Direitos – Nos papéis são infinitos os do homem, segundo a linguagem republicana. Os Filósofos dizem (suponho que o terão estudado bem) que o ente quimérico – natureza – deve ter dado infinitos direitos ao homem, qual deles mais real e imprescritível. Verdade será, quando tão presenteiros no-los asseguram. Porém que adiantamos nós com uns direitos, que ficam só em papéis? Digo isto, porque a grande mestra experiência constantemente nos está metendo pelos olhos, que todos os direitos do homem na república democrática se reduzem simplesmente a dois. O facínora e o ímpio têm o direito de mandar e roubar: o virtuoso e honrado de serem roubados e oprimidos. Com toda a segurança concedo, que se empenhe algum republicano em convencer-me de embusteiro.
D. Frei Fortunato de São Boaventura in «Novo Vocabulário Filosófico-Democrático, indispensável para todos os que desejem entender a nova língua revolucionária», Nº 4, 1831
Fonte: Veritatis
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