domingo, 31 de março de 2024
Christus Resurrexit! Vere Resurrexit! Alleluia, Alleluia!
sábado, 30 de março de 2024
Sábado Santo, dia de repouso junto ao sepulcro
sexta-feira, 29 de março de 2024
Sexta-Feira Santa: Morte de Jesus
Sumário - Contempla como, depois de três horas de agonia, pela veemência das dores, as forças faltam a Jesus; entrega o Corpo ao próprio peso, deixa cair a cabeça sobre o peito, abre a boca e expira... Alma cristã, diz-me: não merece porventura todo o nosso amor um Deus que, para nos salvar da morte eterna, quis morrer no meio dos mais atrozes tormentos? Todavia, como são poucos os que O amam e muitos os que, em vez de O amarem, Lhe pagam com injúrias e ultrajes.
I. Considera que o Nosso amável Redentor é chegado ao fim da Sua vida. Amortecem-se-Lhe os olhos, o Seu belo rosto empalidece, o Coração palpita debilmente, e todo o Sagrado Corpo é lentamente invadido pela morte. Vinde, Anjos do Céu, vinde assistir à morte do Vosso Deus. E Vós, ó Mãe dolorosa, Maria, chegai-Vos mais próxima à Cruz, levantai os olhos para Vosso Filho, e contemplai-O atentamente, porque está prestes a expirar.“Pater, in manus tuas commendo spiritum meum - Pai, em vossas mãos encomendo o meu espírito”. É esta a última palavra que Jesus profere com confiança filial e perfeita resignação com a Vontade divina. Foi como se dissesse: “Meu Pai, não tenho vontade própria; não quero nem viver nem morrer. Se é Vossa Vontade que Eu continue a padecer sobre a Cruz, eis-Me aqui, estou pronto para obedecer sobre esta Cruz; em Vossas mãos entrego o Meu Espírito; fazei de Mim segundo a Vossa vontade”. - Tomara que nós disséssemos o mesmo quando temos alguma Cruz, deixando-nos guiar pelo Senhor, conforme o Seu agrado. Tomara que o repetíssemos especialmente no momento da morte! Mas para bem o fazermos, então, devemos praticá-lo muitas vezes em nossa vida.
Entretanto, Jesus chama a Morte que, por deferência, não ousava aproximar-se do Autor da vida, e Lhe dá licença para Lhe tirar a vida. E eis que, finalmente, enquanto treme a Terra, se abrem os túmulos e se rasga o véu do Templo, eis que, pela veemência da dor natural, falha a respiração, Jesus abandona o Corpo ao próprio peso, deixa cair a cabeça sobre o peito, abre a boca e expira: “Et inclinato capite, tradidit spiritum” - Parti, ó bela Alma do Meu Salvador, parti e ide nos abrir o Paraíso, fechado até agora, ide apresentar-Vos à Majestade divina, e alcançai-nos o perdão e a salvação.
As pessoas presentes, voltadas para Jesus Cristo, por causa da força com que proferiu as Suas últimas palavras, contemplamo-No com atenção silenciosa, vêem-No expirar e, notando que não se move mais, dizem: “Morreu, morreu”. Maria ouve que todos o dizem, e Ela também exclama: “Ah, Filho meu, já morrestes; estais morto”.
II. Morreu! Ó Deus! Quem é que morreu? O Autor da vida, o Unigénito de Deus, o Senhor do mundo. Ó morte, que fizeste pasmar o Céu e a natureza! Um Deus morrer pelas Suas criaturas! - Vem, minh’alma, levanta os olhos e contempla esse Homem crucificado. Contempla o Cordeiro divino já imolado sobre o altar da dor; lembra-te de que Ele é o Filho dileto do Pai Eterno, e que morreu pelo amor que te tem dedicado. Vê esses braços abertos para te acolher; a cabeça inclinada para te dar o ósculo de paz; o lado aberto para te receber. Que dizes? Não merece ser amado um Deus tão bom e tão amoroso? Ouve o que do alto de Sua Cruz te diz o Senhor: “Meu filho, vê se há alguém no mundo que te tenha amado mais do que Eu, teu Deus!”
