quarta-feira, 31 de março de 2021

Las Braganza, las 6 infantas portuguesas que se convirtieron en matriarcas de la realeza católica europea


Filhos de D. Miguel I: Infantas Adelgundes, Maria Teresa, María Jose e Maria Anna com o seu irmão D. Miguel II. (Dativo Salvia)

Respetadas en todas las cortes, juntas urdieron matrimonios dinásticos entre sus propios hijos y nietos. Configuraron una tela de araña familiar cuyos ecos llegan hasta nuestros días


La publicación de un libro del historiador y profesor Dativo Salvia Ocaña ha sacado a la luz la vida extraordinaria de seis princesas portuguesas, hijas del rey don Miguel I, que nacidas en un exilio difícil y encarando un futuro incierto en el revolucionario siglo XIX alcanzaron a crear una tupida saga de descendientes, esparcidos por todas las familias reales católicas de Europa, que no tiene poco que envidiar a la mucho más reconocida descendencia de la renombrada reina Victoria de Inglaterra.

Su historia comienza en un antiguo y medio abandonado monasterio cisterciense de Bronnbach, en Alemania, donde estas princesas sin patria crecieron a la sombra de su tío, el príncipe de Löwenstein, cuya hermana, Adelaida, de tan sólo 20 años, había contraído matrimonio en 1851 con el expulsado rey Miguel de Portugal, que ya frisaba los 50 años. Absolutista declarado, Miguel había disputado el trono a su sobrina, la reina niña María II de Portugal, apoyada por los liberales, y tras una corta guerra dinástica se había visto obligado a emprender el camino del exilio con muy escasos bienes. De ahí que sus hijas, Nieves, María Teresa, María José, Adelgunda, María Ana y María Antonia, se educasen en un ambiente fuertemente pietista y conservador que minimizaba sus posibilidades en el mercado matrimonial europeo.

Un caldo de cultivo sin duda anacrónico aunque con el encanto de lo decadente, pero en cuyo seno florecieron estas seis mujeres de caracteres notables y de singular brillo personal que, andando el tiempo, supieron jugar un notable papel político en la Europa de su tiempo y cuyo espíritu retomaron algunos de sus descendientes, como el archiduque Otto de Austria, paladín del concepto de Unión Europea.

 

Nieves sería la última reina carlista de España y de ella aún se recuerda la bravura con la que, a caballo, participó en la tercera guerra carlista de España alentando a sus huestes.

 

María Teresa entró por matrimonio en la exclusiva corte de Viena, llegando a ser durante años la primera dama del imperio tras el asesinato de su cuñada, la emperatriz Isabel, la famosa Sissi, esposa del emperador Francisco José.

María José casó con aquel oftalmólogo reputado que fue el duque Carlos Teodoro en Baviera, hermano de la misma Sissi.

Adelgunda fue un gran adalid de los intentos de los miguelistas portugueses por recuperar el trono de Lisboa, llegando a conspirar y a intentar levantar un ejército en tierras portuguesas ya entrado el siglo XX.

María Ana fue gran duquesa de Luxemburgo por su matrimonio con el gran duque Guillermo IV. Y María Antonia casó con el duque Roberto de Parma, fue madre de doce hijos brillantes y suegra del último emperador de Carlos I Austria-Hungría.

Conocidas y respetadas en todas las cortes, juntas urdieron matrimonios dinásticos entre sus propios hijos y nietos, y siempre unidas configuraron una singular tela de araña familiar cuyos ecos llegan hasta nuestros días, reinventando consanguineidades sorprendentes y sin duda propias de otros tiempos. De ellas descienden reyes, grandes duques, jefes de casas en otro tiempo soberanas, y miembros de innumerables familias de la gran aristocracia internacional, en un conumdrum de archiduques, príncipes, duques y condes de toda suerte.

Las hermanas Braganza dejaron honda huella en la memoria, fueron fieles a sí mismas y a una tierra portuguesa a la que les unía la nostalgia de algo apenas atisbado, y supieron configurar un sólido y bien cimentado clan cuya influencia se extendía por España, Francia, Alemania, Bélgica, Luxemburgo, Italia y los extensos territorios del imperio Astro-Húngaro. Tal fue su impronta que todavía hoy en día el rey de Bélgica, el gran duque de Luxemburgo y el príncipe soberano de Liechtenstein se saben honrosos descendientes de ellas, al igual que otros muchos príncipes y princesas de familias soberanas ya largamente destronadas como las de Austria-Hungría, Portugal, Italia, Rumanía, Serbia, Brasil, Baviera.

Fonte: Vanitatis

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Da perseguição maçónico-republicana

 


«Proudhon tinha razão escrevendo: Deus é o mal. Laplace tanto ou mais tinha razão ainda, escrevendo também: a hipótese de Deus é inútil. Mas, acima de todos, a apóstrofe exacta, indispensável, urgente de realizar, vibrou-a Bakunine: "Deus! Mas é preciso suprimi-lo."»

O autor destas palavras foi um dos chamados "vultos republicanos", de seu nome Fernão Botto Machado. Quem folheie o Almanaque Republicano e dê com ele, de jaquetão e bigodes retorcidos, mais depressa dirá estar perante um galã da Vizinha do Lado, de André Brun, que de um ferrabrás do ateísmo. Mas engana-se.

Nascido em 1865, autodidacta (não fez exame da instrução primária), Botto Machado entrou para a Maçonaria em 1893, na Loja "Cavalheiros da Verdade" e circulou depois por outras Lojas com nomes igualmente ambiciosos em termos programáticos, como a "Renascença" e a "Razão Triunfante". De resto, grande parte dos dirigentes republicanos de há 90 anos, quando proclamaram a Primeira República, pertencia à Maçonaria. Eram maçons os dois líderes desaparecidos nas vésperas da vitória, Cândido dos Reis e Miguel Bombarda; era maçon Machado Santos, o herói da Rotunda; eram maçons Bernardino Machado, Sebastião de Magalhães Lima, Afonso Costa e António José de Almeida. E todos tinham expressivos nomes de guerra – Afonso Costa, por exemplo, era "Platão".

Para a maçonaria francesa do Grande Oriente, a versão dominante e triunfante em Portugal, a Igreja era o inimigo a abater, devendo os maçons, amantes da Razão, da Ciência e do Progresso, seguir o conselho do irmão Voltaire, iniciado na loja das Nove Irmãs de Paris, e "Écrasez l'Infâme". Além das questões teológicas de fundo, não seria, pois, de estranhar que sucessivos papas e encíclicas condenassem a Maçonaria e proibissem aos católicos qualquer filiação maçónica.

