicas e privadas ligadas à saúde. Ao seu lado, curiosamente, encontramos George Soros, o “filantropo” da Open Society que, com a Bill and Melinda Gates Foundation, investiu recentemente numa empresa britânica que produz tampões para detectar o COVID (aqui). E, já que estamos a falar de questões económicas, gostaria de recordar que a Santa Sé possuiu acções, no valor de cerca de 20 milhões de euros, em duas empresas farmacêuticas que produziram um medicamento contraceptivo (aqui) e, mais recentemente, investiu num fundo que garantia lucros altíssimos em caso de crises geopolíticas ou pandémicas graças à especulação com moedas internacionais, o Geo-Risk gerido pelo banco de investimentos Merril Lynch, que, após os primeiros meses de pandemia com rendimentos disparados, teve que fechá-lo (aqui). Outros capitais, provenientes do Óbolo de São Pedro, serviram para financiar várias iniciativas, também em colaboração com Lapo Elkann, entre as quais o filme autobiográfico de Elton John. Sem evocar as especulações imobiliárias e a compra do edifício londrino, no número 60 da Avenida Sloane, de que a crónica nos informou amplamente, que, de fonte segura, sei que foi decidida pelo próprio Bergoglio. Mais uma vez: sempre em nome da coerência e da “igreja pobre para os pobres” tão cara a Bergoglio, há quem acredite que o Acordo com a China, preparado pelos jesuítas e pelo ex-Cardeal McCarrick, rendeu fundos substanciais da parte do regime comunista de Pequim, em troca do silêncio vaticano sobre a perseguição dos católicos e a violação dos direitos humanos (aqui).
O mesmo aconteceu com a balbúrdia da imigração: entre os que lucram com o acolhimento estão, além das cooperativas de esquerda, os órgãos vaticanos e as Conferências Episcopais, às quais os Estados reconhecem conspícuos financiamentos para o acolhimento de clandestinos. O horrível monumento com a barcaça de bronze, erguido por Bergoglio na Praça de São Pedro, é a representação plástica de uma hipocrisia que é a marca deste pontificado. Numa recente audiência de quarta-feira, pudemos ouvir estas palavras: «O hipócrita é uma pessoa que finge, lisonjeia e engana porque vive com uma máscara no rosto e não tem coragem de confrontar-se com a verdade. [...] É particularmente detestável a hipocrisia na Igreja. Infelizmente, há hipocrisia na Igreja: há tantos cristãos e tantos ministros hipócritas» (aqui). Parece-me que não é necessário fazer comentários.
Interferência do deep state
As interferências do deep state na vida da Igreja Católica foram múltiplas. Não podemos esquecer os e-mails de John Podesta a Hillary Clinton, que mostram a intenção de expulsar Bento XVI do papado e, assim, iniciar uma nova «primavera da Igreja», progressista e globalista, depois realizada com a renúncia de Bento e a eleição do argentino. Também não podemos ignorar a interferência de entidades e instituições que estão tudo menos próximas da Religião, como a B’nai B’rith, em ditar a linha de “renovação” da Igreja depois do Vaticano II e, especialmente, sob este Pontificado. Por fim, devemos recordar, por um lado, as desdenhosas recusas de audiências a personalidades políticas e institucionais de orientação conservadora e, por outro, os apaixonados encontros sorridentes com expoentes da esquerda e do progressismo, juntamente com as expressões de entusiástica satisfação por ocasião da sua eleição. Muitos deles devem o próprio sucesso ao terem frequentado universidades administradas pela Companhia de Jesus ou círculos do catolicismo que na Itália poderiam ser definidos como dossettianos, onde a rede de relações sociais e políticas constitui uma espécie de maçonaria progressista e garante carreiras deslumbrantes aos chamados “católicos adultos”, isto é, àqueles que usam o nome cristão sem se comportar no serviço da coisa pública de acordo com a Fé e a Moral: Joe Biden e Nanci Pelosi; Prodi, Monti, Conte e Draghi, para citar apenas estes. Como se vê, a cooperação entre o deep state e a deep church é antiga e já produziu os resultados esperados pelos seus fautores, com gravíssimos danos para o Estado e a Religião.