Ah, meu Jesus, já que para minha salvação não poupaste a Vossa própria Pessoa, lançai sobre mim esse olhar afetuoso com que me olhastes um dia, quando estáveis em agonia sobre a Cruz; olhai-me, iluminai-me, e perdoai-me. Perdoai-me em particular a ingratidão que tive para com’Vosco no passado, pensando tão pouco na Vossa Paixão e no amor que Nela me haveis mostrado. Dou-Vos graças pela luz que me concedeis, de compreender através de Vossas Chagas e de Vossos membros dilacerados, como, por entre umas grades, o afecto tão grande e tão terno que ainda guardais para comigo.
Ai de mim, se depois de receber estas luzes deixasse de Vos amar, ou amasse outra coisa que não a Vós!
Morra eu, assim Vos direi com São Francisco de Assis, morra eu por amor de Vosso Amor, ó meu Jesus, que Vos dignastes morrer por amor de meu amor. Ó Coração aberto de meu Redentor, ó morada feliz das almas amantes de meu Redentor, não vos dedigneis receber agora a minha mísera alma.
quinta-feira, 28 de março de 2024
A Quinta-Feira Santa em que o Rei São Fernando lavou os pés aos pobres
quarta-feira, 27 de março de 2024
Quarta-Feira Santa: Judas Iscariotes trai Nosso Senhor
Vais-lhe oferecer a Cristo mundos? Oh! que ignorância! Se quando lhe davas um mundo, lhe tiraras uma alma, logo o tinhas de joelhos a teus pés. Assim aconteceu. Quando Judas estava na Ceia, já o diabo estava em Judas: Cum jam diabolus misisset in cor ut traderet eum Judas. – Vendo Cristo que o demónio lhe levava aquela alma, põe-se de joelhos aos pés de Judas, para lhos lavar, e para o converter. Senhor meu, reparai no que fazeis: não vedes que o demónio está assentado no coração de Judas?
Não vedes que em Judas está revestido o demónio, e vós mesmo o dissestes: Unus ex vobis diabolus est? – Pois, será bem que Cristo esteja ajoelhado aos pés do demónio? Cristo ajoelhado aos pés de Judas, assombro é, pasmo é; mas Cristo ajoelhado, Cristo de joelhos diante do diabo? Sim. Quando lhe oferecia o mundo, não o pôde conseguir; tanto que lhe quis levar uma alma, logo o teve a seus pés. Para que acabemos de entender os homens cegos, que vale mais a alma de cada um de nós que todo um mundo.
As coisas estimam-se e avaliam-se pelo que custam. Que lhe custou a Cristo uma alma, e que lhe custou o mundo? O mundo custou-lhe uma palavra: Ipse dixit, et facta sunt - uma alma custou-lhe a vida, e o sangue todo. Pois, se o mundo custa uma só palavra de Deus, e a alma custa todo o sangue de Deus, julgai se vale mais uma alma que todo o mundo. Assim o julga Cristo, e assim o não pode deixar de confessar o mesmo demónio. E só nós somos tão baixos estimadores das nossas almas, que lhas vendemos pelo preço que vós sabeis.
Pe. António Vieira in Sermão do Primeiro Domingo da Quaresma (1653)
terça-feira, 26 de março de 2024
Ofício de Trevas
segunda-feira, 25 de março de 2024
A importância Universal do dia 25 de Março
28º Aniversário de SAR, O Senhor D. Afonso de Bragança, Príncipe da Beira
S.A.R. o Senhor D. Afonso de Santa Maria Miguel Gabriel Rafael de Bragança nasceu no dia 25 de Março de 1996 em Lisboa. É o filho mais velho dos Duques de Bragança. Como herdeiro de seu pai tem o título de Príncipe da Beira. D. Afonso, foi baptizado na Sé Catedral de Braga no dia 1 de Junho de 1996, numa cerimónia celebrada pelo Arcebispo de Braga, D. Eurico Dias Nogueira. Teve como padrinhos, D. Afonso de Herédia, irmão da Duquesa de Bragança e a Princesa Elena Sofia de Bourbon Duas-Sicilias. No dia seguinte, foi Consagrado à Senhora da Oliveira, na Igreja de Santa Maria da Oliveira, em Guimarães, cerimónia celebrada por Monsenhor José Pinto de Carvalho.
