Levantam-se de novo as pequenas manifestações anti-tourada, com as suas dezenas de protestantes, os seus pseudoartistas que na sua mediocridade, lá vão saindo dos seus ghettos, tão cobiçados são pelos neocomunistas, ao verem neles a última possibilidade de continuarem o motivo da sua existência, a luta.
As justificações são as do costume, a defesa do animalismo, o progresso, a evolução, considerando a tourada como um seu regredir.
A tourada, o único desporto intrinsecamente Hispânico, sempre foi, é e continuará a ser a demonstração de destreza, de coragem e de brio dos homens perante a magnifica e poderosa força detida pelo touro. A tourada, nas palavras de Eça de Queirós, é o desporto que ainda vai dando uma coluna vertebral aos nossos jovens. Serão o animalismo e o progresso a solução?
O animalismo, revestido de frases tão risonhas como,” quanto mais conheço os homens, mais gosto de animais”, ou adjectivando o animal como se de um filho se tratasse, não representam nenhum “humanismo”, que a gnose nos pretende apresentar como uma deificação do homem, reminiscência, desse deus terreno tão do agrado gnóstico, que com seus eleitos, uns seres superiores marcados por capacidades adivinhadoras lá nos conduzirão, ao fim da história, ao paraíso terreno, em oposição à Revelação Divina que nos diz que o caminho para o Paraíso Celestial é só um e só pode ser percorrido através da perseguição da Santidade e da Perfeição.
O animalismo é, na verdade, uma involução.
Ele representa o regresso a decrépitas e extintas civilizações que tomavam por deuses animais e para se agradar a animais, os sacrifícios têm, necessariamente, de ser humanos. É esta a pretendida conquista dos adoradores de animais; e já não estamos muito longe dessa “humanização”, o aborto, que sob a capa de um direito de supermercado mais não é que a eliminação dos mais fracos e a eutanásia, o assassinato dos mais velhos, empecilhos ao progresso e negação da tão perseguida juventude eterna, (eles acham-se deuses…), estão já consagrados neste “humanista” progresso evolutivo.
Resta-lhes por isso, como argumento, o progresso. Mas o que é o progresso?
Aristóteles, como recordou José Miguel Gambra na sua obra ‘La Sociedad Tradicional y sus Enemigos’, disse-nos “que o homem vive o instante presente que separa o passado do provir, mas o passado e o futuro têm, aos olhos do homem que percorre o seu caminho vital, um sentido muito diferente: - O passado é necessário, não podendo ser no presente, diferente do que foi. Ao contrário, o futuro onde se insere a acção humana é contingente e apresenta-se sempre como uma incógnita, que em cada momento se vai convertendo em necessário e sem volta atrás possível.
O homem e sobretudo o homem fraco, sempre desejou possuir algum procedimento que lhe dê segurança perante a contingência da sua existência mundana. Por isso, vai acreditando na existência de uns saberes herméticos possuídos por alguns eleitos – magos, arúspices, adivinhos – que se diziam capazes de conhecer o futuro contingente da mesma maneira que o comum dos mortais é capaz de prever os acontecimentos da natureza, como um eclipse”.
É a este futuro contingente a que o progresso quer responder, apresentando-se como uma lei segundo a qual, a humanidade encaminha-se para um período de “harmonia e felicidade totais”…
Pelo caminho lá ficaram as guerras, a fome, a precariedade de emprego, os salários que mal dão para sobreviver, os sem abrigo, “cometidas em pleno séc XXI “e também algumas Doutrinas que por serem de outros séculos, já não cabem nestes tempos tão “progressistas e tecnológicos”.
Ora, a tecnologia em nada contribui para o progresso político e moral do homem, nem dela se pode retirar qualquer felicidade ou infelicidade futuras para o homem, pois os seus instrumentos, sejam eles, digitais, mecânicos, ou electrónicos só poderão ser bons ou maus, em função do uso dado pelo homem, ou seja, a tecnologia é neutra, pois um veículo se utilizado adequadamente à sua função, é um instrumento de bem; já quando atropela alguém, transforma-se num instrumento de mal.
Portanto e desmontada que está a tese do progresso da actualidade, resta aos animalistas, neocomunistas e produtores de obras que de arte nada têm, reduzirem-se ao que efectivamente vêm:- À destruição de Deus, do homem naturalmente sociável e a ascensão de pequenos deuses que caminham, ao abrigo do estado, em direcção a essa linha imaginária que é o horizonte do “paraíso terrestre”.
Por Deus, Pátria e Rei legitimo
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