O encerramento das igrejas no início de 2020, antes mesmo que as autoridades civis impusessem os bloqueios; a proibição da celebração das Missas e da administração dos Sacramentos durante a emergência pandémica; a grotesca exibição de 27 de Março na Praça de São Pedro (aqui); a insistência sobre as vacinas e a sua promoção como moralmente lícitas apesar de serem produzidas com linhas celulares provenientes de fetos abortados; as declarações de Bergoglio de que o soro génico representaria um «dever moral» para todo o cristão; a introdução do passaporte sanitário no Vaticano e, mais recentemente, nas escolas católicas e em alguns seminários; a proibição da Santa Sé aos Bispos de se pronunciarem contra a obrigação da vacinação, prontamente endossada por algumas Conferências Episcopais, são todos elementos que demonstram a subalternidade da deep church às ordens do deep state e a organicidade da igreja bergogliana ao nível globalista. Se a isto se junta o culto idólatra da pachamama sob as abóbadas de São Pedro; a insistência sobre o ecumenismo irenista, sobre o pacifismo, sobre o pauperismo; a moral da situação e a substancial legitimação do adultério e do concubinato de Amoris lætitia; a declaração de ilegitimidade da pena de morte; o endorsement a políticos de esquerda, líderes revolucionários, abortistas convictos; as palavras de compreensão para as insistências LGBT, para os homossexuais e os transexuais; os silêncios sobre a legitimação das uniões homossexuais e aqueles ainda mais desconcertantes sobre a bênção de casais sodomitas por bispos e sacerdotes alemães; a proibição da Missa Tridentina com a abolição do Motu Proprio Summorum Pontificum, de Bento XVI, percebemos que Jorge Mario Bergoglio está a desenvolver a tarefa que lhe foi confiada pela elite globalista, que o vê liquidatário da Igreja Católica e fundador de uma seita filantrópica e ecuménica de inspiração maçónica que deveria constituir a Religião Universal como apoio à Nova Ordem. Que esta acção seja realizada com plena consciência, por medo ou sob chantagem, não diminui a gravidade do que está a acontecer, nem a responsabilidade moral de quem a promove.
A matriz luciferiana da Nova Ordem Mundial
A este ponto, é necessário esclarecer o que se entende por Nova Ordem Mundial, ou melhor, o que entendem os seus criadores, independentemente do que afirmam publicamente. Pois, por um lado, é verdade que existe um projecto, quem o concebeu e quem se encarrega de executá-lo; mas, por outro lado, é verdade que os princípios inspiradores daquele projecto nem sempre são confessáveis, ou, pelo menos, que não podem ser admitidos ore rotundo em estreita relação com o que se passa hoje, visto que tal admissão suscitaria oposição mesmo nos momentos mais pacíficos e moderados. Na verdade, uma coisa é impor o green pass com a desculpa da pandemia; uma outra é reconhecer que o objectivo do passaporte sanitário é habituar-nos a ser detectáveis; uma outra é dizer que este controlo total é a «marca da Besta» de que fala o Apocalipse (Ap 13, 16-18). Perdoar-me-á o leitor se, para argumentar as minhas afirmações, tiver que recorrer a citações de tal gravidade e maldade, a ponto de suscitar espanto e horror: é necessário para compreender quais são as intenções dos obreiros desta conspiração e qual a batalha epocal que movem contra Cristo e a Sua Igreja.
Para compreender as raízes esotéricas do pensamento que está na base das Nações Unidas já almejadas por Giuseppe Mazzini, não podemos deixar de considerar personagens como Albert Pike, Eliphas Levi, Helena Blavatsky, Alice Ann Bailey ou outros seguidores das seitas luciferianas. Os seus escritos, publicados desde o final do século XIX, são amplamente reveladores.