No ensino pré-universitário, o Princípe da Beira estudou na Escola St. Julian’s, no Colégio Planalto, em Lisboa, e na The Oratory School, uma escola pública católica em Inglaterra. Obteve uma licenciatura em Ciências Políticas e Relações Internacionais na Universidade Católica Portuguesa, e está a terminar o seu mestrado em Economia do Mar, na Universidade Nova de Lisboa.
No seu percurso, o Princípe da Beira ingressou nos Bombeiros Voluntários de Lisboa, tendo participado em algumas importantes acções no terreno (o Infante D. Afonso, Duque do Porto, foi Comandante Honorário da mesma brigada). Posteriormente, realizou um período de treino nas Forças Armadas Portuguesas, tendo passado por todos os ramos (Exército, Força Aérea e Marinha).
Em termos profissionais, D. Afonso realizou estágios na Câmara de Comércio Luso- Americana, na EDP e na Accenture. Actualmente, está a viver em Genebra e trabalha numa importante casa de gestão de activos, a Pury Pictet Turrenttini.
No dia 21 de Junho de 2014, O Princípe da Beira foi investido como Cavaleiro Grã-Cruz de Honra e Devoção na Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta. Posteriormente, em Julho de 2014, o Duque de Castro concedeu ao Princípe a Grã-Cruz de Justiça da Sacra e Militar Ordem Constantiniana de São Jorge.
No dia 9 de Novembro de 2014, S.A.R. o Senhor D. Afonso e S.A. a Senhora D. Maria Francisca foram admitidos como irmãos de Honra na Real Irmandade da Santa Cruz e Passos da Graça.
O Princípe da Beira é ainda Cavaleiro Grã-Cruz da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e da Real Ordem do Arcanjo São Miguel, as duas ordens dinásticas da Casa Real Portuguesa.
Em consequência do prestígio que a Família Real tem em Timor, o Princípe D. Afonso foi nomeado Liurai honorário em Setembro de 2014. A cerimónia decorreu durante uma visita dos Duques de Bragança para participarem na segunda sessão do Senado da Associação Liurais (que representa os descendentes dos reis tribais da ilha).
O Príncípe da Beira é também o patrono do Prémio Príncipe da Beira. Este prémio científico para Ciências Biomédicas foi criado para ajudar, motivar e desenvolver jovens cientistas, com menos de 40 anos e a estudar biomedicina, com o vencedor a obter reconhecimento nacional e internacional e um prémio monetário.
VIVA PORTUGAL!
domingo, 24 de março de 2024
Domingo de Ramos
sábado, 23 de março de 2024
O diabo nas Câmaras
sexta-feira, 22 de março de 2024
Via-Sacra ao Vivo 2024 em Ourém
A Via-Sacra ao Vivo é dramatizada por cerca de 100 actores e figurantes locais que recriam as últimas passagens de Jesus Cristo, desde a sua entrada triunfal em Jerusalém até à sua crucificação, percorrendo as 14 estações da Via-Sacra. A procissão é enriquecida com orações e cânticos religiosos e enquadrada no cenário monumental deste centro histórico classificado como Monumento de Interesse Público.
Sendo a Via-Sacra um evento que atrai todos os anos um elevado número de pessoas, a Câmara Municipal de Ourém oferece um serviço de transferes gratuitos que transportam os interessados a partir do Centro Municipal de Exposições de Ourém e da localidade de Santo Amaro até ao Centro Histórico de Ourém, permitindo que todos possam assistir à tão reconhecida representação.
Este evento é uma organização do Município de Ourém, Paróquia de Nª Sr.ª das Misericórdias e Junta de Freguesia de Nª Sr.ª das Misericórdias e conta com as participações da Sociedade Filarmónica Ouriense, Pousada Conde de Ourém, Bombeiros Voluntários de Ourém, Forças de Segurança Pública, Agrupamento de Escuteiros das Misericórdias, entre outros parceiros.
A Via-Sacra ao Vivo está integrada na Semana Santa, iniciativa que decorre de 22 a 31 de Março, com um vasto programa cultural aliado às cerimónias religiosas promovidas pela Paróquia de Nª Sr.ª das Misericórdias.
O programa completo da Semana Santa está disponível aqui.
