Nesta sala podemos apreciar as camarinhas utilizadas pelo rei D. Carlos e pela rainha D. Amélia, preservadas após o desmantelamento do iate «Amélia» em 1938, assim como porcelanas, cristais e faqueiros que fizeram parte da palamenta daquele iate real.
No mais genuíno estilo inglês, as camarinhas proporcionavam um ambiente acolhedor e privado, mesmo num navio que não ultrapassava os 70 metros de comprimento. Os objectos pessoais, os quadros e a escrivaninha permitem um olhar quase intrusivo sobre a vida íntima da família real portuguesa.
O "Amélia" tornou-se, por circunstâncias históricas, um dos navios portugueses mais emblemáticos. Adquirido por D. Carlos para responder às necessidades das campanhas científicas, também foi protagonista de viagens de Estado da família real.
Fonte: Museu da Marinha
Fotos: José Álvaro Simões
2 comentários:
O Iate "Amélia" são na realidade quatro navios baptizados com o mesmo nome, o último dos quais transportou a família real para Gibraltar e foi posteriormente rebaptizado como "5 de Outubro". A este propósito, para além do artigo no boletim "Hidromar" já aqui reproduzido, também a revista da Armada publicou nos seus últimos quatro números, na sua contra-capa, os artigos referentes a esses quatro navios - Iate "Amélia" -, os quais fazem parte de uma série agora iniciada dedicada aos navios hidrográficos da Marinha Portuguesa. Podem ser lidos em http://www.marinha.pt/PT/noticiaseagenda/revistadaarmada/Pages/RevistadaArmada.aspx
A atribuição do nome da Rainha D. Amélia em honra da sua madrinha constitui uma tradição que era também usual noutros países, como sucedeu com o navio Princesa Alice, do Príncipe Albert, do Mónaco, que partilhou com o Rei D. Carlos o interesse pela Oceanografia e realizou inclusive estudos nos Açores.
Esta camarinha foi retirada do Iate "Amélia", o quarto com essa designação, após a implantação do regime republicano, tendo o navio sido rebaptizado em "5 de Outubro". O mesmo sucedeu com as galeotas reais que foram providencialmente guardadas durante várias décadas num armazém situado no local da Azinheira, no Seixal, até terem sido transferidas para o Museu de Marinha onde actualmente se encontram.
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