A primeira vez que os maçons tiveram verdadeiro poder temporal foi com a Revolução Francesa. Então, milhares de sacerdotes e religiosos foram mortos. E como os camponeses vendeanos, católicos, monárquicos e fiéis à pequena nobreza local, estragavam o cenário revolucionário (saindo da categoria de "sábio povo em armas pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade" e entrando directamente na de "deplorável povo ignaro"), a "Razão, a Ciência e o Progresso" ditaram o genocídio.

Em França, este anticlericalismo activo marcou, depois, a modalidade revolucionária da Comuna de Paris, que fuzilou vinte e quatro eclesiásticos, entre eles o Arcebispo de Paris, Monsenhor Darboy. E políticos da época, como Jules Ferry e Léon Gambetta, não deixaram de perseguir as ordens religiosas, de prender padres e, sobretudo, de lançar as mais absurdas calúnias sobre a Igreja.

Em Portugal, em 1910, os activistas mais zelosos entre os correligionários de Botto Machado, não podendo matar Deus – invisível mesmo ao olho vivo da Loja –, liquidaram dois padres Lazaristas, o Padre Bernardino Barros Gomes, ilustre cientista botânico, e o Padre Alfredo Fragues, confessor da Rainha, morto à coronhada e a tiro.

Seguiram-se a expulsão dos Jesuítas (após científicas medições cranianas indiciadoras de anomalias anatómicas que sinalizavam inequívocas tendências criminais) e uma série de medidas laicizantes, como o fim dos feriados religiosos. O Natal, mais difícil de abolir, foi esvaziado e reformulado como "Festa da Família Portuguesa".

E como era também necessário higienizar a História, o Primeiro de Janeiro passou a Dia da Fraternidade Universal e o 31 de Janeiro a Dia dos Precursores e Mártires da República. O Primeiro de Dezembro escapou como feriado, mas deixou de ser Dia da Restauração para passar a ser... o Dia da Autonomia da Pátria Portuguesa. Deu-se também o habitual saneamento da toponímia e multiplicaram-se os nomes de ruas e praças 5 de Outubro e República, como, décadas depois, as 25 de Abril.

As esquerdas (liberais maçonizantes, anarco-progressistas e comunistas) promoveram, em todas as revoluções do século XX, uma encarniçada perseguição à Igreja e aos cristãos, prendendo, torturando e matando padres, religiosos e leigos – na Revolução Bolchevique, na Revolução Mexicana, nos regimes comunistas implantados na Europa Oriental, na China, no Vietname e em Espanha, na Guerra Civil, onde os frente-populistas mataram mais de sete mil bispos, padres, religiosos e freiras, e milhares de católicos, apenas por o serem. Mais que Diocleciano, que não fora meigo com os seguidores de Cristo. Tal como os primeiros séculos da Era Cristã até Constantino, o século XX foi também um século de mártires.

Mas porque se tornaram impossíveis as revoluções bolcheviques – com o ataque armado e a ocupação das centrais telefónicas, das estações de comboios, dos Palácios de Inverno –, e porque Lenine e a sua teoria da revolução foram sendo, no ocidente euroamericano, substituídos por Gramsci e pelas revoluções culturais, a guerra à Igreja... foi mudando de forma.

Hoje já não se trata de expulsar ordens religiosas, de matar padres, de queimar igrejas, como fizeram os democráticos de Afonso Costa em 1910 ou os frente-populistas madrilenos na Primavera de 1936. Trata-se de descristianizar a sociedade mansamente, em suaves prestações, de modo politicamente correcto, indolor, através de leis passadas com ar inocente e distraído, como grandes conquistas da liberdade e do progresso, ou já nem isso.

Jaime Nogueira Pinto in jornal «Observador», 30 de Outubro de 2020


Fonte: Veritatis

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terça-feira, 30 de março de 2021

Vacina a todo custo - Vacina, minimizar mortes: o plano deve continuar



Tradução Deus-Pátria-Rei


Com o comunicado de imprensa nº 632 de 11 de Março de 2021, a AIFA (Agência Italiana do Medicamento) ordenou a proibição do uso de um lote da vacina Astrazeneca após a notificação de certas reacções adversas graves, em concomitância temporal com a administração de doses pertencentes ao lote ABV2856 do Vacina AstraZeneca anti-COVID-19. Como medida de precaução, a AIFA decidiu proibir a utilização deste lote em toda a Itália e reserva-se o direito de tomar outras medidas, se necessário, também em estreita coordenação com a EMA, a Agência Europeia de Medicamentos.
A AIFA também realiza todos os controles necessários, adquirindo a documentação clínica em estreita colaboração com o NAS (Nuclei antisofisticazioni e sanità) e as autoridades competentes. As amostras deste lote serão analisadas pelo Istituto Superiore di Sanità. A AIFA fornecerá prontamente qualquer nova informação disponível.

Esses são os factos brutos, expostos de maneira fria e quase asséptica.

No entanto, imediatamente após a acção da Agência Italiana do Medicamento, uma impressionante campanha na comunicação social começou. O enésimo episódio em uma comunicação mediática pandémica em que perdemos completamente o interesse pela busca da verdade e onde procedemos com base em teses preconcebidas. Nesse caso, a tese é que a vacinação da Covid é boa, inofensiva, sem efeitos secundários e deve ser feita por todos. E se os factos contradizem essas teses, tanto pior para os factos, como disse Lenine.

A propaganda que poderia ser descrita como "redimensionamento" foi imediatamente desencadeada: "Não há razão para não usar vacinas AstraZeneca", disse Margaret Harris, porta-voz oficial da OMS, numa conferência de imprensa em Genève. A intervenção da OMS foi necessária antes mesmo da decisão italiana, devido ao facto de a vacina Astrazeneca ter sido retirada em outros países europeus, notadamente na Escandinávia, onde o sistema de farmacovigilância é muito sensível e activo.

Uma das posições mais desavergonhadas dos redimensionistas italianos é a que tem levado alguns meios de comunicação social a dizer que afinal é apenas um lote da vacina, como se fosse apenas um lote de mercadoria defeituosa no meio de mercadorias boas. Na verdade, esse lote bloqueado consistia em 560.000 doses. Pouco mais do que uma maçã podre no caixote.

O director-geral de prevenção do Ministério da Saúde, Gianni Rezza, disse numa conferência de imprensa no ministério que “sabemos que haverá eventos indesejáveis quando lançarmos uma campanha de vacinação em massa”. Resumindo, tudo já estava planejado. É um dano colateral da guerra. A campanha de vacinação deve continuar, e as pessoas atingidas pelos efeitos secundários da vacina ou que morreram por causa dela, são o preço a pagar.

A medicina baseada na pessoa, em suas necessidades de saúde, está desaparecendo em favor da medicina comunitária, onde o importante é atingir o objectivo da imunidade colectiva, custe tudo o que for preciso, sacrificando a vida dos indivíduos em benefício dos " massa".

