domingo, 28 de junho de 2020

Nagasáqui portuguesa

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O território onde viria a ser fundada Nagasáqui foi cedido a Portugal por Ōmura Sumitada, importante Daimyo convertido ao catolicismo com o nome de Dom Bartolomeu. Como possessão portuguesa, desenvolver-se-ia a grande ritmo. A Companhia de Jesus ergueria lá uma capela e um colégio, chamados "de São Paulo" como os de Macau e Goa, uma academia de pintura e uma Misericórdia. As casas eram caiadas de branco "à moda portuguesa". E a jovem Nagasáqui tornou-se conhecida pelas ilhas japonesas por lá serem numerosas as crianças - na cidade nipo-portuguesa e católica, ao contrário do que sucedia no resto do país do sol, não se praticava o infanticídio. O controlo directo da Coroa portuguesa sobre a cidade foi de pouca duração, estendendo-se por apenas sete anos. Contudo, a cidade manter-se-ia pelas décadas futuras como o principal porto para o comércio com Macau, gerido então como monopólio da Coroa portuguesa. E a cidade não mais perderia a posição como centro do cristianismo japonês, depois tão severamente perseguido.


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