quinta-feira, 18 de junho de 2020

Vivemos a ordem revolucionária

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Pacificamente, os povos partilharam a sua sorte política, sabendo que cada poder se limitava à consecução dos seus próprios fins, um poder livre e oposto ao carácter absoluto e único da nova doutrina da soberania.

Os poderes locais, inferiores e superiores, movimentavam-se cada qual dentro do seu âmbito até ao momento em que o superior, abusivamente, condicionasse o inferior. Assim aceitava-se prestar-lhes lealdade sem qualquer problema, sendo que tal não significava submissão ou mesmo renúncia aos seus direitos, mas tão só para dar o devido acordo a cada ordem conforme a sua natureza.

Esta correlação que existiu outrora entre as políticas nacionais e multinacionais do Império Português e a autonomia subsidiária foi destruída pela ordem revolucionária instituída pela Revolução Francesa.

Esta acabou com as sociedades intermédias e criou um vínculo directo e despótico entre o Estado e o indivíduo, instituindo o postulado da não separação entre o Estado e a Nação.

L.L.

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