Alguém até escreveu que "não devemos ser exigentes" com as vacinas. Pegue o que há e, se a Astrazeneca estiver com problemas, paciência. O importante é completar a campanha de vacinação, deixando até no chão algumas pessoas caídas, cujo número ainda não conhecemos.

E se alguém quiser se opor, talvez com um eloquente "not on my skin"? Existe o direito de não ser uma cobaia, para proteger a sua própria vida? Existe o direito de ter as informações necessárias sobre as vacinas actualmente em uso e seus efeitos secundários?

Perante estas dúvidas e estes pedidos de esclarecimento, as instituições de saúde italianas e europeias continuam a insistir que, independentemente da eficácia verificada, é essencial, nesta fase, vacinar o maior número de pessoas possível. E rapidamente, a fim de proteger a toda a comunidade tanto em termos de redução da carga sobre os sistemas de saúde quanto de prevenção da circulação do coronavírus, embora ainda não se saiba se e em que medida as vacinas reduzem o risco de contágio.

Resumindo: não sabemos quão eficazes são essas vacinas, ou por quanto tempo, mas sabemos que elas têm efeitos secundários graves, a ponto de retirar meio milhão de doses da circulação, mas devemos, no entanto, completar o programa global de imunização.

Para fazer isso, devemos por todos os meios minimizar o problema das reacções adversas. Rezza sublinhou que “não devemos suscitar preocupações indevidas”. “É importante - acrescentou - esperar com vigilância”. Onde encontramos essa expressão antes? Nos protocolos do governo para o atendimento domiciliar: Taquipirina (anti-febre) e vigilância. Uma fórmula obviamente muito cara aos meios técnicos e científicos que orientam as decisões do ministério. Qual será a "espera vigilante" contra os efeitos secundários das vacinas? Deixe acontecer, observe, mantenha estatísticas, mas enquanto isso, proceda com o máximo cuidado com a vacinação. Uma forma engraçada de fazer farmacovigilância, para proteger a saúde das pessoas.

Mas, novamente, o que estamos dando a entender ao público é que a vacina, mesmo com todos esses possíveis efeitos secundários, serve para parar a epidemia, para voltar à vida anterior, e então os efeitos secundários são uma espécie de "mal menor "para um bem colectivo maior. Mas está errado. São as próprias empresas farmacêuticas que afirmam honestamente que o principal objectivo das vacinas actuais da Covid é prevenir o aparecimento de sintomas graves, que podem exigir hospitalização ou levar à morte. Em suma, o importante não é que a vacina impeça você de adoecer, mas que evite que você contraia uma forma grave e muito arriscada da doença, objectivo que poderia facilmente ser alcançado de outra forma muito simples: com atendimento domiciliar na hora certa e com os medicamentos certos. E sem os milhares de efeitos secundários graves.


Dr Paolo Gulisano


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A praça vermelha nos Restauradores!

 


Pensávamos nós que já tínhamos saboreado todos os frutos desta terceira república, mas não, faltava a cereja em cima do bolo! E assim, para quem ainda tivesse dúvidas sobre os verdadeiros vencedores do golpe consumado em Abril de 1974, a imagem da Praça dos Restauradores, plena de bandeiras da URSS, tê-las-à dissipado. E que melhor lugar haveria para celebrar a filial lusitana do império soviético que a praça que recorda os restauradores que em 1640 resgataram a independência nacional?! De facto não existe. Aliás tal como no Porto, cuja Avenida dos Aliados também se vestiu de vermelho esclarecendo definitivamente que a liberdade de que se orgulham é afinal um embuste.

E atenção, todo este aparato comemorativo dos cem anos do  Partido Comunista Português foi seguido atentamente pelos media e muito elogiado por altos responsáveis políticos! Na propaganda oficial os comunistas foram grandes lutadores contra as ditaduras... que não fossem controladas por eles. Narrativa que pelos vistos é bem aceite em Portugal e nalguns países do terceiro mundo. E agora se percebe a reverência com que estes fósseis continuam a ser tratados bem como as indispensáveis visitas à festa do Avante! Não é assim, prof. Marcelo?!


Saudações monárquicas 

 

Fonte: Interregno

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segunda-feira, 29 de março de 2021

A luso-khmer que fez frente aos Khmeres Vermelhos

 


Na Cathédrale de la Rizière, do Padre François Ponchaud, missionário francês que primeiro denunciou as atrocidades do regime do Kampuchea Democrático de Pol Pot, os testemunhos do metódico encarniçamento com que os verdugos perseguiram e exterminaram metade da população luso-khmer católica do Camboja entre 1975 e 1979. Acusados de serem seguidores da "religião dos vietnamitas" a que no Vietname se chama "religião Hoalang dos portugueses" (i.e. o catolicismo), para além de espiões da CIA, agentes do imperialismo e aliados do "feudalismo" (i.e. da monarquia), os luso-khmeres foram todos confinados em campos de concentração, submetidos à fome e a trabalhos forçados, ou simplesmente mortos.

Lídia era uma jovem religiosa cambojana de ascendência portuguesa. Enviada para um campo da morte, no leste do país, foi submetida a duros interrogatórios de que subsistem os registos meticulosamente anotados pelos instrutores do processo. Sabendo que estava antecipadamente condenada a morrer, perdeu o medo e fez frente aos interrogadores que a atormentavam.


- «Onde escondeste o teu Deus?
- "Não tenho qualquer imagem Dele. Escondi-O no meu coração".
- "Então, és uma espia vietnamita".
- "Não, sou cristã desde os meus pais, desde os meus avós, desde os meus bisavós e desde sempre, pois não conhecemos outra religião.»


Perplexos perante a coragem da prisioneira, os torcionários, reconduziram-na à sua cela, adiando o veredito. Felizmente, o regime de Pol Pot cairia pouco depois e Lídia salvou-se.


MCB


Fonte: Nova Portugalidade

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A liberdade de expressão, Tolerância, Mamadou e Outras coisas mais

 


“A tolerância e a apatia são as últimas virtudes de uma sociedade moribunda”.
Aristóteles (tutor de Alexandre “O Grande”)


A propósito das polémicas que medram nos tempos que correm, o cronista João Miguel Tavares (JMT) escreveu no “Público” do passado dia 20 de Fevereiro, um texto com o título “Em defesa de Mamadou Ba e João Pedro Caupers”, em que traça um paralelo entre os ataques que têm sido desferidos contra o “paraquedista da nacionalidade” Mamadou Ba e o actual Presidente do Tribunal Constitucional, Juiz Conselheiro João Caupers, face a declarações públicas por eles feitas e que designa por “opiniões”.

Dado o eco que os escritos do nosso cronista já atingiram no panorama mediático, e por entender ser merecedor de um comentário, vou sobre o escrito, alinhavar uma prosa.

