segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

O Yoga e a ideologia de género


Yoga/Mindfulness, que tal como a ideologia de género está a ser imposto nas escolas, é uma prática que impele os que o praticam a uma busca desenfreada de prazeres e a rejeitar o cristianismo bíblico.

Nos anos 70-80, Rajneesh Chandra Mohan, um guru indiano aclamado pelo movimento New Age da América, Inglaterra, Alemanha e de quase todos os países industrializados do mundo livre, fundou cerca de 500 centros de Rajneeshismo em 22 países. O carismático guru tornou-se muito popular entre algumas celebridades e, aliado ao Movimento do Potencial Humano e milhares de outros interessados, fazia peregrinações à sua comunidade religiosa em Poona, na Índia. O grande interesse despertado por Rajneesh teve a sua origem, em parte, no emprego do «tantra yoga» (que, entre outras coisas, adopta o nudismo e o sexo livre), bem como no facto de usar uma grande variedade de terapias e técnicas «psico-espirituais» muito populares.

«Ai, e tal», perguntará o leitor, «mas o que é que isso tem a ver com a ideologia de género e com o Yoga?»

A resposta é: «TUDO!»

O Yoga está para as religiões hindus como a oração para os cristãos. O yoga não é a religião em si, mas é o meio de se ligar a Brahma. A palavra «Yoga» significa, literalmente: «unir» ou «atar junto». O objectivo do Yoga é esvaziar totalmente a mente, parar todos os movimentos do corpo, eliminar todas as sensações do mundo físico, para assim atingir a união com Brahma num estado de nada.

Quem, ou o que é Brahma?

Brahma é conhecida como a força de Deus. Brahma é tudo e tudo é Brahma. Brahma não é um Deus, como nós pensamos, porque é ao mesmo tempo tudo e ao mesmo tempo nada.

Yoga foi introduzido por Krishna, no Bhagavad Gita, como sendo o caminho certo para o céu hindu, e Shiva (uma das mais temidas divindades hindus, conhecido como «O Destruidor») é chamado de Yogeshwara, Senhor do Yoga. Um dos mais respeitados textos de Hatha Yoga, o Hathayoga-Pradipika, escrito no século XV por Svatmarama, cita o Senhor Shiva como o primeiro mestre de Hatha Yoga. Os instrutores de Yoga comuns nunca mencionam (e podem até nem saber) que existem advertências nos textos antigos de que o Hatha Yoga é um instrumento perigoso porque a pessoa pode ser possuída por uma divindade hindu (demónio) através do estado de consciência alterado induzido por essa prática.

A grande maioria dos ocidentais acredita que o Hatha Yoga (muitas vezes chamada Yoga do corpo ou mero exercício físico) não tem nada que ver com Hinduísmo ou com espiritualidade, e perguntam: «Será que este tipo de Yoga não é apenas físico?»

A resposta é um rotundo: «NÃO!»

Se assim fosse, teríamos que perguntar porque é que o centro de instrução de Hatha Yoga, em Chicago, está localizado no Templo de Kriya Yoga, que, há décadas, «ocupa a liderança na ministração de treinamento detalhado e de qualidade, para os que desejam ensinar Yoga» e onde os instrutores são treinados sob a direcção de «Sri Goswami Kryanandaji, que carrega a Chama da Linhagem de Sri Babaji, trazido para os EUA por Paramahansa Yogananda».

Portanto, digam o que disserem, o Yoga é uma prática religiosa, que se disfarçou de actividade física para ganhar o Ocidente, que está a ser imposto aos nossos filhos, na escola.

O que é que o Yoga tem a ver com a Ideologia de Género?

De acordo Sathya Sai Baba:

