terça-feira, 30 de junho de 2020
SAR, O Senhor D. Duarte Pio de Bragança entrega equipamento ao Hospital de Barcelos
segunda-feira, 29 de junho de 2020
domingo, 28 de junho de 2020
Nagasáqui portuguesa
sábado, 27 de junho de 2020
O erro do materialismo histórico
sexta-feira, 26 de junho de 2020
quinta-feira, 25 de junho de 2020
660 anos do maior dos portugueses
Maior dos portugueses, Nun'Álvares nasceu a 24 de Junho de 1360. Há 660 anos. A história pátria celebra-o como herói e santo, reunindo a dupla condição da alma portuguesa, como também lembrou António Sardinha, a defesa do reino contra a ameaça de Castela e a defesa da fé. Empossa a espada e a cruz. Na sua vida acompanha momentos derradeiros para a afirmação de Portugal como nação independente. Um dos momentos mais empolgantes, exactamente, a eleição e respectiva aclamação de D.João I, Mestre de Avis como rei de Portugal, encontra em D. Nuno um protagonista, empresa árdua que a Batalha de Aljubarrota consagrará com a heróica vitória face ao inimigo quantas vezes mais poderoso.
Na sua conduta vivifica todas as virtudes da gesta portuguesa, como notavelmente Fernão Lopes recordou na sua "Crónica de D.João I": “assim no temporal como espiritual, vivo e depois da morte, sempre foi havido em grande reverência por todo o povo…” Esta imagem profunda releva a conduta da vida do Condestável. Por um lado, a forma como a vida militar não obscurecia nele as virtudes cristãs, testemunhando o povo as provas de caridade, de sacrifício e de dedicação ao bem comum que praticava e, por outro, a forma como respondia às crises com a mesma profundidade da fé: depois da guerra ordenava aos militares que tratassem dos feridos e dos mortos. Em nome da paz fazia a guerra.
Os seus dotes de guerra eram acompanhados por uma espiritualidade profunda: dedicado à Oração Mariana, jejuava sempre em honra da Virgem Maria, assistia diariamente à missa, e, às suas custas, erigiram-se inúmeras igrejas e mosteiros. Depois, distribuindo parte dos seus bens e das suas terras, e doando aos mais necessitados, exerceu a mais pura virtude cristã: a caridade, conduzindo a vida na verdade dos ensinamentos de Cristo. Percebe-se como a literatura positivista no século XIX, no seu anti-clericalismo, não procurou perceber e atacou esta imagem do Condestável, Oliveira Martins não terá sido particularmente generoso. Porque a santidade implica o exercício heróico da vontade, implica uma introspecção activa do ser e uma relação superior com as adversidades do mundo.
No final da vida, já desprendido dos bens materiais, mendigou o sustento pelas ruas e recusou títulos e benesses, ganhando entre o povo o nome de "Pai dos pobres". Encarnou o carácter luso na sua expressão superior, no lado místico e no lado terreno, na dedicação a Deus e na defesa da Pátria, na defesa do rei e na defesa da fé. O seu amor pela Virgem do Monte Carmelo levou-o a promover o culto mariano, reunindo assim a primeira Confraria de Leigos em Lisboa, a “Confraria do Bentinho”, origem da futura Ordem Terceira Secular.
Assim a vida de Nuno Álvares foi o exemplo da virtude e do sacrifício, do despego e da renúncia aos bens materiais, ao mesmo tempo herói de gesta cavaleiresca, figura onde o povo encontrou a identidade da sua comum vocação histórica.
Daniel Sousa
Fonte: Nova Portugalidade
quarta-feira, 24 de junho de 2020
terça-feira, 23 de junho de 2020
Cara ou Coroa?
Mais de cem anos volvidos sobre a implantação da república, seria de esperar que o regime tivesse tido a capacidade de sarar as feridas que a sua sanha destrutiva rasgou no coração das nossas terras. Que a paisagem urbana, agitada pelo ímpeto revolucionário, conseguisse incorporar de modo minimamente harmonioso os novos símbolos do novo Estado que se anunciava progressista e estribado na ciência.
Passado todo este tempo, as chagas perduram. Permanecem à vista de todos como testemunho da brutalidade inconsequente que se abateu sobre edifícios, pinturas e esculturas. Uma sombra de coroas destruídas e o espaço que estas ocupam mantém-se. Falam com a clareza de um sepulcro vazio.
Nenhuma tentativa de as substituir ou emendar resultou minimamente credível ou esteticamente aceitável. Algumas coroas ainda resistem, partidas: o furor destrutor foi menos consequente que a obstinação que estas demonstraram em se perpetuarem.
São pedras que falam. Sobretudo as que lá não estão. A tentativa da sua substituição por esferas armilares tornou o novo conjunto simbólico incôngruo e assumidamente remendado. A opção esférica gorou-se. Nos sítios em que o rigor da demolição foi mais tenaz, rapidamente se compreendeu que melhor seria deixar que nada encimasse as nossas armas. E o nada lá ficou.
As coroas destruídas contam-nos a história da arrogância humana e da crença fanática no progresso. Demonstram até que ponto se procurou arrasar e desfear, para refazer tudo. Mas a violência e o opróbrio demonstraram, como demonstram sempre, total incapacidade para darem origem a qualquer coisa que seja, simultaneamente, nova e nossa.
