quinta-feira, 2 de setembro de 2010

E da república portuga

É notícia do dia. Marcelo Rebelo de Sousa aconselha a reeleição de Cavaco Silva «para manter a social-democracia em Belém». O que equivale, inevitávelmente, a perpetuar, por essas paragens, uma bandeira laranja-rosa. Santa paciência, Sr. Prof. Isto ainda vai sendo um País de homens-homens e mulheres-mulheres... Esperemos que averso a possidoneiras.

Tristíssima e reprovável intervenção de um especialista em Direito Público. Lá que ele queira a social-democracia no Governo - acho muito bem. Transpô-la para a Chefia de Estado, é que não.

Nem o Estado nem - muito menos - a Nação devem ter cor partidária. Marcelo tem a obrigação de saber isso. E sabe. Mas a República obra amontoados desta natureza. Já em 1910 se vestiu com as cores do Partido Repúblicano. Contra tudo e contra todos.

No fundo, devemos-lhe agradecimentos. Foi esclarecedor. Na sua perspectiva, Belém será laranja (ou rosa). Na nossa, deverá ser sempre nacional, ostentando as cores isentas que fizeram a Nacionalidade. O que, obviamente, pressupõe que a Nação mantenha a Realeza, símbolo real da nossa identidade.

João Afonso Machado

Fonte: Centenário da República

Sem comentários: