segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Dom Luis Filipe de Bragança, Príncipe Real de Portugal





Príncipe real, filho de D. Carlos I e da rainha senhora D. Amélia.

Nasceu em Lisboa, em 21 de março de 1887, faleceu vitima do atentado de 1 de fevereiro de 1908, assim como seu pai. O seu nome completo era D. Luís Filipe Mário Carlos Aurélio Fernando Vítor Manuel Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Benito. 

Fez o seu juramento como príncipe herdeiro do trono, em junho de 1901, contando catorze anos de idade, realizando-se a cerimónia na Câmara dos Pares, na presença de seus pais, da corte e do parlamento convocado em grande gala. Acompanhou juntamente com seu irmão, o infante D. Manuel, actualmente rei de Portugal, sua mãe, a rainha senhora D. Amélia, na viagem feita ao Mediterrâneo, em 1903. Tomou posse do seu lugar no Conselho de Estado em 13 de abril de 1906, como lhe competia nos termos do artigo 112.º da Carta Constitucional, que dá esse direito ao herdeiro da coroa desde os dezoito anos de idade. Em 1906 teve a regência do reino de 11 a 16 de março, por causa da viagem de Suas Majestades a Madrid. Em 1907 fez uma viagem a África visitando diversas das nossas colónias, acompanhado pelo ministro da Marinha, então o sr. conselheiro Aires de Ornelas de Vasconcelos. 

O príncipe D. Luís Filipe era duque de Bragança e de Saxónia capitão honorário de lanceiros n.º 2. A sua morte trágica causou a mais horrorosa impressão, pois não passou do assassínio de um adolescente, que não a merecia. Um seu biógrafo, traçando-lhe o elogio, jura que na alma daquele mancebo se continham os predicados morais de um futuro grande rei. E acrescenta: 
«Ninguém mais lhano e afectuoso do que Ele; ninguém mais cheio de boas intenções. Tinha toda a elegância da bondade (permita-se esta frase), todos os resguardos de um bem intencionado, todas as tolerâncias de um cristão. Á mesa do estudo, dócil e atento, escutando as prelecções de um estudioso, que (à falta de outros méritos) possuía a experiência, e lhe falava sempre franco, à maneira de um avô com um neto era para ver a sagacidade com que pedia explicações, e acompanhava de comentários sensatos as palavras do seu mestre. Com os seus servidores era polidíssimo, e agradecia sempre, com o seu sorriso de Príncipe benévolo, o mínimo serviço que lhe prestavam, um livro que mandara buscar, uma carta que lhe traziam, a mínima coisa. Já cultíssimo, apesar dos seus poucos anos, senhor da História pátria, da Geografia, do Desenho, da Matemática, etc., falava como um nacional o francês, o inglês, o alemão, além de perítissimo no jogo das armas, na equitação, em todas as prendas de um homem da sua esfera. No que dizia, e no que sabia calar por polidez, era um verdadeiro homem do mundo, ele que do mundo apenas conhecia os primeiros passos. Na sua figura nobre e atraente revelasse o Grande e o Bom.»

Fonte: arqnet 

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