domingo, 18 de dezembro de 2011

Entrevista do jornal "I" ao Arq. Gonçalo Ribeiro Telles

Gonçalo Ribeiro Telles: “Talvez os governantes queiram destruir o país”

(...)

Já fundou partidos ligados à terra e em defesa da monarquia. Há ligação entre estas duas causas?
Há sempre uma ligação. A nossa história é uma construção através de um regime monárquico e essa ligação à história e à continuidade perdeu-se. E nesse sentido há de facto um recuo enorme, que permitiu depois uma visão diferente do futuro. Quando a monarquia existia havia sempre um futuro na sequência da dinastia.

É essa a vantagem que vê na monarquia?
É essa a grande vantagem. Isso dá um somatório de uma cultura que é muito difícil de arrancar. Só à força é que se arranca. É o que está a suceder. Há a saudade dessa continuidade.

Os portugueses têm saudades da monarquia. Acha isso?
Dessa continuidade com certeza, porque isto é um país inventado e construído. Construído com as condições que tinha de mar, de terra, de solos e inventado pelo género português.

O caminho teria sido outro com uma monarquia?
Tínhamos seguido um caminho mais paralelo dos países escandinavos.

Os reis não são eleitos. Não é um bom argumento a favor da República?
Os reis são eleitos todos os dias.

Uma vez contou que a sua avó estava sempre à espera que viesse o Paiva Couceiro com os militares do Norte para acabar com a República.
Não era só a minha avó, eram muitas avós. Vinha repor a ordem. No fundo vinha repor a liberdade. As pessoas, sem o sentir, tinham a noção de liberdade.

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Fonte: I

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