sábado, 10 de dezembro de 2011

"Das Partes do Sião": afinal, não existe Secretaria de Estado da Cultura

S.A.R. o Duque de Bragança e Nuno Miguel, João Diogo e Filipa Camila Castelo Branco Vasconcelos Faria

O Tratado de Aliança celebrado entre os Reis D. Manuel I e Ramatibodhi II do Sião, foi hoje comemorado com uma grandiosa exposição na Biblioteca Nacional. Em representação do Portugal eterno esteve Sua Alteza Real o Senhor D. Duarte de Bragança, descendente do Venturoso. Também marcou presença o último Governador-Geral do Império, o General Rocha Vieira. Inúmeras entidades ligadas à cultura participaram no evento, embora o grande ausente tenha sido o Estado português. Do Sr. Secretário de Estado Viegas, não se vislumbrou nem um pelo da mosaica barbicha, tão ocupado deve andar com celestes problemas, decerto muito mais relevantes do que o reconhecimento do primeiro Tratado de estabelecimento de relações diplomáticas entre uma potência europeia e um reino asiático. Coisa de somenos importância, levando o governo a faltar quando não pode, nem deve fazê-lo.


Uma primeira edição de Os Lusíadas entre outros livros preciosos, documentação diplomática, selos de validação siameses, o Tratado de Amizade e Comércio entre Portugal e o Sião (1859), fotografias inéditas, um esplendoroso uniforme do Embaixador Melo Gouveia, fotografias raras e os originais de todos os Tratados celebrados nos séculos XIX e XX, entre muitos outros exemplos de um espólio sem igual, tornam esta exposição obrigatória. O catálogo organizado por António Vasconcelos Saldanha e Miguel Castelo Branco, é a maior reunião jamais feita de documentos e manuscritos cartográficos. Esta exposição seria impossível de organizar por qualquer outra potência europeia, numa relação antiga entre Estados que o Embaixador da Tailândia fez questão em sublinhar. Ao público foi também servida uma mostra da culinária tailandesa e o evento contou ainda com danças tradicionais daquele país.


Miguel Castelo Branco, Vítor Vladimiro Ferreira e António Vasconcelos Saldanha

O Director Geral da Biblioteca Nacional de Lisboa, o Prof. Dr. Pedro Dias, é indiscutivelmente uma das grandes autoridades em História Portuguesa no Mundo. Hoje, mais que qualquer outra entidade do Estado a que chegámos, a BNL dignificou o país.

S.A.R. o Duque de Bragança, Pedro Quartin Graça e Nuno Castelo Branco

 Nuno Castelo-Branco

Fonte: Estado Sentido

1 comentário:

Carlos Gomes disse...

Não existe Secretaria de Estado da Cultura. Apenas existe um Secretário de Estado da Cultura que dispõe de um Gabinete. Ver em http://www.portugal.gov.pt/pt/GC19/Governo/Nomeacoes/SEC/Pages/Nomeacoes_SEC.aspx
Se repararmos nos avisos publicados em qualquer Diário da República, todos os organismos oficiais da área da Cultura estão subordinados à presidência do Conselho de Ministros... a Secretaria de Estado da Cultura não aparece porque pura e simplesmente não existe!
Digamos que o Secretário de Estado da Cultura é uma espécie de amanuense do Presidente do Conselho de Ministros...