Albert Pike, amigo de Mazzini e maçom como ele, num discurso de 1889, proferido, na França, aos mais altos graus da Maçonaria, e posteriormente retomado, a 19 de Janeiro de 1935, pela revista inglesa The Freemason, afirmou: «O que devemos dizer às multidões é que adoramos um deus, mas é o deus que se adora sem superstição [...]. A Religião maçónica deve ser mantida, por todos nós, iniciados dos altos graus, na pureza da doutrina luciferiana. Se Lúcifer não fosse deus, tê-lo-ia Adonai [o Deus dos cristãos], cujas acções provam a sua crueldade, perfídia, ódio pelo homem, barbárie e repulsa pela ciência, caluniado com os seus sacerdotes? Sim, Lúcifer é deus e, infelizmente, Adonai também é Deus. Pela lei eterna, segundo a qual não há luz sem sombra, beleza sem feiura, branco sem preto, o absoluto só pode existir como duas divindades: sendo a escuridão é necessária à luz para lhe servir de contraste, como o pedestal é necessário para a estátua e o freio para a locomotiva... a doutrina do Satanismo é uma heresia; e a verdadeira e pura religião filosófica é a fé em Lúcifer, o igual de Adonai; mas Lúcifer, deus da luz e deus do bem, está a lutar pela humanidade contra Adonai, o Deus das trevas e demónio».
Esta profissão de fé na divindade de Satanás não é apenas uma admissão de quem é o verdadeiro Grande Arquitecto que adora a Maçonaria, mas um blasfemo projecto político que passa pelo ecumenismo conciliar, do qual a Maçonaria é a primeiro teórica: «O cristão, o hebreu, o muçulmano, o budista, o seguidor de Confúcio e de Zoroastro podem unir-se como irmãos e acomunar-se na oração ao único deus que está acima de todos os outros deuses» (cf. Albert Pike, Morals and Dogma, ed. Bastogi, Foggia 1984, vol VI, página 153). E quem é o «único deus que está acima de todos os outros deuses» foi-nos bem explicado na citação anterior.
Ainda: «Vamos libertar os niilistas e os ateus, e provocaremos um cataclismo social formidável que mostrará claramente, em todo o seu horror, às nações, o efeito do ateísmo absoluto, a origem da barbárie e da subversão sangrenta. Então, em todos os lugares, os cidadãos, forçados a defender-se contra uma minoria mundial de revolucionários, [...] receberão a verdadeira luz através da manifestação universal da pura doutrina de Lúcifer, revelada finalmente ao público; manifestação à qual se seguirá a destruição da Cristandade e do ateísmo conquistados e esmagados ao mesmo tempo!» (cf. Carta de 15 de Agosto de 1871 para Giuseppe Mazzini, Biblioteca do British Museum de Londres).
Não escapará que a «grande heresia da separatividade» soa, curiosamente, de acordo com o ecumenismo, condenado, por Pio XI, na Encíclica Mortalium animos, adoptado pela declaração conciliar Dignitatis humanæ e recentemente fundido na doutrina da «inclusividade» formulada por aqueles que consentiram que fosse prestado um culto idólatra à pachamama em São Pedro. E é claro que com separatividade queremos designar, numa chave negativa, a obrigatória separação do bem do mal, do verdadeiro do falso, do justo do injusto, que constitui o critério para o juízo moral do comportamento humano. A isso opõe-se a inclusividade, isto é, o deixar-se deliberadamente contaminar pelo mal para adulterar o bem, equiparar o verdadeiro e o falso para corromper o primeiro e dar legitimidade ao segundo.
As comuns raízes ideológicas do ecumenismo
Se não se compreende que as raízes ideológicas do ecumenismo estão intrinsecamente ligadas ao esoterismo luciferiano maçónico, não se pode compreender o nexo que liga os desvios doutrinários do Vaticano II ao plano da Nova Ordem Mundial. 1968 foi um triste exemplo daquelas ambições pacifistas e ecuménicas, nas quais a Era de Aquário foi celebrada na música Aquarius (1969), dos Hair, e, depois, por John Lennon, com Imagine (1971).
