Se, outrora, a persistente hegemonia de uma linha ideológica se demonstrou prejudicial ao País, tampouco é o atual pluralismo político e cultural do País que, por si só, é capaz de espontaneamente fabricar a eficácia política que universalmente reconhecemos tanto carecer. Consideremos, pois, uma instituição política apartidária que acolha a afirmação estratégica democrática, que sublinhe a necessária continuidade de políticas para objetivos comuns à democracia, para o desenvolvimento social, que realize uma lógica de participação e não reproduza a lógica de conflito. A Instituição Real é essa instância que a democracia portuguesa carece para amadurecer positivamente.
Pedro Manuel Machado de Sousa Furtado Correia
Fonte: Caderno Monárquico
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