Em síntese, JMT defende que, tanto Mamadou Ba ao ofender a memória de Marcelino da Mata, depois do seu paramento, está no seu pleno direito, pois se trata apenas de uma opinião – o que o torna o acto legítimo – criticando quem o quer expulsar do país, por isso; ao mesmo tempo que defende não haver razão para o Presidente do Tribunal Constitucional dever ser prejudicado por aquilo que disse sobre o “lobby gay” (no fundo que não está para os aturar…).

E disse ainda, que quando alguém afirma algo que possa incorrer no crime de difamação (isto é, afirmar algo que não seja verdade configurando uma ofensa) – que é claramente o caso das afirmações do senhor Ba, e não só, sobre o herói nacional Marcelino da Mata - deve ser julgado nos Tribunais.

Tudo cabendo afinal (por serem “opiniões e não actos”), no sacrossanto princípio da liberdade de expressão, devendo por isso, ser tolerado.

Mais um pouco, estaria a defender a libertação do anarca (?) catalão que há pouco foi condenado em Espanha por dizer barbaridades e fazer ataques soezes (à revelia da lei) o que desencadeou violentas manifestações em Barcelona, e não só…

Afinal há opiniões que degeneram em actos…

E não quero deixar passar em claro, que condeno a intenção do actual Primeiro - Ministro espanhol que, algo absurda e covardemente, veio defender a mudança da lei no sentido de que acções que levaram à condenação do cantor de intervenção, feitos no âmbito artístico deixassem de caber na moldura penal! Serão “os artistas” diferentes dos restantes cidadãos?

Ora a questão é que, nem tudo o que se diz, pode (deve) ser tolerado, nem na liberdade de expressão pode (deve) caber tudo.[1] Pois nem tudo o que se diz é respeitável e não se pode (deve), ser tolerante com disparates inomináveis, ofensas da Moral, da Ética, da Verdade, do respeito por símbolos ou valores sagrados, etc. …

Para já não falar, no que toca ao princípio básico de que a minha liberdade acaba onde começa a liberdade do outro.

Pelos vistos, na perspectiva do JMT, não há diferença entre o Bem e o Mal, tudo é relativo e tudo se resume a opiniões…

Ora, quem emite uma opinião, pode revelar uma intenção.

Se o senhor Ba vier dizer (já se viu que tudo é possível), que se deve queimar a bandeira nacional, tal não é um acto, mas uma opinião, mas esta opinião estará tão longe assim do acto? E será que as opiniões não poderão incitar o ato? E tal afirmação, a haver – o que não deve estar longe – é tolerável?

A verborreia dos extremistas islâmicos na sua pregação a tudo aquilo que consideram infiel será admissível? Devemos tolerá-las? Combater tais ditos, com palavras ou ideias vai mudar alguma coisa?

Neste âmbito da tolerância também tem que haver reciprocidade. Por exemplo se alguém chamasse ao Ba de “besta - quadrada”, tal seria aceite como opinião, ou seria, prestes, rotulado de “racismo”? Ou se disserem que esta moda de adular os invertidos é inqualificável, tal vai logo ser apelidado de homofobismo?

Considera ainda JMT, que as atitudes de Ba como uma “distorção de uma luta justa”. Qual? A de inventar problemas onde não há? Por que é que não o manda pregar para a ilha de Goré? Sempre se entretinha com problemas da sua terra, porque da nossa, já vimos que ele jamais será. É certo que lhe deram o título de português, mas apenas “de jure” e unicamente, porque a legislação portuguesa sobre nacionalidade, por absolutamente inadequada, o permitiu (aquilo é mais um articulado roto, atentatório da dignidade portuguesa…).

Por isso a expulsão não faz sentido nem interessa (presumo que a petição, que visava expulsar o Ba, que aparentemente incomodou JMT, apenas teve a intenção de “chatear e protestar”). A única coisa, que pelos vistos, que pode resolver as enormidades discursivas de Ba – que pressurosamente muitos meios de comunicação social ampliam – é ele ter a fatalidade, de escorregar por uma escada abaixo, e partir alguns ossos do corpo, que incluam os maxilares. De um modo metafórico, já se vê…

Quanto a recorrer à justiça, como alude JMT, para obter reparações quanto a opiniões que sejam caluniosas, quem o fizer arrisca-se a esperar tanto tempo, que uma tal reparação não lhe seja útil; tem que ter uma soma considerável de dinheiro disponível para o fazer e ficar sujeito a todas as demais contingências da vida e dos homens, onde as ratoeiras dos formalismos não são partes despiciendas. Para já não falar das “subjectividades” de “avental”; do foro ideológico/partidário; ou de eventuais interesses económicos/financeiros, que maculam, continuadamente, a suposta independência entre os poderes judicial, executivo e legislativo.

Conheço até, um caso recente, em que um político proeminente de longa data, conseguiu uma avultada indemnização por ter movido um processo a quem supostamente o ofendeu (não por calúnia, mas por dizer a verdade), depois de ter perdido a causa, graças a um volte face de contornos menos claros, protagonizados por um magistrado, que passou a vida a fazer fretes (ou favores) às cúpulas de um partido político (por acaso o mesmo do queixoso), e pouco depois veio a ser Secretário de Estado. Neste caso, a liberdade de expressão e de opinião, não contou para nada…

Acresce ainda, para finalizar o ponto, que Marcelino da Mata (ou qualquer outro cidadão) só pode ser defendido em termo do crime de ofensa à memória de pessoa falecida, por descendentes seus, até a geração dos netos, no prazo de três anos, o que a partida encolhe muito a possibilidade de se fazer justiça.

A Comunicação Social dá entretanto, relevo aquilo que entende fazer na altura; não necessariamente, ao que deve. A censura é agora muito maior do que a tão propalada existente no “Estado Novo” - mas sobre isto raramente algum jornalista fala – embora quase todos rejeitem a sua existência. Trata-se, outrossim, e apenas, de “escolhas editoriais…

Está JMT admirado por haver gente “de esquerda” (?) a querer despedi-lo do jornal onde escreve? Olhe a mim, já me aconteceu e não foi só com pessoas de esquerda. E das intenções, passam amiúde aos actos. Até no Jornal em que escreve. Como vê, todos muito democráticos e tolerantes com opiniões alheias…

O mesmo se passando com quem concebeu as leis de proscrição e banimento a que aludiu (aqui há a acrescentar outras, tais como as expulsões dos jesuítas e a extinção das ordens religiosas, por exemplo) e cujos autores estão muito bem vistos hoje em dia, sendo que, curiosamente, quem está mal visto é o Professor Salazar, que num único parágrafo (Lei 2040, de 27 Maio de 1950) as revogou…

Pela minha parte, pode ficar descansado que estarei bem atento, aos três passos que Aristóteles fixou para a extinção de qualquer cultura: exagerada idealização da tolerância, instalação da apatia e desinteresse geral; perda da razão de existência e, por isso, não darei tréguas a bípedes como o Ba, ou a quem ataca o conselheiro Cauters, no âmbito citado. Conselheiro que está cheio de razão, mas que para mal dos seus pecados e seguramente, pela pressão já havida, começou a dar o dito, pelo não dito.

