“Perante a voz da minha consciência afligida pelos males da Nação, perante tantos desastres, tanta ignomínia e tanto declínio, tudo abandono, a tudo renuncio, honras, dignidades, posição, lar e família, e vou procurar debaixo das dobras da nobre bandeira branca da Restauração que tem por lema “DEUS, PÁTRIA e REI” que é como quem diz a minha crença religiosa, a minha nobre Nação – PORTUGAL – e o mandatário da Lei, o garante da minha liberdade, dessa liberdade que eu quero e ansio para todos os fins honestos da vida, a possível salvação da minha Pátria, pesaroso por não o ter feito antes e pedindo à História que quando se ocupar das minhas faltas se lembre também do meu arrependimento e da minha confissão pública.
Vou lá à Ourique da monarquia e da honra portuguesa porque quero ter um Rei, filho e neto de reis e não mil tiranos que me vexem e oprimam; vou lá onde se encontra, não o senhor absoluto, como se apregoa para enganar os incautos, mas sim o representante da Tradição Nacional e das antigas liberdades; vou lá porque se proclama um absolutismo nobre e grande, o absolutismo da Lei que guarda sem diferenças o palácio do magnata e o casebre do mendigo e mede por igual o rico e o necessitado; vou lá para me encontrar no meio do antigo Portugal, entre um exército de bravos que lutam desinteressada e abnegadamente para provar ao Mundo que ainda acreditamos; e vou lá porque um Príncipe honrado e cavalheiro que nunca faltou à sua palavra e que lealmente cumpre as suas promessas, me garante tudo isto e não é loucura dar crédito a alguém de estirpe régia, aqui onde temos sucessivamente entregado a Nação a tantos aventureiros que nos levaram à situação em que nos encontramos.”
Barão de Bretauville, retirado e adaptado de “El Bandido Realista”.
Fonte: Causa Tradicionalista
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