Miguel Manso (in Público)
A continuidade não é uma palavra fraca, a única instituição a representá-la de facto é a Instituição Real. A continuidade é uma expressão comumente usada em política, por primeiros-ministros, bispos e altos funcionários. A história diplomática portuguesa, por exemplo, tem realmente das mais impressionantes caraterísticas de continuidade. Se questionados os cidadãos acerca da continuidade, essa será uma palavra forte, das mais importantes nas referências dos assuntos polítios. Não se trata, a meu ver, de um efeito psicológico, mas da clareza de que, apesar das mudanças, pela sucessão de primeiros-ministros e outros políticos, sempre, ano após ano, em meio de crises e vendavais económicos, algo deve manter-se, os objetivos comuns sociais, comuns à democracia e ao sentido último de todas as instituições de Estado. E essa representação só poderá pertencer à Instituição Real, por independente. O Rei ou Rainha, a Instituição Real, é a rocha dessa continuidade, a mesa permanente da conversação plural, a voz da coesão.
Pedro Correia
Fonte: Caderno Monárquico
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