segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

PPM vai lançar referendo à constituição em 2011

O Partido Popular Monárquico (PPM) vai lançar, este ano, uma petição para um referendo sobre a alteração do artigo da Constituição Portuguesa que só permite a forma republicana de governo.
O vice-presidente do PPM, Manuel Beninger defendeu a necessidade de alterar «o malfadado artigo 288 alínea b» para, «numa segunda fase, poder-se perguntar aos portugueses se preferem a república ou a monarquia».

O PPM acredita mesmo no sucesso de uma iniciativa parlamentar para alterar o artigo, dado que na última legislatura «uma iniciativa nesse sentido dos deputados dos PPM obteve a maioria dos votos», mas ficou aquém dos dois terços necessários para o processo de alteração.

Em defesa da causa, argumentou que «os países mais democráticos na Europa são monarquias» e os «com maior índice de desenvolvimento no Mundo também são monarquias», citando os casos da Suécia, Noruega, Holanda, Austrália, Canadá, e Japão.

Como exemplo «da verdadeira democracia que são as monarquias», o dirigente referiu que «em Espanha é possível referendar a monarquia, algo que não acontece em Portugal, ou em França».

Sobre «os malefícios da república», declarou que neste momento é possível eleger para presidente «um Tiririca».

A duas semanas das eleições presidenciais, o PPM afirma que «a república bateu no fundo. Está a dar os últimos suspiros» e que os que hoje concorrem à chefia do estado, «representam partidos e não a unidade nacional, que só pode ser personalizada na figura do Rei».

«O que temos é como se, num jogo de futebol, o árbitro fosse de uma das equipas. Não pode, o árbitro tem de ser isento, não pode representar um partido», explicitou.
Quanto à actual «campanha suja», corporizada no caso BPN, Beninger refere «que assistimos ao enxovalhar de alguém que é suposto representar a nação, o que não dá qualquer credibilidade à república».

Ainda em relação à campanha presidencial, Luís Coimbra, fundador do PPM retirado desde 1992, não consegue ver «onde é que termina a falta de ética republicana e onde é que começa a imoralidade republicana».

«Dado o panorama», Luís Coimbra não faz intenções de votar, mas olha «preocupado para o futuro».

«Estou interessado em saber é se, depois das presidenciais, vamos, ou não, ter eleições antecipadas para enterrar esta terceira república, seja através de referendo, seja através de uma alteração politica radical a todo este sistema», concluiu.

Cerca de 150 pessoas marcaram presença no jantar de Reis dos monárquicos, em Braga.

O convívio contou também com a presença de dirigentes locais do PSD e do CDS, parceiros na coligação Juntos por Braga.

Fonte: SOL

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