Descartes, como defende, não estava só enganado ao dizer que “o bom senso era a coisa mais bem distribuída do mundo”. É que a mais célebre das suas tiradas “penso, logo existo”, não pode ser lida ao contrário: “existo, logo penso”.

É a minha opinião.


João José Brandão Ferreira

Oficial Piloto Aviador (Ref.)



[1] Tolerância, do latim “tolerantia”, indulgência, condescendência, complacência, transigência, qualidade de tolerante.


Fonte: O Adamastor

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sábado, 27 de março de 2021

Arcebispo Carlo Maria Viganò: O Estado Profundo e a Igreja Profunda têm o mesmo programa (2ªparte)

 


Tradução Deus-Pátria Rei

D. W. - Uma objeção de quem rejeita tal teoria da conspiração seria: como é possível que em praticamente todos os países do mundo quase todos os políticos participem desse jogo? Quem poderia ter tanto poder e influência a ponto de isolar metade do mundo?

C. M. V. - Vou responder com um exemplo. A Igreja é uma instituição supranacional, presente em todo o mundo com dioceses, paróquias, comunidades, conventos, universidades, escolas, hospitais. Todas essas organizações recebem suas ordens da Santa Sé, e quando o Papa ordena uma oração ou um jejum, todos os católicos do mundo obedecem [seria melhor dizer “devem obedecer”]; se um dicastério da Cúria Romana dá directrizes, todos os católicos do mundo as seguem [idem]. O controle é capilar e imediato, graças a uma estrutura hierárquica eficiente. O mesmo acontece, limitado às fronteiras nacionais, também nos estados: quando o legislador legisla, os órgãos responsáveis ​​executam.
Da mesma forma, o estado profundo e a igreja profunda funcionam desta forma: ambos usam uma estrutura altamente hierárquica, na qual o componente "democrático" está praticamente ausente. As ordens são dadas de cima e o receptor as executa imediatamente, ciente de que sua própria desobediência pode levar ao fracasso profissional, à condenação social e, em alguns casos, até à morte física. Essa obediência vem da chantagem: eu te promovo, eu te dou poder, eu te torno rico e famoso, mas em troca você faz o que eu te digo. Se você obedece e mostra lealdade, seu poder e riqueza aumentam; se você desobedecer, está acabado. Imagino que para os leitores alemães a referência ao Fausto de Goethe seja espontânea.

Os políticos que governam as nações hoje são todos, com raras exceções, parte do estado profundo. Se não fossem, não estariam onde estão. Considere o caso das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 3 de Novembro: o presidente Trump não sendo considerado alinhado com um único pensamento, foi decidido destituí-lo por fraude eleitoral de magnitude sem precedentes, e contra a vontade, até mesmo do povo. Os julgamentos em andamento nos Estados Unidos confirmam as fraudes e irregularidades e, nos próximos meses, acho que surgirão novas evidências dessa fraude, que por acaso trouxeram um democrata, um católico progressista, para a Casa Branca em perfeita comunhão com o Great Reset. Olhando mais de perto, a renúncia de Bento XVI e a eleição de Jorge Mario Bergoglio parecem responder à mesma dinâmica e obedecer ao mesmo lobby de poder.

Também na Alemanha surgiram relatórios que mostram que os dados foram falsificados na gestão da pandemia para legitimar a violação dos direitos dos cidadãos. E apesar do número alarmante de pessoas que sofreram efeitos secundários ou morreram em decorrência da chamada vacina, o martelar constante na vacinação obrigatória continua, embora agora esteja claro que não garante a imunidade e não a evitará distanciamento social ou máscaras obrigatórias.

Há razões para acreditar que a gestão da Covid se organizou sob um único "controle" e com um único cenário. Há poucos dias, o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, admitiu ter sido instruído pelo Imperial College London, financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, a admitir idosos na RSA [Residenza sanitaria assistancielle (em italiano Residenza sanitaria assistenziale); tipos de EPHAD] - idosos que morreram em decorrência de protocolos de tratamento incorrectos, intubados e em suporte de vida -. E como por azar, o patrocínio do "filantropo" americano interessa as autoridades nacionais - até mesmo governos - que dependem financeiramente de um indivíduo que teoriza o despovoamento do planeta por uma pandemia.

Você vai me perguntar: quem poderia ter tanto poder e influência para ser capaz de enviar meio mundo para o isolamento? Aqueles com enormes recursos, como algumas personalidades conhecidas, incluindo Bill Gates e George Soros, se destacam; aqueles que conseguem financiar a própria OMS, dirigindo suas decisões e obtendo enormes lucros, também são accionistas de empresas farmacêuticas.

D. W. - Em sua carta ao presidente Donald Trump, o senhor fala sobre um conflito entre as forças da luz e as forças das trevas. Se você olhar para o ano de 2020 agora, como esse confronto evoluiu até agora?

C. M. V. - Como sempre nos acontecimentos terrenos, a guerra entre o bem e o mal, entre os filhos da luz e os filhos das trevas, parece sempre inclinar-se a favor destes últimos. Satanás, que é princeps hujus mundi, tem muitos seguidores altamente organizados e um número infinito de servos. Por outro lado, as pessoas boas parecem numericamente inferiores e mal organizadas, muitas vezes anônimas e quase sempre desprovidas de qualquer poder ou meio econômico que lhes permitiria agir tão eficazmente quanto seus inimigos. Mas sempre foi assim, pois a vitória não pertence ao bem, mas a Cristo. Ego vici mundum: Eu sou aquele que conquistou o mundo, nosso Senhor nos avisa. Nós damos a nossa pobre contribuição, às vezes até heróica, mas sem a graça de Deus nada podemos fazer: sine me nihil potestis facere.

O ano de 2020 nos fez olhar a Medusa globalista nos olhos, mostrando-nos como é fácil para o estado profundo impor uma tirania da saúde a bilhões de pessoas. Um vírus não isolado, com altíssima sobrevivência, foi aceito como instrumentum regni, com a cumplicidade dos dirigentes, dos média, da própria hierarquia eclesiástica. A crise económica desencadeada pelos lockdowns deve tornar inevitável o cancelamento da dívida e o estabelecimento de uma renda universal, em troca da renúncia à propriedade privada e da aceitação do acompanhamento pelo passaporte de saúde. Aqueles que recusarem a vacina podem ser internados em campos de detenção que já estão prontos em muitos estados, incluindo a Alemanha. As violações dos direitos constitucionais e religiosos serão toleradas pelos tribunais, em nome de uma emergência eterna que prepara as massas para a ditadura. É isso que nos espera, de acordo com as confissões dos próprios autores de The Great Reset.

