A história da vida do Imperador Carlos da Áustria contada aos mais jovens
Conhecer de forma sucinta a vida do último Imperador da Áustria e Rei da Hungria, Carlos de Habsburgo (1887-1922). Este é o pressuposto do livro infanto-juvenil ‘O Santo Rei’, escrito pelo Padre João Vergamota (actualmente pároco da Encarnação, em Mafra), ilustrado por Mercês Gil e publicado pela PAULUS Editora.
A sua infância e adolescência vividas no Castelo de Persenbeug, na Áustria, foram pautadas por uma educação expressamente católica. Bem cedo cresceu em Carlos uma grande devoção pela Santa Eucaristia, e até aos seus últimos dias todas as decisões importantes que tomou, tanto do foro pessoal, social ou político, foram tidas com o auxílio de oração.
Alistou-se aos 16 anos no Exército, onde “todos o olhavam com muita estima, pois era muito amigo dos soldados (...) A todos falava de Jesus (...) também gostava de visitar os doentes e feridos de guerra.”
Em 1911 casou com Zita de Bourbon, uma princesa italiana, de quem veio a ter oito descendentes. Foi proclamado imperador da Áustria em 1916 e coroado rei da Hungria e da Boémia em plena Primeira Guerra Mundial. Nesses tempos conturbados ele lutou por uma paz justa e duradoura e promoveu a justiça. Logo após o fim da guerra, na sequência do desmoronamento do império austro-húngaro, a família real é obrigada a sair do seu país, exilados.
Após uma curta estada na Suíça, em 1921 a ilha da Madeira acolhe o Imperador e a sua família. Primeiramente alojados, durante quatro meses, numa dependência do Reid’s Hotel, será contudo pela generosidade de um rico banqueiro, Luís Rocha Machado, que Carlos, Zita e os filhos mudam-se para a Quinta do Monte (actualmente denominada por Quinta dos Jardins do Imperador), e a primeira coisa que Carlos manda construir é uma capela. Será nesse compartimento privilegiado da Quinta, na Igreja de Nossa Senhora do Monte (onde os seus restos mortais encontram-se sepultados), na Sé Catedral do Funchal ou na Capela da Penha de França, que este homem notável e altruísta irá engrandecer ainda mais a sua fé. “Por tudo isto começaram a chamar-lhe, com carinho, o ‘Santo Rei’”.
Estamos em Fevereiro de 1922. Carlos adoece repentinamente, de pneumonia, e acabar por falecer no primeiro dia de Abril desse ano, enquanto invocava o nome de Jesus. Como escreve Dom Duarte de Bragança no prefácio deste livro: “embora fosse Austríaco e Húngaro, nasceu para o Céu na Madeira.”
‘O Santo Rei’ é uma obra que exceptuando duas personagens — Simão e Marta —, é totalmente baseada em factos. Enquanto que as ilustrações de Mercês Gil fazem a história ser mais apelativa aos mais pequenos, as fotografias de época também contidas ao longo do livro, fazem os adultos viajar no tempo e estimulam o seu interesse em conhecer com mais exactidão a história completa de Dom Carlos I. Aos interessados, encontram-se publicados os livros ‘O Beato Carlos da Áustria’ (DRAC, 2011) e ‘Imperador Carlos da Áustria’ (Alêtheia, 2013), ambos da autoria de D. Teodoro de Faria. Realçar que o processo de canonização de Carlos da Áustria começou em 1949. Em 2004, foi beatificado pelo Papa João Paulo II.
Fonte: dnoticias
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