O 55.º Governo da Monarquia Constitucional e 27.º governo desde a Regeneração, Ministério presidido por João Franco, foi nomeado por Sua Majestade Fidelíssima El-Rei Dom Carlos I, em consequência da vitória eleitoral do Partido Regenerador Liberal, a 19 de Maio de 1906 e exonerado a 4 de Fevereiro de 1908 (em consequência do Regicídio de 1908) por El-Rei Dom Manuel II. Neste governo não existia qualquer relação familiar entre os seus membros.
Na sequência da fotografia, a sua constituição era a seguinte:
De pé: em primeiro, Luís de Magalhães, Ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros (Mai. 1906 – Mai. 1907); José Malheiro Reimão, Ministro e secretário de Estado dos Negócios das Obras Públicas, Comércio e Indústria; António Carlos Coelho de V.B. Vasconcellos Porto, Ministro e secretário de Estado dos Negócios da Guerra (Mai. 1906 – Fev. 1908) e Ministro e secretário de Estado interino dos Negócios da Marinha e Ultramar (Jun. – Set. 1907); Ayres D’Ornellas, Ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar (Mai. 1906 – Jun. 1907 e Set. 1907 – Fev. 1908);
Sentados: José Novais, Ministro e secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça (Mai.1906 – Mai. 1907 sendo substituído por António José Teixeira de Abreu, Ministro e secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça, dessa data a Fev. 1908); João Franco Castello-Branco, presidente do Conselho de Ministros e Ministro e secretário de Estado dos Negócios do Reino; e Ernesto Driesel Schröeter, Ministro e secretário de Estado dos Negócios da Fazenda (Mai. 1906 – Mai. 1907).
Sentados: José Novais, Ministro e secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça (Mai.1906 – Mai. 1907 sendo substituído por António José Teixeira de Abreu, Ministro e secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça, dessa data a Fev. 1908); João Franco Castello-Branco, presidente do Conselho de Ministros e Ministro e secretário de Estado dos Negócios do Reino; e Ernesto Driesel Schröeter, Ministro e secretário de Estado dos Negócios da Fazenda (Mai. 1906 – Mai. 1907).
Reitera-se que entre os Conselheiros – assim era o tratamento dedicado aos Ministros – retratados não existia qualquer laço familiar ou parentesco; deu-se este a título de exemplo assim como se poderiam referir os anteriores e seguintes Governos da Monarquia Constitucional Portuguesa. O Rei reinava – e tinha o seu herdeiro presuntivo -, o Governo – sem qualquer laço familiar com a Família Real – governava!
Realmente, uma MONARQUIA não é uma república!
Miguel Villas-Boas
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