3 de Outubro de 2021
Dominica XIX post Pentecosten
Soubemos que, em algumas Dioceses dos Estados Unidos da América, e em particular na Diocese de Chicago, a Autoridade Eclesiástica impõe aos seus clérigos e aos agentes pastorais a obrigação vacinal como condição para assistir às celebrações, às actividades litúrgicas e pastorais, e até mesmo pelo simples facto de serem sacerdotes com um ministério. Medidas despóticas semelhantes também são impostas na Itália e noutros Países.
Os sacerdotes que não cumprirem as disposições do Ordinário serão privados das suas faculdades sacerdotais e dos meios de subsistência. Consequentemente, muitas igrejas serão fechadas, com gravíssimo dano para a salus animarum, devido à falta de clérigos que possam substituir aqueles que não deixarão injectar o soro génico experimental. Pelo que se sabe, não são poucos os pastores de almas que oporão, como é de pleno direito de cidadãos e de católicos, uma clara recusa a disposições sacrílegas e ilegítimas, nulas e que expõem os interessados ao concreto perigo próximo de efeitos colaterais graves, incluindo o risco de morte. Sem mencionar as implicações morais decorrentes da aceitação da inoculação de um fármaco para cuja produção são utilizadas linhas celulares fetais provenientes de abortos.
A subserviência da Hierarquia bergogliana à farsa pandémica e a imposição da chamada vacinação transformou os Ministros de Deus em santarrões da pandemia, os Bispos em pracistas de soros experimentais e todo o corpo eclesial em vítima das experimentações em massa. Isto constitui uma inaudita traição da missão divina da Igreja de Cristo, do poder dos Pastores e do mandato dos sacerdotes, num processo de substituição da Religião revelada por um culto pseudocientífico que beira a idolatria. Se estes abusos já são graves se provêm da Autoridade civil – cuja corrupção e os conflitos de interesses já são universalmente conhecidos e denunciados –, ainda mais grave é a cooperação neste crime global por parte da Autoridade eclesiástica.
Diante de tais violações do Direito, é necessário denunciar, sem hesitação, a deliberada cumplicidade da Hierarquia no diabólico plano mundialista do Great Reset e resistir, com firmeza e coragem, a esta opressão ratificada pela Santa Sé.
Renovo veementemente o apelo que lancei no recente evento realizado, em Dubuque (Iowa), em favor da Coalition for Canceled Priests, convidando os leigos a apoiarem os seus sacerdotes com iniciativas coordenadas. É necessário estabelecer uma Fundação Internacional que recolha as ofertas e as doações dos fiéis, desviando-as das paróquias e das Dioceses que se mostram coniventes com o actual regime bergogliano. Quando os Bispos se virem tocados na conta bancária, provavelmente serão induzidos a moderar a sua obra de ostracismo contra os bons sacerdotes. Iniciativas como a Coalition for Canceled Priests e outros projectos semelhantes constituem uma urgente necessidade nesta hora de perseguição. Cada um de nós, de acordo com os próprios meios, poderá dar um contributo concreto – não necessariamente apenas económico – até simplesmente alocando as próprias ofertas a quem as merece e não a quem as usa para vexar os bons clérigos.
Os fiéis católicos abram as suas casas aos sacerdotes perseguidos pela tirania dos Bispos aliados ao globalismo, colocando-as à disposição para a celebração do Santo Sacrifício da Missa. Reunidas em torno desses altares domésticos, as comunidades refractárias poderão, assim, continuar a prestar o devido culto à Santíssima Trindade e a beneficiar da assistência espiritual dos seus Ministros. E que a caridade fraterna, alimentada pela partilha da única Fé e pela oração, marque o início de um renascimento da Santa Igreja, hoje obscurecida por mercenários e traidores.
† Carlo Maria Viganò, Arcebispo
antigo Núncio Apostólico nos Estados Unidos
Fonte: Dies Iræ
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