Nossa Senhora das Mercês é um dos títulos da Virgem Maria. A devoção originou-se na Espanha, daí também ser conhecida por Nossa Senhora das Mercedes. A Virgem é a protectora dos cristãos cativos dos mouros (muçulmanos) em África, principalmente os marinheiros e mercadores subjugados no Mar Mediterrâneo.
A Ordem Real e Militar de Nossa Senhora das Mercês da Redenção dos Cativos foi fundada por S. Pedro Nolasco e S. Raimundo de Peñafort, em 1223, por ocasião da libertação dos escravos cristãos, tendo a Igreja generalizado a festa em 1696.
A 1 de Agosto de 1223, São Pedro Nolasco foi agraciado com uma Aparição de Nossa Senhora, a qual lhe indicou os meios para libertar os cristãos das mãos dos mouros. Investiu toda a sua fortuna, e arrecadou somas avultadas com pessoas caridosas, a fim de resgatar cristãos escravos que tiveram a infelicidade de cair em poder dos muçulmanos.
Maria Santíssima, mostrando grande satisfação pelo bem que fizera aos cristãos, deu-lhe a ordem de fundar uma congregação como fim determinado da Redenção dos cativos. Pedro comunicou isso a São Raimundo de Peñafort, seu confessor e ao Rei Jaime, e grande surpresa teve, quando deles soube, que ambos, na mesma noite, haviam tido a mesma aparição. foi criada a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, e Pedro foi nomeado o grão-mestre da Ordem, sendo depois canonizado com o nome de São Pedro Nolasco. Foi elaborada a constituição da regra da nova Ordem, que teve gratíssimo acolhimento do povo e dos nobres. Já em 1235, uma nova regra obteve aprovação da Santa Sé. Deste modo, a devoção à Virgem das Mercês foi-se espalhando por toda a Europa.
A devoção chegou a Portugal, onde se difundiu de Alenquer para Santarém e para Lisboa, e foi levada pelos frades mercedários para o Brasil, onde floresceram diversas confrarias, formadas principalmente por escravos, os quais consideravam Nossa Senhora das Mercês padroeira da sua libertação.
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Fonte: Senza Pagare
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