quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Comportamento padrão de adolescentes “elgebetizados”


Com a Lei n.º 38/2018, o Despacho n.º 7247/2019 e agora o copy-paste do despacho na Proposta de Lei n.º 332/XV, Portugal copia o que de pior se vai passando um pouco por todo o mundo ocidental e, quando se fala de crianças, que, supostamente, e depois de muita doutrinação ideológica, sofrem de disforia de género, o critério dos pais só é ouvido e tomado em conta SE coincidir com o “sentimento profundamente sentido”, ainda que surgido repentinamente e nunca antes percebido, do seu filho.

Do contrário, caso tentem ajudar o filho a perceber o que realmente se passa e não se ajoelhem diante da nova identidade auto-determinada pelos petizes, a ameaça estatal de lhes retirar toda e qualquer autoridade paternal/maternal sobre os seus filhos e de os sentar ao banco dos réus recai sobre eles.

Perante este ataque sem tréguas à família, o que é que os pais precisam saber sobre o comportamento dos seus filhos, que, repentinamente, passam a identificar-se como “trans”, e os ataques que virão, caso não venerem a auto-determinação deles?  

Dr.ª Lisa Littman criou um questionário com noventa perguntas, distribuiu-o entre 256 pais que tinham visto os seus filhos adolescentes, que nunca antes haviam manifestado qualquer sintoma de Transtorno da Identidade Sexual [Disforia de Género], identificarem-se repentinamente como transgénero e estas são algumas das conclusões:

  1. Mais de 80% dos adolescentes eram mulheres (sexo biológico), com uma idade média de 16,4 anos;
  2. No momento de anunciar a sua transgeneridade, a maioria vivia em casa dos pais;
  3. A grande maioria tinha tido zero indicadores de disforia de género na infância (além de não cumprirem universalmente o requisito das seis características da disforia de género em crianças);
  4. Quase um terço dos adolescentes não parecia em absoluto sofrer de disforia do género, segundo os pais, antes de anunciarem ser “trans”;
  5. A maioria havia recebido um ou mais diagnósticos psiquiátricos, e quase metade auto-mutilava-se antes de a “disforia de género” aparecer;
  6. 41% havia expressado uma orientação sexual não heterossexual antes de se identificar como “transgénero”;
  7. 47,4% tinha sido formalmente avaliado como um aluno especialmente dotado;
  8. 70% dos adolescentes pertencia a um grupo no qual, pelo menos um amigo “saíra do armário” como “transgénero”. Em alguns grupos, a maioria dos amigos havia-se declarado “transgénero”;
  9. Antes de anunciar a sua identidade “transgénero”, mais de 65% dos adolescentes havia aumentado o uso das redes sociais e o tempo que passavam online;
  10. Entre os pais que conheciam a situação social dos seus filhos, mais de 60% disse que o anúncio trouxe consigo um aumento da popularidade;
  11. Mais de 90% dos pais questionados eram brancos;
  12. Mais de 70% dos pais tinha um título universitário;
  13. Mais de 85% dos pais disseram apoiar o direito ao casamento das parelhas homossexuais;
  14. Mais de 88% dos pais questionados disseram apoiar os direitos das pessoas “transgénero”;
  15. Menos de 13% dos pais acreditavam que a saúde mental do adolescente tinha melhorado após a identificação como “transgénero”;
  16. Mais de 47% disse que a saúde mental do seu filho havia piorado.

Acusações aos pais

  1. 64% dos pais haviam sido classificados como “transfóbicos” ou “intolerantes”, pelos seus filhos, por razões como: discordar da criança acerca da sua auto-avaliação como “transgénero”; recomendar que o filho se dê mais tempo para averiguar se os sentimentos de “disforia de género” persistem; chamar o seu filho pelo pronome equivocado; dizer-lhe que é pouco provável que as hormonas ou as cirurgias o ajudem; chamar o seu filho pelo seu nome de nascimento, ou recomendar-lhe que, antes de se submeter à “transição” médica, trabalhe outros problemas de saúde mental subjacentes.

Pais, entendam: NUNCA ANTES os indivíduos que sofriam de disforia de género haviam “saído do armário”, como “trans”, em função do estímulo dos amigos e depois de se saturar nas redes sociais. NUNCA ANTES a identificação como “transgénero” havia precedido as experiências da disforia de género em si.

Perseguição a quem contraria a narrativa

Duas semanas depois da publicação do estudo da Dr.ª Littman, e em resposta ao protesto dos activistas, a PLoS One (revista científica da Biblioteca Pública de Ciência) anunciou que levaria a cabo uma revisão posterior à publicação do seu trabalho e que se faria uma “correcção”. A Drª Littman foi vítima de uma série de revisões. Em Março de 2019, sete meses depois da publicação inicial, a PLoS One divulgou a “correcção” de Littman. Nenhum dos resultados havia mudado.

Mas, a Dr.ª Littman pagou o preço de ter enfrentado o lóbi “elgebetista”. Acusando-a de fanatismo anti-trans, os activistas inundaram a página de Twitter da PLoS One e afirmaram que a Dr.ª Littman havia, deliberadamente, recolhido toda a informação de pais conservadores pertencentes a grupos anti-trans, quando, de facto, mais de 85% dos pais se haviam identificado como apoiantes dos direitos lgbtetc.

Os jornalistas, pressionados pelos activistas (e alguns deles activistas), precipitaram-se sobre ela com “bidões de gasolina” nas mãos. Um estudante de pós-graduação e autoproclamado “activista transgénero”, do departamento da Universidade Brown da Dr.ª Littman[3], denegriu-a na imprensa e publicou um artigo no qual a acusava de estar motivada por preconceitos. Outros activistas transgénero acusaram-na de ter ferido pessoas com o seu artigo. Qualificaram o seu trabalho como “perigoso” e insistiram que poderia conduzir os adolescentes, que se identificavam como transgénero, a “piores resultados de saúde mental”. Pressionada, e com a desculpa de que o trabalho da Dr.ª Littman poderia “desacreditar os esforços em apoiar os jovens transgénero”, a Universidade de Brown retirou o seu próprio comunicado de imprensa, a favor do artigo, do seu site.

Médicos activistas perseguiram a Drª Litttman até ao Departamento de Saúde de Rhode Island, onde ela trabalhava, em part-time, como consultora médica em projectos relacionados com a saúde de grávidas e bebés prematuros. Alegando que ela havia escrito um artigo “prejudicial” para as jovens transgénero, os activistas denunciaram-na ao seu empregador e exigiram que o Departamento de Saúde “pusesse um fim imediato à sua relação laboral com a Dr.ª Littman”.

Os activistas queriam a cabeça da Dr.ª Littman numa bandeja. O Departamento de Saúde deu-lha e ela perdeu a sua consultoria remunerada.

E por cá? Sabe quantos profissionais de saúde enfrentam queixas na Ordem, por não se ajoelharem ao lóbi lgbtetc? Quantos se calam, com receio de perder o seu ganha-pão?


*Artigo baseado no livro: Dano Irreversível – A loucura transgénero que seduz as nossas filhas, de Abigail Shrier, que tem vindo a resistir a várias tentativas de censura.


Maria Helena Costa

Fonte: Inconveniente

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