Mas essa sucessão de exacerbações, motivadas por razões que agora são ridículas e desmentidas pelas evidências, está quebrando muitas certezas, às quais as massas até agora deram um consentimento fideísta, muitas vezes perto da superstição. As primeiras acusações de "negacionismo" contra aqueles que contestam os absurdos dos chamados "experts" fizeram muita gente entender que o Covid se apresenta com as conotações de uma religião justamente para não ser contestado, pois do ponto de vista científico, devia ser considerado como todos os outros coronavírus dos últimos anos. Essas contradições abrem os olhos de muitos, mesmo em face da complacência escrava e servil da comunicação social e da crescente censura dos dissidentes nas redes sociais.

D. W. - O que seria do mundo se as forças que você chama de trevas o conquistassem?

C. M. V. - Um mundo em que o Deep State prevaleceria traria os piores cenários descritos pelo Apocalipse, pelos Padres da Igreja e pelos místicos. Um reino infernal em que tudo o que lembra, mesmo remotamente, da sociedade cristã - da religião às leis, da família à escola, da saúde ao trabalho - deve ser banido e derrubado, pervertido. Heterossexuais perseguidos, famílias proibidas de homens e mulheres, filhos nascidos de mães substitutas, história censurada, religião desacreditada, honestidade e disciplina desprezada, honra apontada como um conceito fascista, virilidade condenada como "tóxica", maternidade deplorada como "insustentável", velhice forçados à eutanásia, doença considerada apenas como uma oportunidade de lucro, saúde vista com suspeita. E também teremos de ver repudiar, após dois séculos de doutrinação, a famosa democracia em nome da qual os que nos governarem o farão sem eleições, em nome da saúde pública.

É somente no reino de Cristo que pode haver paz e verdadeira harmonia; na tirania de Satanás há terror, repressão, guerra contra o bem e a licença dos vícios mais infames.

D. W. - Em sua opinião, o que pode ser feito para evitar tal evolução?

C. M. V. - Devemos garantir que o que aconteceu até agora não alcance seu objectivo final. Podemos e devemos falar contra os enganos e mentiras de que somos alimentados todos os dias por aqueles que nos vêem como servos tolos e pensam que podem nos submeter sem qualquer reacção de nossa parte. Se existem leis que protegem os direitos naturais dos cidadãos, devemos todos nos manifestar e protestar com coragem, exigindo do poder judiciário que os responsáveis ​​por este golpe global sejam levados à justiça e condenados. Não podemos permitir, sob a ameaça de uma pandemia fabricada, que as nações sejam prostradas por uma crise económica e social induzida, nem que os povos sejam submetidos a restrições de suas liberdades em violação da lei e do bom senso. Se conseguirmos ficar firmes e não recuar diante deste ensaio geral da ditadura, o estado profundo recuará e aguardará por tempos melhores, e teremos tempo para evitar o estabelecimento da tirania. Se deixarmos acontecer, tornaremos este plano infernal irreversível.

Não nos esqueçamos, como católicos, que temos uma responsabilidade muito grande, tanto para com nossos pastores quanto para com nossos líderes. A nossa obediência pode e deve falhar quando somos solicitados a obedecer a leis injustas ou contrárias ao imutável Magistério da Igreja. Se a nossa oposição for tão firme e corajosa como nos dias dos Mártires, teremos feito a nossa parte para obter do Céu as graças que podem mudar o destino da humanidade e retardar a perseguição dos últimos dias.

É por isso que rezamos com confiança à Santíssima Virgem, Rainha das Vitórias e Socorro dos Cristãos, para que ela seja a nossa líder nesta batalha histórica. Que o glorioso Arcanjo Miguel esteja ao seu lado, expulsando para o inferno Satanás e os demais espíritos malignos que ad perditionem animarum pervagantur in mundo.

Fonte: Le Salon Beige

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Um quebra-cabeças no túmulo de D. Pedro

 


Acabado de limpar, o túmulo de D. Pedro I parece ainda mais uma peça de ourivesaria feita de pedra. São agora especialmente evidentes a delicadeza dos caracóis dos anjos e das penas das suas asas, o drapeado do vestido de D. Inês de Castro nas cenas representadas nas Rodas da Fortuna e da Vida ou as rugas na testa de um demónio num dos segmentos que contam a vida de S. Bartolomeu. 

Terminados os primeiros trabalhos nesta arca tumular com 650 anos, uma das jóias da escultura do Mosteiro de Alcobaça, é tempo de esperar pelo relatório do conservador restaurador deles encarregado, André Varela Remígio, e de começar a planear a fase seguinte. 

Remígio removeu todos os vestígios de silicone deixados por um molde do túmulo feito para uma exposição na Europália, em 1991, vestígios esses que estavam a corroer a pedra ao permitir que a água se acumulasse, e retirou boa parte das argamassas que cobriam o buraco nele aberto, segundo a tradição local, pelos franceses que ocuparam o mosteiro na Guerra Peninsular (1807-1814). 

Público


Fonte: A Monarquia Portuguesa

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sexta-feira, 26 de março de 2021

quinta-feira, 25 de março de 2021

25º Aniversário de SAR, O Senhor D. Afonso de Bragança, Príncipe da Beira



Dom  Afonso de Santa Maria Miguel Gabriel Rafael de Herédia de Bragança, filho primogénito de SS.AA.RR., Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança e de Dona Isabel de Herédia de Bragança, Duquesa de Bragança, nasceu numa segunda feira, 25 de Março de 1996, às 7h38 da manhã, no Hospital da Cruz Vermelha , em Lisboa. Ostenta os títulos de Príncipe da Beira e Duque de Barcelos.


Desejamos ao nosso Príncipe Real, Saúde, Paz, Harmonia e muito Amor com toda a Nossa Querida Família Real, no mais belo exemplo de União e Tradição.


 Que Deus o guie e ilumine naquela que desejamos seja uma longa vida cheia de sucesso.


VIVA SUA ALTEZA REAL DOM AFONSO, PRÍNCIPE REAL!

VIVA A FAMÍLIA REAL!

VIVA PORTUGAL!

quarta-feira, 24 de março de 2021

Arcebispo Carlo Maria Viganò: O Estado Profundo e a Igreja Profunda têm o mesmo programa (1ªparte)

 


Tradução Deus-Pátria-Rei

Deutsche wirtschafts nachrichten - Excelência, como você vivencia pessoalmente a crise do coronavírus?

