Segundo a teoria de algumas mentes doentes e “iluminadas”, que afirmam que o género [sexo] é algo que se escolhe e é determinado socialmente, não podemos violentar a criança impondo-lhe um género [o sexo com o qual nasceu – menino ou menina] que pode não ser o que ela quer. Temos de a deixar crescer sem saber quem é, ou o que é, para ela poder escolher dentre os cerca de 114 “géneros” que os activistas lhe vão apresentar na Escola. E, quando ela adoptar um género, que começa com uma letra do abecedário colorido, e se transforma em súbdita da bandeira da moda, ai dos pais que se atrevam a contrariá-la.
Não é por acaso, que Lara Vilela, coordenadora da área de pedopsiquiatria do Hospital Pedro Hispano, apareceu no telejornal da TVI a afirmar que, aos 6 anos, as crianças já sabem a que “género” pertencem. A sério? Das duas, uma: ou a senhora vive noutro planeta e não sabe o que se está a passar (o que duvido), ou quis fazer-nos de burros e é activista do lóbi. É verdade que a criança, aos 6 anos, já sabe se é menino ou menina, se é do sexo masculino ou feminino. Mas “género”? Como é que a criança sabe de que género é, sem passar pelo processo de elgebetização desde o infantário, desde os três anos?
A ideologia do género, infelizmente, tem vindo a ser aceite por muitos pais, irresponsáveis, que, em nome do politicamente correcto, colocam os seus filhos em risco e acham muita piada à erotização precoce dos petizes. Neste cantinho à beira-mar plantado, já há muitos adultos dementes a tratar os filhos como se fossem aquilo que eles tanto desejavam e não aquilo que são. É muito triste saber que, aqui no Norte, uma mãe vestia o seu filho de acordo com o seu activismo: um dia, ia para a escola vestido de menina e, no outro, ia vestido de menino. Depois de uma infância confusa e traumática, quando chegou à adolescência, o rapaz decidiu “mudar de sexo”. Outra mãe, há uns tempos dizia-me: «Eu queria tanto uma menina, mas veio um menino. Foi frustrante, mas pensei: quem dera que seja gay.».
Este mundo está doente e está a adoecer as crianças.
Mas, o exemplo que aqui trago vem de Inglaterra. Os pais de Sacha decidiram criá-lo de forma “neutra” (aqui, forma neutra, significa que ele era um menino e que os papás o vestiram como menina até aos 5 anos) e só ao fim de cinco anos revelaram que “ela”, afinal, é ele. O argumento?
«Para que ele não fosse influenciado pelos preconceitos e pressuposições da sociedade.» – Informou a mamã.
Sacha nasceu menino, cresceu vestido de fadinha, e, quando tinha 5 anos, resolveu que era aquilo que a biologia havia determinado (o seu sexo biológico), mas se ele tivesse resolvido que era uma menina, os pais não veriam nisso qualquer problema e teriam feito todo o trajecto até à amputação do membro sexual do filho e consequente esterilização… E, como se nós fôssemos uma cambada de mentecaptos, querem fazer-nos acreditar numa suposta “neutralidade” que veste um menino de menina durante cinco anos… Eu chamo-lhe leviandade, violência e humilhação.
A ideia do lóbi da agenda elgebetista é instalar-se no ensino público e tirar aos pais o direito de educar os filhos com valores morais cristãos, ou quaisquer outros que não os dos activistas. As crianças, os seus filhos, vão ser submetidas a esta ideologia, manipuladas, e vão ver desconstruídos todos os valores que os pais lhes ensinaram acerca da família, do casamento, do pudor, do bem e do mal, do certo e do errado, da realidade e do imaginário.
Os activistas do “género” têm vindo a pressionar para que se mude a definição de família como um homem e uma mulher que geram filhos, algo que os progressistas e o actual governo vêem com bons olhos. Há alguns anos, mal a geringonça “assaltou” o poder, as políticas identitárias começaram a ser aprovadas em catadupa. Os adolescentes receberam luz verde para “mudar de sexo” aos 16 anos; mudar o nome no CC de acordo com o género auto-determinado; e, caso os pais os tentassem demover, fazer queixa deles e serem salvos pelo papá Estado.
Ora, estas políticas estão a causar muitos estragos. Eis alguns deles:
1) As diferenças sexuais naturais, como são ensinadas nas ciências naturais e na Bíblia, são abolidas. Qualquer um pode auto-determinar ser qualquer coisa: homem durante algum tempo, mulher quando quiser, pan e bi quando lhe apetecer. Pode ser o que lhe der na gana, desde que obtenha prazer e likes. Tudo isto vai contra a ciência, a biologia e a realidade, mas satisfaz o narcisismo e o egocentrismo que habitam no coração do homem.
2) A ideologia de género destrói a instituição família: a criação dos filhos e os valores cristãos são questionados e todos os pais, que queiram dar uma educação cristã aos seus filhos, são acusados, difamados e terão de responder em tribunal por lhes ensinar que o sexo é entre um homem e uma mulher e que foi isso que Deus instituiu (já há um caso, num colégio particular, em Lisboa, onde um menino de 9 anos foi sinalizado na CPCJ pela psicóloga do colégio, por ter dito que o casamento é entre um homem e uma mulher. A família retirou-o do colégio e o caso está em tribunal.).
3) O conceito de “certo” e “errado” deixa de existir. Em termos de sexualidade, é o desejo sexual do indivíduo que define o que é certo e o que é errado. Os genitais, não o cérebro, comandam. Os apetites e práticas sexuais passam a ser a identidade da pessoa, ignorando o todo e reduzindo-a a… nada. Ninguém pode dizer que a homossexualidade é pecado, que a homo-afectividade está errada; e que ninguém “muda de sexo”, pois as cirurgias plásticas e os medicamentos apenas alteram as características físicas secundárias do indivíduo, não a sua natureza.
As políticas identitárias não atacam só a moral cristã e os valores bíblicos. Também atacam muitas famílias que, não sendo cristãs, acreditam na família constituída por homem + mulher = filhos e defendem valores e princípios cristãos universais. É a este lixo ideológico que as nossas crianças estão expostas, na Escola, na TV, nas redes sociais, em todo o lado.
É hora dos pais!
Maria Helena Costa
Fonte: Inconveniente
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