Fonte: Município de Ourém
quinta-feira, 21 de março de 2024
Concerto na Igreja da Rainha Santa Isabel pela Orquestra Clássica do Centro no dia 24 de Março pelas 17h
Haydn / As sete últimas palavras de Cristo na cruz
quarta-feira, 20 de março de 2024
Inauguração do Instituto Infante D. Afonso (Instituto de Odivelas)
O rei presidiu à cerimónia onde estiveram presentes as Rainhas, D. Amélia e D. Maria Pia, o Infante D. Afonso e altas individualidades civis e militares, bem como os ministros da Guerra e da Marinha.
O acto oficial, com a assinatura do termo de inauguração, seguido de festa e de jantar, teve lugar num palácio que o Ministério do Reino alugou aos Condes de Moçâmedes, na Estrada da Luz, em Lisboa. Também ali, na chamada Casa da Luz, funcionou provisoriamente a escola, com 17 alunas, enquanto decorriam as obras de adaptação no edifício do antigo Mosteiro de Odivelas.
Fonte: A Monarquia Portuguesa
terça-feira, 19 de março de 2024
Dia de São José - Dia do Pai - Virtudes e dons de São José por Réginald Garrigou-Lagrange, O.P.
30. Segundo panegírico de São José, exórdio.
31. Lc 9, 48.
32. Primeiro panegírico de São José, exórdio.
33. Segundo panegírico de São José, ponto terceiro.
34. Tratado do Amor de Deus, 1. VII, c. XIII.
35. Mt 27, 52 ss.
36. IV Sent. 1. IV, dist 42, q. 1, a. 3
37. Cf. IIIª, q. 53, a. 3, ad 2.
Fonte: Senza Pagare
segunda-feira, 18 de março de 2024
Cientistas contra a narrativa climática
Há muitos académicos que defendem que estamos imersos numa crise climática acelerada pela acção do Homem, especialmente devido às emissões de gases de efeito estufa. Esta “teoria” foi abraçada pelos governos de praticamente todos os países que, ao financiar estudos e projectos que a corroboram, acabaram por introduzir um enorme viés na “ciência do clima”.
Fundamentados nessa “ciência”, os governos de muitos países celebraram protocolos e tratados com o objectivo de reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa.
Se muitos académicos, atraídos pelos fundos colocados à sua disposição para corroborar a “ciência estabelecida do clima”, produziram papers, procuraram evidências, desenvolveram modelos, monitoraram satélites, balões e bóias para justificar as verbas que recebem, muitos outros questionam a dita “teoria” que assenta em pressupostos infundados e tira conclusões erróneas.
De facto, há cientistas que consideram desnecessário reduzir os gases de efeito estufa e que os factores determinantes do clima são outros, principalmente de índole astronómica, não tendo o Homem um papel predominante.
Deste modo, já cerca de 1900 cientistas de todo o mundo se uniram sob o tema “Não há emergência climática” para preparar uma “mensagem urgente” (manifesto) em que afirmam que a ciência climática devia ser menos política e que as políticas climáticas deviam ser mais científicas.
Os signatários referem que o arquivo geológico revela que o clima na Terra tem tido períodos frios e quentes, sendo o período de 1300 a 1850 conhecido como a Pequena Idade do Gelo. Não surpreende pois que agora se tenha entrado num período mais quente.
Como as emissões de dióxido de carbono (CO2) são as principais visadas na narrativa climática, os signatários lembram que o CO2 é “a base de toda a vida na Terra” e que, ao invés de ser considerado um poluente, devia ser celebrado como nutriente das plantas:
“Mais CO2 é benéfico para a natureza e torna a Terra mais verde: mais CO2 no ar promoveu o crescimento da biomassa vegetal global e também é bom para a agricultura, aumentando o rendimento das culturas em todo o mundo”.
Sublinham ainda que os desastres naturais não estão a ser mais frequentes e intensos devido ao aquecimento global (não há provas estatísticas) e que as medidas de redução do CO2 são prejudiciais e saem caras.
O manifesto termina dizendo que não há emergência climática e, portanto, não há razão para pânico ou alarme:
“Opomo-nos firmemente à política prejudicial e irrealista das emissões líquidas zero de CO2 proposta para 2050. Se surgirem abordagens melhores, e elas certamente surgirão, temos tempo suficiente para refletir e reajustar. O objectivo político global deve ser a prosperidade para todos, fornecendo energia fiável e acessível em todos os momentos. Numa sociedade próspera, homens e mulheres são bem educados, as taxas de natalidade são baixas e as pessoas preocupam-se com o seu ambiente.”
