Filha do Senhor Dom Miguel, casou no dia 22 de Junho de 1893 com Guilherme IV, Grão-duque do Luxemburgo.
Nos 125 anos da celebração do casamento, o Museu Nacional de História e Arte e a Casa Grã-Ducal, com o apoio da Embaixada de Portugal, organizam uma exposição focada na história de amor e nas consequências políticas que a união teve para o país, nomeadamente o acesso das mulheres ao trono.
Como o casal não teve filhos do sexo masculino, o pacto da família de Nassau foi alterado de forma a permitir o acesso das mulheres ao trono, em 1907.
Com a doença de Guilherme IV, pouco tempo depois de se ter tornado Grão-duque, Maria Ana de Bragança foi nomeada regente, passando a assumir um papel político determinante na vida do país.
Após a morte do marido, em 1912, sucede-lhe a filha mais velha, Maria Adelaide, seguindo-se a segunda filha do casal, a grã-duquesa Carlota, após uma crise política em 1918-1919.
Esta coroa dominada por mulheres, foi uma novidade num mundo político controlado por homens.
Da exposição, inaugurada no passado dia 9 de Julho pelo Grão-duque herdeiro Guilherme e a Grã-duquesa herdeira Stéphanie de Lannoy, faz parte a Banda das Três Ordens, que reúne as Grã-Cruzes das Antigas Ordens Militares de Cristo, de Avis e de Sant’Iago da Espada, criada por D. Maria I em 1789, emprestada pelo Palácio Nacional da Ajuda.
Este objecto tão importante para História Portugal, representa bem a importância da ligação entre os dois países, que hoje é reforçada por mais de 80.000 luso-luxemburgueses a viver naquele país. Uma relação de amor e amizade que começou no casamento da Infanta Maria de Bragança e dura até aos dias de hoje.
A Infanta Maria Ana de Bragança nasceu em Bronnbach, no dia 13 de Julho de 1861, onde vivia no exílio o Senhor Dom Miguel, bisavô do actual Duque de Bragança.
A bisavó do atual Grão-duque Henrique morreu em 1942, em Nova Iorque, com 81 anos, estando sepultada na Catedral do Luxemburgo.
Fonte: Causa Real
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