«Rajneeesh, uma pessoa que ao mesmo tempo fascina e horroriza os meios de comunicação, é mais conhecido pelos seus estranhos ensinamentos sobre o sexo. Ele criou uma imagem do «novo homem» que repudia todas as normas e tradições pré-estabelecidas. Ele ensina que o homem é um deus hedonista, totalmente dono de si mesmo — e não dá ouvidos ao que Rajneesh denomina «voz interior» [consciência]* — sendo livre para recriar o cosmos à sua própria imagem. É soberano na sua busca pelos prazeres e não deve nada a ninguém. A família é anátema; os filhos, um lixo a mais. Enquanto o sannyasin tiver dinheiro, tudo vai às mil maravilhas, mas depois que gasta todo o dinheiro torna-se uma vítima inútil. Seguem-se homicídios, violações, desaparecimentos misteriosos, ameaças, incêndios e explosões. Menores abandonados, filhos de gente da comunidade, ficam a pedir esmola pelas ruas de Poona, as drogas circulam livremente. Tudo isso é praticado por novos seres híbridos, que acham que descobriram um novo sentido para a palavra «amor». Um grupo cristão que dirige um hospital psiquiátrico em Poona confirma essas informações e acrescenta que o número de indivíduos que enlouquecem é tão elevado que a comunidade está a manipular as autoridades para impedir a divulgação desses relatos.» [1]

Será que o leitor percebeu, nas palavras que leu, que é o prazer sexual que domina e determina tudo? Que não é a pessoa, mas sim a forma como faz sexo, ou não faz, que a define e preenche? Que vale tudo em nome do desejo sexual?

Isso é IDEOLOGIA DE GÉNERO.

Rajneesh, tal como os ideólogos de Género, manifestou, abertamente, a sua hostilidade para com as religiões estabelecidas e disse: «Isto é uma revolução. Estou a queimar os textos sagrados e a desarraigar as tradições».

Amado leitor, eu sei que está a pensar: «Mas isto é o que Rajneesh diz. Não o que os mestres do Yoga dizem.»

Será?

«No dia 21 de Junho de 2015, à semelhança do que acontece todos os anos, foi comemorado o «dia mundial da eliminação da consciência», ou: «dia mundial do yoga». Não, não digo isto porque o inventei. No dia 21-06-2015, o Jornalista da SIC disse, no telejornal das 13:00h, citando as palavras do mais antigo mestre de yoga vivo:

«O Yoga tem como objectivo eliminar a consciência pessoal!»

A pergunta é: «O que é o ser humano sem a sua consciência?»

Porque é que os promotores do ensino da «Identidade» de género, nas escolas, também querem impor, nas escolas, a meditação? Sim, «mindfulness» é o novo nome da velha prática da meditação do Yoga.

A Meditação Transcendental é o Yoga ou práctica espiritual, introduzida no Ocidente pelo seu criador, o iogue Maharishi Mahesh, que a apresentou como uma filosofia ou exercício religioso. Mas, ao encontrar um certo cepticismo por parte dos ocidentais, menos místicos do que os orientais, Maharishi reformulou o seu programa e, na década de 70, passou a apresentá-la e a divulgá-la como um exercício psicológico com bases científicas, cujos objectivos eram aliviar o stress e produzir paz interior — portanto com efeitos positivos para a sociedade — e capacitar o seu praticante a participar da projecção astral (experiência em que a alma sai do corpo) e da levitação. Até hoje, a meditação transcendental é divulgada com essa fachada de prática não religiosa e a maioria dos ocidentais desconhece a sua verdadeira natureza e as suas teses religiosas.

Concluindo:

Hinduísmo e Cristianismo não tem nada em comum.

Todas as formas de Hinduísmo negam a Trindade Bíblica, a divindade de Cristo e as doutrinas da expiação, do pecado e da salvação pela graça através do sacrifício de Cristo. Trocam a ressurreição pela reencarnação, e a graça e a fé por obras humanas.

É impossível obter-se paz com Deus por meio das práticas hindus, apresentem-se elas como se apresentarem.

C S Lewis observou com muito acerto que:

«No fim de todas as buscas religiosas, o homem tem de escolher entre o Hinduísmo e o Cristianismo. O primeiro contém todas as outras religiões; o segundo exclui-as a todas.»

Não é olhando para dentro de si mesmo que o homem obtém paz com Deus ou a satisfação plena, mas sim olhando para Cristo, Aquele sobre quem Moisés e os profetas escreveram: Jesus de Nazaré, o Filho e o Cristo de Deus — Aquele que tira o pecado do mundo e dá a todos aqueles que se arrependerem, e crerem, a vida eterna.

Diga NÃO à doutrinação dos seus filhos.

Diga NÃO à imposição de outras religiões, ou práticas religiosas, aos seus filhos.

Os filhos são nossos, não são do Estado.


Maria Helena Costa

Fonte: Inconveniente

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