quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Não são humanos, são humanistas

 


Tendo repugnância por todos os soldados, por todos os padres, pelos mercadores, reis e príncipes, pelos legisladores, sentindo irritação pela gente do povo, desdenhando da classe média, tendo sido sempre ensinados que os camponeses são imobilistas e supersticiosos, estando aptos a aceitar que os operários não servem como material adequado ao verdadeiro Estado Científico ou Utopia dos Intelectuais – tendo rejeitado todas as tradições humanas para cada uma das suas versões do progresso, são deixados com uma humanidade que apenas pode amar o abstracto mas dificilmente o concreto.
Não sobra muito de humanidade quando se eliminam todas as pessoas tidas como obstáculo ao progresso da humanidade. O esboço que eles traçam de um mundo sem guerra é curiosamente um esboço difícil e em branco. Eles podem fazer mapas e diagramas sobre como evitar a morte, mas não conseguem pintar quadros; isto é, quadros de pessoas alegres que aproveitam a vida.

G. K. Chesterton in «The Illustrated London News», 9 de Outubro de 1926


Fonte: Veritatis

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