Henrique Sousa
Fonte: Inconveniente
domingo, 17 de março de 2024
Março é o mês dedicado a São José
sábado, 16 de março de 2024
sexta-feira, 15 de março de 2024
Crítica XXI - NÚMERO 6 - INVERNO 2024
Este número 6 de Crítica XXI abre com um artigo de Jaime Nogueira Pinto, “A Direita e as Direitas – A Direita Revolucionária” que, continuando a série sobre a conceptualização das direitas, trata das origens francesas da direita revolucionária, com o populismo no fim do século XIX; e depois se detém nas fundações do primeiro fascismo mussoliniano.
Em “Do intelectual militante ao militante intelectual”, Alexandre Franco de Sá analisa estas “figuras”, detendo-se nas obras e na experiência de autores activistas como Gramsci, Lukács, Sartre; passa depois ao papel dos académicos contemporâneos na esfera universitária anglo-saxónica e ao seu reflexo contraditório entre uma bela imagem (rebelde) de si mesmos e a imposição dos dogmas do pensamento correcto a que se dedicam.
Léo Strauss, um dos muitos judeus alemães emigrado para os Estados Unidos, é um pensador determinante do conservadorismo contemporâneo. Em “50 anos da morte de Léo Strauss”, Tomás Cruz evoca o pensador crítico de Maquiavel e Hobbes, lembrando a sua análise singular da modernidade maquiavélica, como ruptura com o pensamento dos clássicos.
Carlos Maria Bobone, editor da Crítica XXI, faz em “Linhas Vermelhas” uma história breve deste conceito; é, na conjuntura pré-eleitoral, um texto muito oportuno em termos de avaliação de alianças e estratégias.
João Pedro Marques, que tem estado presente na resposta às fábulas e caricaturas progressivas da História portuguesa, vem, em “Portugal e a questão do trabalho forçado nas regiões tropicais”, fazer a rectificação às acusações de prática de trabalho forçado no Império africano português.
André Abranches em “Da interpretação dos grandes livros” aconselha os leitores dos Clássicos a lê-los directamente, no próprio texto, sem mediadores. Mas, a propósito de interpretações, relata uma polémica Leo-Strauss- Alexandre Kojève, dois autores contemporâneos que nos ajudam na leitura crítica dos Antigos.
Prosseguindo com os seus textos sobre o Liberalismo em Portugal, Rui Ramos, no seu artigo “A Guerra Civil como Guerra Religiosa”, explica a importância do factor religioso na divisão entre liberais e miguelistas que levou à mais dura das guerras civis em Portugal. Na visão diferente e oposta de religião esteve a mais profunda, por irreconciliável, causa da guerra.
Duarte Branquinho ouviu em entrevista Jean-Yves Gallou, um representante da “Nova Direita” identitária francesa, que se tem dedicado no espaço público à acção político-cultural, uma acção que tem dado frutos políticos constantes e crescentes.
Passando às Notas Críticas, Luís Alvim faz a recensão do polémico livro de Nuno Palma, As causas do atraso português. O autor foi objecto de grandes ataques da Esquerda, especialmente por fazer justiça ao Estado Novo, em matéria de alfabetização e de desenvolvimento económico, Mas a razão das razões do atraso, teria a ver com o absolutismo pombalino, suspendendo a representação popular e criando monopólios. O ouro do Brasil e os fundos europeus acrescentaram à letargia nacional.
Outra recensão é de Jaime Nogueira Pinto ao último livro de Emmanuel Todd, o autor francês que, em 1976, previu o “fim da União Soviética”, 25 anos depois. O pior é que, desta vez, com factos e argumentos fortes de suporte, Todd fala da “Derrota do Ocidente”.
Vasco Cordovil Cardoso leu The Case Against the Sexual Revolution – A new guide to sex in the 21st century, como o testemunho de alguém que conheceu e viveu de boa-fé a referida revolução. E que fez a respectiva autocrítica.
Miguel Morgado é um académico da área do pensamento político, da Filosofia e da Ciência Política. Desta vez entrou numa área fronteiriça – a Geopolítica. Lívia Franco faz a recensão crítica dessa incursão, em Uma Genealogia da Geopolítica Europeia