Na sua intervenção, o Deputado Municipal António Arruda afirmou:
Exm.ª Srª. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal
Exmos Srs. Vereadores
Caros Colegas
Antes de iniciar a minha intervenção ao PAOD de hoje, gostaria de, em meu nome pessoal e no do Partido da Terra que represento nesta Assembleia Municipal, congratular o povo irmão de Timor-Leste no ano em que comemora, precisamente, o 10º aniversário da sua libertação face ao jugo indonésio e o seu início na senda das nações livres e soberanas.
Aproveito, ainda, para congratular o Parlamento de Timor-Leste pela honra concedida ao Senhor D. Duarte Pio ao atribuir-lhe a nacionalidade timorense “por altos e relevantes serviços prestados a Timor-Leste e ao seu povo”, conforme nota oficial daquela Assembleia Soberana.
Importa, desde já, referir que o Senhor D. Duarte Pio foi um dos primeiros portugueses a preocupar-se com o destino do povo martirizado de Timor-Leste num momento em que, por cá, poucos eram aqueles que, sequer, se davam ao trabalho de pensar no assunto.
É por isso mesmo que não posso deixar de fazer uma breve referência ao trabalho desenvolvido pelo Senhor D. Duarte Pio à frente da Campanha nacional “Timor 87” de apoio à independência de Timor-Leste e aos timorenses residentes em Portugal e noutros países, através da qual conseguiu mobilizar personalidades, tanto nacionais como estrangeiras, bem como a opinião pública em torno da causa timorense, mantendo sempre um persistente e incansável trabalho em prol de Timor-Leste e do seu povo até à obtenção do objectivo final – a independência de Timor-Leste e a libertação do povo timorense do jugo opressor do Estado Indonésio.
Por último, cumpre-me referir que o Senhor D. Duarte Pio continuou a trabalhar em prol do povo de Timor-Leste, muito para além da independência daquele país irmão.
Vejam-se, aliás, os inúmeros projectos em que o Senhor D. Duarte Pio se empenhou para melhorar a condição de vida dos timorenses seja através do envio de centenas de milhares de euros da Fundação Dom Manuel II, a que preside, seja através da sua actividade junto dos mass-média.
Por todos estes motivos, e mais alguns, entendo que a distinção com que o Parlamento de Timor-Leste decidiu distinguir o Senhor D. Duarte Pio é, não só justa como duplamente merecida, atento ao facto de através do seu esforço o Duque de Bragança ter conseguido resgatar a honra lusa e, consequentemente, dignificar o nome de Portugal.
Pena é que, por cá, não tenhamos a mesma consideração por tão ilustre filho de Portugal e que o Estado português teimosamente e ilegitimamente se recuse a restituir todos os bens do domínio privado ao legítimo representante e Chefe da Casa Real de Bragança, bens esses que não pertencem ao Estado e que este ardilosamente esbulhou.
Fonte: Blogue Oficial do MPT
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