quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Há uma guerra total contra os nossos filhos

Há uma guerra total contra as crianças e não há exagero algum nas palavras. Ignorá-la, é condená-las.

O que é que se está a passar com as crianças, desde a concepção até à idade adulta?

Milhões, estão a ser abatidas no lugar onde deveriam estar mais seguras; o útero materno. Outras tantas, estão a ser sequestradas dentro de casa e moldadas para não serem nada além dos seus impulsos sexuais; estão a ser violadas, abusadas, negligenciadas e usadas, por activistas sem escrúpulos que as vêm como futuras marionetas; estão a sofrer uma lavagem cerebral profunda por parte de muitos professores e influencers e a serem intimidadas pelos seus colegas. Estão perdidas e solitárias, deprimidas e cheias de pensamentos suicidas. Cortam-se e matam-se. A inocência está a ser-lhes roubada e não há um lugar seguro para se refugiarem.

Creio que podemos dizer que nenhuma geração da História esteve sujeita a um ataque demoníaco tão concertado e concentrado.

Desafio o leitor a colocar-se no lugar de uma criança hoje, e a percorrer a sua perigosa jornada, desde o útero até à vida adulta:

Desde o momento da concepção, a sua vida está em risco. Será que conseguirá sobreviver ao aborto? Mais de 70 milhões de bebés foram mortos antes de saírem do ventre… O direito à vida foi-lhes negado.

Hoje, mais do que nunca, fala-se em “acabar com o racismo”, e, convenhamos, um racista é alguém absolutamente desprovido de entendimento acerca da natureza humana e do facto de que todas as pessoas, independentemente da cor da sua pele, descendem de um único casal – Adão e Eva – que todos os seres humanos têm o mesmo valor e dignidade. Mas, onde está o movimento multi-milionário, Black Lives Mather, quando um ataque demoníaco é perpetrado contra bebés de pele preta? Onde estão os defensores das “vidas pretas”, quando os factos revelam que os bebés de pele preta têm menos de 75% de hipóteses de sobreviverem ao útero materno?

Sim. Um bebé de pele preta, concebido na cidade de Nova York, tem menos de 50% de hipóteses de sair vivo do útero. Como resultado, «de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, o aborto mata mais pessoas de pele preta do que a SIDA, o homicídio, diabetes, acidentes, cancro, doenças cardíacas … combinados».

Consegue olhar para este genocídio com os olhos secos?

Ok! Se está a ler isto, é evidente que sobreviveu à gravidez da sua mãe e saiu do útero para respirar fora dele pela primeira vez. «Parabéns! É uma linda menina!» ou »Parabéns! É um belo rapaz!» – Disse o médico, quando constatou o seu sexo.

Mas, nasceu num lar desfeito? Conhece a sua mãe e o seu pai, biológicos? Ou, o namorado da sua mãe abusa de si física e sexualmente? Ou, talvez a sua mãe se tenha decidido por uma “produção independente” e o seu pai seja um dador de esperma anónimo. Quem é você? Nunca saberá?

Mais uma vez, porém, este não é o seu caso. Tem uma mãe e um pai presentes, que adoram fazer coisas consigo e que o levam à biblioteca onde decorre um evento chamado Hora de Leitura da Drag Queen. Elas são tão coloridas… tão divertidas!

Alguns anos depois, na pré-escola, o professor lê-lhe livros de histórias, livros muito bonitos cheios de imagens coloridas. Alguns, mostram meninos a usar vestidos como os que viu nas princesas dos contos de fadas, com as unhas e os lábios pintados; outros, retratam uma menina com os seus dois pais ou com as suas duas mães… Tão alegres e felizes… O que parece menos feliz e tem um ar sombrio é o menino que tem um pai e uma mãe… O professor, bué de fixe, trata todas as crianças por um pronome neutro, pois considera que tratar os alunos por meninos ou meninas é fazer distinções de género desnecessárias. Todas, menos a Bela, a menina-trans, que é aquele menino que se veste de menina, usa as unhas e os lábios pintados, e gosta de usar um nome feminino… Esse (ou será essa?) deve ter a sua distinção de género afirmada e respeitada por TODOS, incluindo aqueles que não têm direito a ter a sua identidade sexual afirmada e respeitada e são tratados como “neutros”.

Quando entrar na Escola, a partir dos 6 anos, aprenderá mais sobre o “género” e ficará a saber de cor o significado de cada letra do abecedário lgbtqia+, representado por aquela bandeira colorida, omnipresente nas salas de aula, nos corredores, no átrio da Escola, nos livros, material escolar e até nas roupas e nos desenhos animados. Será convencido de que alguns meninos são realmente meninas, algumas meninas são realmente meninos, e que talvez isso se aplique a si, pois nasceu uma folha em branco e é na escola que deve aprender a construir-se com tantos géneros quantos quiser… Basta experimentar as mais diversas formas de se relacionar sexualmente – com homens, mulheres ou ambos – para depois, e só depois, ter uma identidade e pertencer ao colectivo da tal bandeira.