Carlo Maria Viganò - A minha idade, meu status de arcebispo e meu hábito de uma vida aposentada podem não ser representativos do que a maioria das pessoas tem de suportar; no entanto, durante o ano passado, não consegui viajar para visitar pessoas que precisavam de uma palavra de conforto. Se houvesse uma pandemia real, eu não teria nenhum problema em aceitar de boa vontade as decisões das autoridades civis e eclesiásticas, pois teria reconhecido nelas a vontade de proteger as pessoas da infecção. Mas para que haja uma pandemia, o vírus deve primeiro ser isolado, ser grave e não pode ser tratado a tempo, e que as vítimas do vírus representem grande parte da população. Nós sabemos, entretanto, que Sars-CoV-2 nunca foi isolado, mas apenas sequenciado; que ele poderia ter sido tratado a tempo, usando as terapias disponíveis, mas em vez disso a OMS e as autoridades de saúde locais boicotaram o tratamento, impondo protocolos absurdos e vacinas experimentais; que o número de mortes em 2020 está absolutamente em linha com a média dos anos anteriores. São factos que agora são aceitos pela comunidade científica, no silêncio da comunicação social.

Fomos testemunhas de um plano que nada tem de científico e deveria despertar indignação universal. Sabemos por aqueles que estão preocupados que esta pseudo-pandemia que esta foi planeada por anos, primeiro por minar os sistemas nacionais de saúde e limitar os planos de combate à pandemia. Sabemos que se seguiu um cenário muito preciso, desenhado para dar uma resposta única em todos os Estados-Membros e uniformizar o diagnóstico, a hospitalização, o tratamento e, sobretudo, as medidas de contenção e informação dos cidadãos a nível mundial. Um director continua administrando a Covid-19 com o único propósito de impor restrições à força às liberdades naturais, direitos constitucionais, livre iniciativa e trabalho.

O problema não é a Covid em si, mas o uso que tem sido feito dela para realizar o Great Reset que o Fórum Económico Mundial anunciou há algum tempo e que agora está sendo implementada passo a passo, com a intenção de fazer inevitáveis ​​essas mudanças sociais, que de outra forma teria sido rejeitado e condenado pela maioria da população. Como a democracia, tão alardeada enquanto pôde ser dirigida graças à influência dos média, não teria possibilitado a realização deste projecto de engenharia social desejada pela elite globalista, deveria haver a ameaça de uma pandemia - apresentada como devastadora pela corrente dominante - para convencer a população mundial a passar por confinamentos, lockdowns, ou seja, prisão domiciliar real, cessação de actividades, suspensão de aulas e até proibição de culto; e tudo isso foi feito com a cumplicidade de todas as partes envolvidas, especialmente líderes, funcionários da saúde e a própria hierarquia da Igreja.

Os danos resultantes são enormes e, em muitos aspectos, irreparáveis. Sinto uma dor indescritível pensando nas consequências devastadoras da gestão desta pandemia: famílias destruídas, crianças e jovens cujo equilíbrio psicofísico foi afectado e que foram privados do direito às relações sociais, os idosos que deixamos para morrer sozinhos em lares de idosos, pacientes com cancro e pessoas que sofrem de doenças graves completamente abandonadas, empresários forçados à falência, fiéis privados dos sacramentos e da participação na missa... Mas esses são os efeitos de uma guerra, não de uma gripe sazonal que, se tratada a tempo, resulta em uma taxa de sobrevivência de 99,7% em pessoas não afetadas por doenças anteriores. E é significativo que nesta corrida louca para o abismo, até mesmo os princípios básicos de uma vida saudável estão sendo ignorados, apenas para enfraquecer nosso sistema imunológico: estamos confinados em nossas casas, mantidos longe da luz do sol e do ar fresco, para suportar passivamente o terrorismo mediático da televisão.

Com que severidade eles serão julgados, aqueles que deliberadamente proibiram tratamentos e prescreveram protocolos de tratamento manifestamente errados a fim de obter um número de mortos que legitima o alarme social e medidas de contenção absurdas? Aqueles que criaram deliberadamente as condições para uma crise económica e social global, para destruir as pequenas e médias empresas e fazer crescer as multinacionais; aqueles que boicotaram ou baniram os tratamentos disponíveis em benefício das empresas farmacêuticas; aqueles que apresentaram soros genéticos como vacinas, submetendo a população a um experimento cujos resultados ainda são desconhecidos e cujos efeitos secundários são certamente mais graves que os sintomas da própria Covid; aqueles que apoiam a narrativa apocalíptica nas cadeiras dos parlamentos e nas redações dos meios de comunicação social, que castigo terão? E como os altos escalões da hierarquia católica, que se tornaram cúmplices desta grotesca farsa, se justificarão perante Deus quando vierem perante Ele para serem julgados?

DW - Numa carta que você enviou ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, você se referiu não apenas a um "Estado profundo" [Deep State] - um termo que se tornou muito comum - mas também a uma "Igreja profunda"[Deep Church]. Pode explicar o que você quer dizer com isso?

C. M. V. - A expressão "Estado profundo" transmite muito bem a ideia de um poder paralelo, desprovido de legitimidade, mas que opera na coisa pública na prossecução de interesses particulares. Ao bem comum que o Estado tem o dever de promover, o Estado profundo defende o lucro da elite. Do mesmo modo, não podemos deixar de reconhecer que nas últimas décadas se consolidou na esfera eclesiástica um poder semelhante, que chamei de Igreja profunda, e que passa a perseguir os seus próprios interesses, antes dos fins próprios da Igreja de Cristo, em primeiro lugar, o salus animarum. Assim, assim como nos negócios públicos existem poderes ocultos que orientam as escolhas dos governos e seguem a agenda globalista, na Igreja Católica existe um lobby muito poderoso que usurpa a autoridade da Hierarquia com os mesmos objectivos. Em essência, o Estado e a Igreja são ocupados por um poder ilegítimo cujo objectivo final é a sua destruição e o estabelecimento da Nova Ordem Mundial. E não se trata de teorias de conspiração ou ficção política: o que está acontecendo diante de nossos olhos o prova além de qualquer dúvida razoável, a tal ponto que o Secretário-Geral das Nações Unidas declarou recentemente que o vírus foi usado para reprimir dissidentes.

D. W. - Até que ponto Deep State e Deep Church se sobrepõem, pelo menos no mundo ocidental?

C. M. V. - A sobreposição entre Deep State e Deep Church articula-se em várias frentes. O primeiro é sem dúvida ideológico: a matriz revolucionária, anticatólica e fundamentalmente maçónica do pensamento globalista é a mesma e não data de 2013. Para ser sincero, bastaria considerar a significativa coincidência temporal entre a celebração do Concílio Ecuménico Vaticano II e o nascimento do chamado movimento estudantil: a actualização doutrinal e litúrgica representou para as novas gerações um impulso propulsor que teve repercussões imediatas no plano social e político.