«Imagina não haver o paraíso. É fácil se tentares. Nenhum Inferno abaixo de nós. Acima de nós, só o céu. Imagina todas as pessoas a viver o presente. Imagina que não houvesse nenhum país. Não é difícil imaginar. Nenhum motivo para matar ou morrer. E nem religião, também. Imagina todas as pessoas a viver a vida em paz. Podes dizer que eu sou um sonhador. Mas eu não sou o único. Espero que, um dia, te juntes a nós E o mundo será como um só. Imagina que não há posses. Eu pergunto-me se é possível: sem a necessidade de ganância ou fome. Uma irmandade de homens. Imagina todas as pessoas a partilhar todo o mundo».
Este manifesto do niilismo maçónico pode ser considerado o hino do globalismo e da nova religião universal. Uma alma não extraviada só pode sentir horror a estas palavras blasfemas. E por aquelas não menos blasfemas de God (1970): «God is a concept by which we measure our pain […] I just believe in me», «Deus é um conceito com o qual medimos a nossa dor. […] Eu só acredito em mim».
Compreendo que para muitos seja angustiante aceitar que a Hierarquia se possa ter deixado ser enganada pelos seus inimigos, fazendo próprios os seus pedidos em questões que tocam a própria alma da Igreja. Certamente, houve Prelados maçónicos que conseguiram introduzir as suas ideias no Concílio, dissimulando-as, mas com plena consciência de que elas levariam, inexoravelmente, à realização daquela demolição da Religião que é a premissa para a instauração da Nova Era – a Era de Aquário –, em que Nosso Senhor é banido da sociedade para se acolher o Anticristo. Compreende-se, então, aquela indulgência sedutora de tantas personalidades eclesiásticas – penso nos Cardeais Martini e Ravasi, entre outros – para com a Maçonaria, e a sua oposição às excomunhões que os Papas renovaram contra a seita. Também se compreende o motivo do entusiasmo das Lojas pela eleição de Bergoglio e, vice-versa, o seu ódio mal dissimulado por Bento XVI, considerado o kathèkon a eliminar.
Também se deve recordar, com algum embaraço, que certas declarações de Ratzinger fazem pensar numa tentativa de “cristianizar” o projecto globalista, sem condená-lo como anticristo e anticristão: «Deixa o Menino de Belém conduzir-te pela mão; não temas, confia n’Ele! A força vivificante da sua luz dá-te coragem para te empenhares na edificação duma nova ordem mundial» (aqui). Estas palavras, infelizmente, confirmam a falácia do pensamento hegeliano, que influenciou o professor de Tubinga até ao Sólio. Certamente, esta omissão de posição do Pontífice autorizou a considerá-lo, de alguma forma, um aliado do plano globalista, se o Presidente Napolitano pôde afirmar, no seu discurso do fim de ano de 2006 aos italianos: «Há sintonia entre mim e o Papa Bento XVI em defender uma Nova Ordem Mundial» (31 de Dezembro de 2006). Por outro lado, o processo hegeliano de tese-antítese-síntese ecoa o mote Solve et coagula, da alquimia, adoptado pela Maçonaria e pelo esoterismo luciferiano. Mote que aparece nos braços de Baphomet, ídolo infernal adorado pelos líderes da seita pela mesma admissão dos seus mais autorizados membros. Philip Jones, no seu ensaio Lucifer rising, especifica que a dialéctica hegeliana «combina uma forma de cristianismo como tese com um espiritualismo pagão como antítese, resultando numa síntese muito semelhante às religiões misteriosas babilónicas».