Em pouco tempo, e se ainda não descobriu, descobrirá também o maravilhoso mundo da internet, cheio de jogos para jogar. Aos 8 anos, se não for antes, será apresentada à pornografia e, se for uma criança normal, tenderá a experimentar o que vê.

Por volta dos 12 anos, o rapaz pelo qual se apaixonou pressiona-a a enviar-lhe fotos suas… nua. De repente, chega à escola e todos estão com os olhos colados nos telemóveis, a cochichar e a rir-se de si… As suas fotos já viralizaram e todos, incluindo os professores e trabalhadores da Escola, podem vê-la… nua.

Antes que perceba o que lhe aconteceu, estará a cortar-se «para lidar com a dor», pois já viu muitos vídeos sobre o assunto e sabe que é assim que as outras meninas da sua idade lidam com a dor… E, quando isso não funciona, tenta o suicídio. Tem 13 anos.

O que vale é que os seus pais têm muito dinheiro e podem mandá-la para outra escola. Ali, você faz novos amigos e conhece vários parzinhos lgbt, super-felizes, muito populares e super-protegidos pelas associações que os representam.  

Você fez catorze anos. A sua melhor amiga engravidou e fez um aborto sem que os pais soubessem. A Escola protegeu-a. Parece que apanhou uma doença sexualmente transmissível… Como conseguirá manter segredo sobre isso? E se precisar de ir ao médico? De tomar medicamentos?

Pensará nisso quando acontecer… Até lá, há que manter a mente ocupada com muita música e com os seus melhores amigos: os influencers das redes sociais, tão fixes, com aqueles cabelos coloridos, cheios de tatuagens bué de giras, gays, lésbicas, trans, não-binários, sábios e importantes, com milhares de seguidores. Sem dúvida, modelos que deseja seguir.

O seu irmão, entretanto, não gosta de música. Em vez disso, passa seis horas por dia a jogar aqueles videojogos violentos, sangrentos e sexualmente explícitos. Quanto aos seus pais, estão felizes e descansados por vocês passarem o dia no quarto, longe de problemas.  

Mas, há um grande problema lá na nova escola…. Todas as meninas são mais bonitas do que você e têm corpos perfeitos. Você sente-se o patinho feio… Todos os dias olha para o espelho e diz: “Odeio-te!”. Apesar de comer cada vez menos e de quase não encontrar roupa para o seu tamanho, nem na secção de criança, continua a ver aqueles pneus todos quando se vê ao espelho. Frustrada, volta a cortar-se.

Mas, nada parece mitigar a sua dor… Drogas? Você já deu umas passas. Os seus pais são a favor da legalização das drogas leves. Decide aumentar o consumo. Uau! Que sensações fantásticas… Já não se sentia tão feliz há muito tempo. Só que o corpo habitua-se e os baixos começam a ser muito piores do que os altos… Quase não sobrevivia à segunda tentativa de suicídio.

Sem saber como, mas talvez devido ao facto de os professores serem “muito fixes” ou de não quererem ver a sua nota prejudicada por lhe dar algumas negativas, você conseguiu terminar o 12º ano e os seus pais matricularam-na uma das melhores universidades do país.

Lá, aprenderá que Portugal é um país perverso cuja História deve ser reescrita (para se adaptar às reivindicações feministas/socialistas), que todos os brancos são racistas, que a crença no Deus judaico-cristão é absurda, que a moral é uma invenção dos cristãos (para impedir que as pessoas tenham prazer sexual), que a verdade absoluta não existe, que a realidade é a que cada um quiser que ela seja e que as coisas são o que você quiser que elas sejam (desde que, claro, a sua perspectiva esteja alinhada com a narrativa oficial da cultura do cancelamento). Quanto a disciplinas como História, Geografia, Ciências e Biologia, o que importa é como você se sente sobre tudo isso.

Mas, sejamos justos, você aprenderá e memorizará os pronomes de género que cada um prefere e, caso se atreva a discordar de qualquer coisa que esteja a ser-lhe incutida, aprenderá uma lição para a vida: é proibido discordar. Agora você está pronto para ser um adulto.

Baseado no artigo: https://www.christianpost.com/voices/coming-to-terms-with-the-all-out-assault-on-our-children.html


Maria Helena Costa

Fonte: Inconveniente

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