A segunda frente está na dinâmica interna do Deep State e da Deep Church: ambos contam entre seus membros figuras desviantes não apenas intelectual e espiritualmente, mas também moralmente. Os escândalos sexuais e financeiros que envolveram altos representantes da política, das instituições e da hierarquia católica mostram que a corrupção e o vício são, por um lado, um elemento que os une e, por outro lado, um meio de dissuasão efectivo por causa da chantagem a que todos eles estão sujeitos. As perversões de conhecidos políticos e prelados os forçam a obedecer à agenda globalista, mesmo quando sua cooperação parece irracional, temerária ou contrária aos interesses dos cidadãos e fiéis. É por isso que existem líderes no topo da elite que destroem a economia e o tecido social de seu país; é por isso que, simetricamente, há cardeais e bispos que propagam a teoria do género e um falso ecumenismo para escândalo dos católicos: ambos servem aos interesses de seu mestre, traindo sua missão a serviço da nação ou da Igreja.

Por outro lado, o projecto do estabelecimento da Nova Ordem Mundial não pode deixar de dar uma religião universal de inspiração maçónica, à frente da qual deve estar um líder religioso ecuménico, ambientalista e progressista. Quem melhor do que Bergoglio para este papel, para o aplauso da elite e o entusiasmo insano das massas doutrinadas no culto idólatra da pachamama?

D. W. - Quais são as provas ou indícios?

C. M. V. - Acho que a manifestação mais óbvia ocorreu ao mesmo tempo que a pandemia. O alinhamento do topo da Hierarquia com o tratamento insensato da emergência de Covid - uma emergência provocada propositalmente e amplificada servilmente pelos média em todo o mundo - chegou ao ponto de proibir as celebrações litúrgicas mesmo antes da autoridade civil solicitar; proibir a administração dos sacramentos até mesmo aos moribundos; ractificar a narração dominante com cerimónias surrealistas, repetindo ad nauseam todo o léxico da nova linguagem: resiliência, inclusão, nada mais será o mesmo, novo Renascimento, reconstruir melhor, etc .; patrocinar como "dever moral" um soro produzido com material fetal de aborto, que ainda está em teste e cujos efeitos secundários de longo prazo são desconhecidos. E não é tudo: o Conselho para o Capitalismo Inclusivo, promovido por líderes globalistas com a participação do Vaticano, dá a ratificação oficial do Great Reset do Fórum Económico Mundial, incluindo o salário universal e a transição ecológica. Em Santa Marta, eles até começaram a falar em transumanismo, ignorando teimosamente o caráter anticristão dessa ideologia para mostrar a sua obediência à ditadura do pensamento único. Tudo isso é horrível e nos perguntamos por quanto tempo mais o Senhor tolerará tal afronta por parte de seus ministros.

Por outro lado, a ênfase obsessiva no ecologismo malthusiano levou à nomeação de figuras notoriamente anticatólicas para a Academia Pontifícia para a Vida, partidários do declínio demográfico por meio da esterilização, do aborto e da eutanásia. Todos eles, sob a liderança de um prelado de comprovada lealdade bergogliana, distorceram completamente os objectivos da Academia fundada por João Paulo II, dando à ideologia dominante um apoio de autoridade e prestígio como o do homem que, mesmo que a usurpe, ainda detém autoridade na Igreja Católica. Não é surpreendente que a lista de academicos incluísse recentemente o professor Walter Ricciardi, um dos chamados "experts" que na Itália defendia o bloqueio e o uso de máscaras o tempo todo, sem qualquer prova científica da sua eficácia e contra as próprias recomendações da OMS. Ontem, foi noticiado que o mediador dos contratos de fornecimento da China para a emergência da Covid na Itália, Mario Benotti, foi recomendado pelo Cardeal Pietro Parolin (...)

Tudo isto revela a conivência do estado profundo e da Igreja profunda, em uma vil combinação destinada a destruir a soberania nacional por um lado e a missão divina da Igreja por outro. Ligações perturbadoras aparecem com a fraude eleitoral americana, com o vírus criado no laboratório de Wuhan e, por fim, com as relações comerciais com a ditadura chinesa, principal fornecedor de máscaras (fora dos padrões comunitários) para a Itália e muitos outros países. Parece-me que estamos muito além de simples indícios.


Fonte: Benoit & Moi

Suécia: Pediatra Abandona Investigação Sobre Efeito do COVID-19 nas Crianças por Hostilidade às suas Descobertas



Jonas Ludvigsson, Pediatra e Professor de Epidemiologia Clínica no Instituto Karolinska, na Suécia, desistiu da sua investigação sobre o Covid-19 após sofrer “mensagens de ódio nas redes sociais e por correio electrónico”. Em causa está um estudo que aponta para a doença representar um nível baixo de ameaça à saúde das crianças, e até mesmo à dos professores. Outro motivo para a hostilidade está em Ludvigsson ser identificado com a estratégia sueca e assinante da Declaração de Great Barrington

A sua investigação teve lugar na primeira vaga da pandemia, tendo sido publicada no passado mês de Fevereiro, no New England Journal of Medicine, após revisão por pares. Segundo a pesquisa, nos meses de Março a Junho de 2020, entre as 1,951,905 crianças na Suécia (de 1 a 16 anos) apenas 15 foram admitidas em UCI (Unidade de Cuidados Intensivos) – uma taxa de 0,77 por 100.000 – sendo que quatro tinham uma condição crónica subjacente. Nenhuma morreu. 

Quanto aos professores, menos de 30 receberam tratamento na UCI durante o mesmo período – uma taxa de cerca de 19 por 100.000. A estes dados acresce o facto, observado por Ludvigsson, de que as crianças não usavam máscara, enquanto os demais cidadãos suecos eram apenas “encorajados” a praticar o distanciamento social.

Escolas na Suécia: “É improvável que as crianças sejam os principais factores da pandemia da COVID-19” (Jonas F Ludvigsson, Instituto Karolinska)

Em declarações ao British Medical Journal, a Ministra do Ensino Superior da Suécia, Matilda Ernkrans, avançou que o governo planeia alterar a Lei do Ensino Superior para assegurar “que a educação e a investigação sejam protegidas, para que as pessoas possam descobrir, pesquisar e partilhar conhecimentos livremente”. Por fim, o Presidente do Instituto Karolinska, Ole Petter Ottersen, reiterou que “não podem ser toleradas acusações odiosas e desprezíveis e ataques pessoais”, seja contra o pediatra do seu instituto ou quaisquer outros investigadores que se sentiram compelidos a sair do “debate público após de terem sido ameaçados ou intimidados”.

Fonte: Notícias Viriato