sábado, 11 de junho de 2022

O desprezo de Fátima

 



“Os secretários de Estado do Mar e do Turismo, José Maria Costa e Rita Marques, defenderam, esta quinta-feira, em Viana do Castelo, que o “produto turístico” Caminho Marítimo de Santiago deve ser ‘dentro em breve’ rentabilizado” — difundiu o JN, de 9-6-2022.

Já os caminhos de peregrinação a Fátima não beneficiaram do mesmo interesse deste governo socialista ou dos anteriores. Falta sinalização, protecção dos peregrinos face às viaturas, piso adequado, infraestruturas de apoio. Cento e cinco anos depois das Aparições, Fátima continua a ser uma pedra no sapato marxista e um prego na bota liberal politicamente correcta.

A peregrinação a Fátima parece ser uma actividade popular clandestina que o poder tolera com desagrado e pela qual nada faz, apesar do volume de peregrinos portugueses envolvidos ser incomparavelmente superior aos portugueses que visitam Compostela. E nem o dinheiro que os milhões de peregrinos despendem nas viagens, pernoitas, alimentação e comércio e serviços, recebe atenção da administração pública e das forças partidárias.

Fátima permanece um tabu para a esquerda e as elites relativistas e a devoção popular a Nossa Senhora um facto que se despreza.


António Balbino Caldeira

Fonte: Inconveniente

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