terça-feira, 13 de julho de 2021

Enterrar o socialismo

Henrique Pereira dos Santos, no blogue Corta-Fitas, de 5-7-2021, publicou um poste muito interessante, “António Barreto, António Araújo e Nuno Palma”, sobre a controvérsia política relativa à vocalização pública de dados da evolução económica, educacional e social, durante o regime do Estado Novo e a sua comparação com os indicadores desde a revolução do 25 de Abril de 1974.

Falta a conclusão sobre a corrupção de Estado no regime socialista (uma deriva ditatorial do sistema democrático). Não foi apenas o impacto de desarticulação empresarial da revolução, a adesão à UE e ao euro, que provocou a regressão relativa de indicadores económicos no Portugal socialista (com curtos hiatos liberais de cariz… socialista nos costumes e… na economia) em comparação com os demais países europeus, mas o roubo dos recursos para projetos de escassa utilidade para permitirem comissões mais generosas e tachos maiores aos políticos decisores.

A raiz da polémica não está em dizer em público o que é conhecido na academia e empiricamente sabido pela geração dos “maduros”, nascida antes de 1945, e dos “boomers”, nascida entre 1945 e 1963, sobre a evolução dos indicadores, num ambiente ditatorial sem liberdades públicas, mas o facto de Nuno Palma ter constatado a falência do modelo socialista em Portugal. Sentiram-se atingidos todos aqueles que tiveram responsabilidades de direção, sustentação e até voto, no regime socialista de distribuição da pobreza, corrupção de Estado e generalização da subsídio-dependência em que temos vivido, com a cumplicidade da quase generalidade das elites políticas na órbita do PSD e do CDS.

Ou seja, corrupção e colaboracionismo. Exposta a falência política do modelo, socialistas e colaboracionistas da direita vieram protestar contra os factos. Os mais encarniçados têm sido até os que viveram do colaboracionismo com o socialismo corrupto e de maus costumes, desde o segredo bem guardado da pedofilia, à corrupção desbragada do socratismo e à desvergonha do costismo.

Então, o que fazer? Com a instauração do sistema da democracia direta, mudar de regime político, de paradigma social e de modelo económico.

Instaurar a democracia direta nos partidos (na escolha dos candidatos a todos os cargos políticos) e no Estado (transparência, escrutínio, referendos), com plena liberdade de expressão e responsabilização das redes sociais.

No regime político, enterrar o socialismo marxista, combater a corrupção (reformar as leis sobre a corrupção e terminar o controlo político do poder judicial) e apoiar a prosperidade sustentada e responsável.

No paradigma social, recuperar os valores cristãos.

No modelo económico, garantir a liberdade de criação de riqueza e terminar com a subsídio-dependência das pessoas, empresas e instituições da sociedade civil.

Mas tudo se resume, a enterrar o socialismo.


António Balbino Caldeira

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