quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Liberdade sem Autoridade? Caos! D. Carlos viu esse caos

O Rei começava a fatigar-se das manigancias dos politicos, a sentir nausea das ambiciunculas e baixeza, a descrer do estado apathico das gentes, do caracter escorregado sem lealdade - sim, sim, a desconfiar de todos (... ),.
A sua phrase - isto é uma monarchia sem monarchicos - ,clamada n'um colapso d'angustia, ao cabo d'algum demorado exame ás forças defensivas do throno, grita a clareza cutilante com que elle sente o seu isolamento, entre o egoismo abjecto no completo alheamento da patria. ( ... ) O Rei assassinado no dia 1, se ressuscitasse, poderia ver, no dia 2, no governo os mesmos homens, a mesma graxa nas almas, mesma passividade nas ruas, mesmo palavreado nos comicios...
Pobre, pobre D. Carlos! quando se pensa que afinal era mais inteligente e teve virtudes superiores ás dos seus adversarios e seus cumplices. "
Fialho d'Almeida, « Saibam Quantos... »

" Ensina a máxima correntia de Thiers, que não é afinal dêle, que « O Rei reina, mas não governa »; ou seja - o rei não deve ser senão « hum espantalho », ou como diz o formidável José Agostinho de Macedo, « o Rei pintado ».
Queremos, pelo contrario, um Rei com força, revestido amplamente de prerrogativas indiscutíveis da Autoridade. Um Rei que reine, mas governe.
António Sardinha, « Nação Portuguesa »

D. Carlos percebeu que era seu dever governar; que Portugal só foi grande quando o Rei era mais do que esse « Rei Pintado »; a maçonaria não podia deixar que o poder fugisse do seu controlo, controlo que tinha como « direito adquirido ». A " ousadia " do Rei valeu-lhe a morte; esta valeu-nos a eternização do domínio maçónico.
 
Cristina Ribeiro
 

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