O panteísmo globalista de Theilard de Chardin
O ecumenismo é um dos principais temas do pensamento globalista. Confirma-o Robert Muller, que foi assistente do Secretário das Nações Unidas: «Devemos avançar o mais rápido possível em direcção a um governo único mundial, uma religião única mundial e um único líder mundial». Antes dele, um dos fautores da Sociedade das Nações, Arthur Balfour, criou a Syntethic Society, que tinha como objectivo a criação da “religião única mundial”. O próprio Pierre Theilard de Chardin, S.J., um herege jesuíta condenado pelo Santo Ofício e, hoje, célebre teólogo do progressismo, considerava as Nações Unidas como «a encarnação institucional progressista da sua filosofia», desejando «uma convergência geral das religiões num Cristo universal que satisfaça a todos... parece-me a única conversão possível do mundo e a única forma em que pode ser concebida uma religião do futuro», para «reduzir a diferença entre o panteísmo e o cristianismo, trazendo à tona o que se poderia chamar a alma cristã do panteísmo ou o aspecto panteísta da cristandade». Não se pode esquecer que a pachamama e a atribuição de conotações marianas à Mãe Terra caracterizam de modo inquietante estes conceitos de Theilard de Chardin. Não basta: Robert Muller, teórico do governo mundial e seguidor da teosofista Alice A. Bailey, declara: «Teilhard de Chardin influenciou o seu companheiro [o sacerdote jesuíta Emmanuel Saguez de Breuvery, que ocupou cargos importantes na ONU], que inspirou os seus colegas, que iniciara um rico processo de pensamento global e, a longo prazo, dentro das Nações Unidas, que interessou muitas nações e pessoas em todo o mundo. Fui profundamente influenciado por Teilhard». Em The Future Man, Theilard escreve: «Mesmo que a sua forma ainda não seja visível, amanhã a humanidade despertará num mundo pan-organizado». Muller foi o fundador do World Core Curriculum, que tinha como objectivo «orientar os nossos filhos para a cidadania global, as crenças centradas na terra, os valores socialistas e a mentalidade colectiva, que estão a tornar-se um requisito para a força de trabalho do século XXI» (New Man Magazine). E se ele orgulhosamente afirma Alice A. Bailey entre os seus inspiradores, descobrimos que a teosofista foi discípula do Movimento Teosófico fundado por Helena Blavatsky, abertamente luciferiana. Apenas para enquadrar o personagem, aqui estão algumas citações de Blavatsky: «Lúcifer representa a Vida, o Pensamento, o Progresso, a Civilização, a Liberdade, a Independência... Lúcifer é o Logos, a Serpente, o Salvador». E, quase antecipando a pachamama: «A Virgem Celestial torna-se assim, ao mesmo tempo, a Mãe dos Deuses e dos Demónios, porque é a Divindade benéfica sempre amorosa... mas, na antiguidade e na realidade, Lúcifer é o nome. Lúcifer é Luz divina e terrestre, o Espírito Santo e Satanás ao mesmo tempo». Para terminar com: «É Satanás que é o deus do nosso planeta e o único deus». Bailey fundou a editora Lucifer publishing company, agora conhecida como Lucis publishing company, intimamente ligada à Lucis Trust, anteriormente Lucifer Trust, reconhecida como ONG pelas Nações Unidas. Se adicionarmos as palavras de David Spangler, director do projeto Planetary Initiative, das Nações Unidas, a esta confusão de divagações infernais, perceberemos quão terrível é a ameaça que paira sobre todos nós: «Ninguém fará parte da Nova Ordem Mundial até cumprir um acto de culto a Lúcifer. Ninguém entrará na Nova Era antes de receber a iniciação luciferiana» (Reflections on the Christ, Findhorn, 1978).