Os estilhaços das coroas que ainda resistem por todo o país são o testemunho, pétreo e silente, de um povo que viu serem-lhe impostos, uma e outra vez, regimes políticos sem que tivesse aderido a eles e que se acomodou às mudanças com resignação, mas sem coração. O Portugal das coroas partidas é o dos brutos que nos querem salvar de nós próprios. Daqueles que querem civilizar-nos à força. Dos que desdenham e rejeitam aquilo que somos e, mais ainda, o que sempre fomos.
A ruína das coroas coroa a ruína do país. Cada coroa partida ou eliminada e o espaço que delas ficou demonstra como as instituições estruturantes não se apagam com a mesma facilidade que as suas manifestações exteriores. O Portugal simbólico que nos legou a república é o da pilhagem, da perseguição e do vazio espiritual. O país da compressão das liberdades em nome da Liberdade. Um lugar profanado. Um sítio onde as pedras se vergaram ao escopro tal como as pessoas deveriam vergar-se à apregoada ordem nova. Um lugar desmemoriado. Velho sem ser antigo.
Cada coroa que subsiste recorda outro tempo, um outro país e uma outra história que, por desdita, não fomos capazes de merecer. Cada uma destas marcas de equilíbrio e completude do todo nacional e da sua dimensão transcendente recorda-nos o que poderíamos ter sido. São sobreviventes e profetas infelizes. Pedra feita palavra.
Não se criam relações partindo pedras, mas as múltiplas caras da república demonstraram não ser capazes de muito mais.
Antes uma coroa de rosto humano.
João Vacas
Fonte: Real Associação de Lisboa
segunda-feira, 22 de junho de 2020
HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA DA NAU CATRINETA
domingo, 21 de junho de 2020
Livro "D. Manuel I - Duas Irmãs para um Rei" de Isabel Stilwell
sábado, 20 de junho de 2020
Anda a mentira em pés de verdade
sexta-feira, 19 de junho de 2020
17 de Junho de 1665 - Batalha de Montes Claros
17 de Junho de 1665, Batalha de Montes Claros onde os exércitos de El-Rei D. Afonso VI derrotaram os exércitos do mais poderoso rei da Europa do seu tempo - Filipe IV de Espanha, Nápoles, Flandres, etc - afirmando em definitivo nesta quinta vitória a independência da Coroa Portuguesa face à dinastia dos Habsburgos.
A Guerra da Restauração, tão esquecida pelos portugueses, mas tão cheia de feitos de armas notáveis que impressionaram a Europa do seu tempo contribuindo para o prestígio da Restauração de Portugal e dos Bragança entre as potências da época, bem que merecia maior memória e estudo. Honra, memória e glória para eles.
LRP
Fonte: Nova Portugalidade
quinta-feira, 18 de junho de 2020
Vivemos a ordem revolucionária
quarta-feira, 17 de junho de 2020
Jamais Apagarão a Gloriosa História de Portugal
Nem vamos abordar o papel guerreiro que o Infante D. Henrique teve nos Descobrimentos portugueses, mas sim o seu papel como patrocinador da criação de uma cadeira de Astronomia na Universidade de Coimbra, ou o seu empenho no desenvolvimento da Caravela, de portulanos, de roteiros e de instrumentos náuticos que facilitassem essas mesmas descobertas por parte dos navegadores. "O Navegador" investiu toda a sua fortuna em investigação relacionada com navegação, náutica e cartografia, dando início à epopeia dos Descobrimentos. Esta descoberta geográfica do Mundo empreendida pelos portugueses que se expandirá por séculos, é reflexo do paradigma do Renascimento na medida que o humanismo não se trata apenas de um ideal de cultura, mas um ideal de pensamento de confiança no Homem. Com os Descobrimentos, Portugal participou na primeira linha da construção de um admirável Mundo Novo.
O sabant italiano Poggio Bracciolini compara os feitos do Infante Dom Henrique aos de Alexandre, o Grande, ou aos de Júlio César, exaltando-os ainda mais por serem descobertas de lugares até, então, desconhecidos da Humanidade.
O Infante D. Henrique era um dos homens mais poderosos da sua época, mas apesar disso regia-se por princípios da mais rigorosa ética. Tal como toda a Ínclita Geração recebeu uma esmerada educação, mas sem descurar a vertente religiosa. A sua moral enquadra-se dentro do moralismo puritano inglês, por influência da Mãe que antes de ser Rainha de Portugal era neta do Rei inglês e filha do Duque de Lencastre - o homem mais poderoso de Inglaterra que Rei não fosse.
Ao Infante Dom Henrique devem-se feitos como a tomada de Ceuta em conjunto com seu pai e irmãos; a armada das Canárias; a guerra que os seus navios faziam aos piratas; o povoamento das "descobertas" ilhas Atlânticas, sobretudo da Madeira. Foi ele quem mandou vir da Sicília a cana-de-açúcar e os "peritos" para monitorizarem o seu cultivo e a sua transformação, fazendo da Madeira uma relevante região produtora de açúcar.
Partiu para a sua derradeira viagem a 13 de Novembro de 1460.
Nunca O esqueceremos, nunca deixaremos apagar da memória colectiva portuguesa os Seus feitos.
terça-feira, 16 de junho de 2020
E Se a Maior Parte da Imprensa for Apenas Uma Agência de Informação e Propaganda?
Millor Fernandes
Professor e Escritor