Escreve Alice A. Bailey a propósito da New Age: «As conquistas da ciência, as conquistas das nações e as conquistas do território são todas indicativas do método da era dos Peixes [a era de Cristo], com o seu idealismo, a sua militância e a sua separação em todos os campos – religiosos, políticos e económicos. Mas a era da síntese, da inclusão e da compreensão está sobre nós, e a nova educação da era de Aquário [a era do Anticristo] deve começar a penetrar muito delicadamente na aura humana». Hoje, vemos como os métodos de ensino teorizados por Muller, no World Core Curriculum, são adoptados por quase todos os Estados, com a ideologia LGBT, teoria de género e todas as outras formas de doutrinação. Confirma-o o ex-director da OMS, o Dr. Brook Chisolm, explicando o que a política educacional da ONU gostaria de alcançar: «Para se chegar a um governo mundial, é preciso remover das mentes dos homens o seu individualismo, a fidelidade às tradições familiares, o patriotismo nacional e os dogmas religiosos» (cf. Christian World Report, Março de 1991, Vol. 3).
Aqui está novamente o fil rouge que liga não só Klaus Schwab a Hélder Câmara, mas também Robert Muller e Alice A. Bailey a Pierre Theilard de Chardin e Emmanuel Saguez de Breuvery, sempre em tom globalista e sob a infausta inspiração do pensamento luciferiano. Uma análise aprofundada destes aspectos inquietantes permitirá fazer luz sobre a verdade e revelar a cumplicidade e as traições de não poucos homens da Igreja subjugados ao inimigo.
A nossa resposta diante da crise da autoridade
A corrupção da autoridade é tal que é muito difícil – pelo menos em termos humanos – conjecturar uma saída pacífica. Ao longo da História, os regimes totalitários foram derrubados pela força. É difícil pensar que a ditadura sanitária que se vai instaurando nestes meses possa ser combatida de outra forma, pois todos os poderes do Estado, todos os meios de informação, todas as instituições internacionais públicas e privadas, todos os potentados económicos e financeiros são cúmplices deste crime.
Diante deste cenário desolador de corrupção e de conflito de interesses, é indispensável que todos aqueles que não são subservientes ao plano globalista se unam numa frente compacta e coesa, para defender os direitos naturais e religiosos, a própria saúde e a dos seus entes queridos, a própria liberdade, os próprios bens. Onde a autoridade falha nos seus deveres, e de facto trai o propósito para o qual foi constituída, a desobediência não é apenas lícita, mas obrigatória. Desobediência não-violenta, pelo menos por enquanto, mas determinada e corajosa. Desobediência aos diktat ilegítimos e tirânicos da autoridade civil, e firme oposição aos diktat da autoridade eclesiástica, onde se mostra cúmplice do plano infernal da Nova Ordem Mundial.
Conclusão
Permitam-me concluir esta reflexão com um breve pensamento espiritual. Tudo o que sabemos, descobrimos e compreendemos do enredo global em curso, mostra-nos uma tremenda realidade, mas, ao mesmo tempo, nítida e clara: há dois lados, o de Deus e o de Satanás, o dos filhos da Luz e o dos filhos das trevas. Não é possível chegar a um acordo com o Inimigo, nem se pode servir dois senhores (Mt 6, 24). As palavras de nosso Senhor devem ficar gravadas nas nossas mentes: «Quem não está comigo, é contra mim; e quem não junta comigo, desperdiça» (Mt 12, 30). Esperar construir um governo mundial em que seja banida a divina realeza de Jesus Cristo é loucura e blasfémia, e ninguém que tenha tal plano jamais terá sucesso. Onde reina Cristo, reina a paz, a concórdia, a justiça; onde não reina Cristo, Satanás tirano. Pensemos bem quando, em nome de uma quimérica coexistência pacífica, temos que escolher se queremos chegar a acordos com o adversário! E que pensem aqueles Prelados e Governantes que acham que a sua cumplicidade só afecta as questões económicas ou sanitárias, fingindo não saber o que está por trás de tudo isso.
Voltemos a Cristo, a Cristo Rei dos corações, das famílias, das sociedades e das nações. Proclamemo-Lo nosso Rei e Maria Santíssima nossa Rainha. Só assim este projecto infame da Nova Ordem Mundial poderá ser derrotado. Só assim a Santa Igreja poderá purificar-se dos traidores e dos renegados. E que Deus ouça a nossa oração.
† Carlo Maria Viganò, Arcebispo
Fonte: Dies Iræ
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