sexta-feira, 29 de julho de 2022

A caça às bruxas do século XXI

 


Trotski, já dizia: «Quem tem a comunicação social nas mãos, tem o povo».

A mentira mais perigosa é a que vem de alguém que nos parece credível e que nos entra em casa diariamente. As pessoas que têm a televisão como companhia também a têm como arauto da verdade. Nunca, como hoje, a caixinha “que mudou o mundo” formatou, influenciou e alienou tantos cidadãos. Nunca, como hoje, a censura esteve tão activa e a informação, ou desinformação, tão controlada por quem nos governa.

O jornalismo está em estado de coma. A maior parte dos jornalistas e dos articulistas de opinião, que escrevem nos jornais e revistas e fazem programas nas rádios, formaram-se no ensino estatal e são militantes activos da sinistra (esquerda, em italiano). Os que não o são e conseguem que um ou outro órgão de comunicação social, que não se vendeu ao sistema, publique notícias que não saem nos mass média cá do burgo bem as suas opiniões fora do politicamente correcto, são alvo de ataques pessoais e de tentativas de cancelamento por parte de alguns activistas militantes das causas fracturantes, que não admitem o contraditório e cuja ideologia só avança porque faz parte da sinistra agenda política.

Fazer reportagens que duram horas, para depois montar peças de poucos minutos nas quais selecionam frases e palavras, muitas vezes retiradas do contexto e realinhadas de forma a denegrir aqueles que, gentilmente, acederam fazer a reportagem com a esperança de que a verdade seja conhecida de todos, é a coisa mais fácil deste mundo e, para os que colaboram com a imposição de uma agenda ideológica que paga muito bem e é promovida pela força política no poder… Vale tudo.

Afinal, pensam alguns “jornaleiros” dos nossos dias, estamos do lado certo da força, certo?

ERRADO!

O lado certo da força é, sempre foi, e continuará a ser a VERDADE.

Já passei por isso e, acredite, é muito complicado. Mas, não vou falar no meu caso. Vou recordar um triste e lamentável episódio, que aconteceu no dia 11 de Janeiro de 2019, na TVI e na TVI24, e que foi um dos maiores ataques de que tenho memória a pessoas e a uma instituição — no caso, a uma religião [que nem sequer é a minha] que não se rende à cultura nem às pseudo-ciências na questão abordada — em prol da agenda ideológica elgebetista de género, que nos está a ser enfiada goela abaixo e a destruir a identidade/sexualidade dos seres mais frágeis da nossa sociedade: as crianças.

A tentativa de queimar, literalmente, o Dr. Abel Matos Santos e a Dra. Maria José Vilaça em praça pública fez-me lembrar um auto-de-fé, sem fogo, mas com a clara intenção de matar a reputação dos dois profissionais de saúde. Graças a Deus, ambos saíram de cena e deixaram os acusadores a falar sozinhos.

Convidar dois profissionais de saúde que não são pró-agenda elgebetista e permitir que outros dois profissionais de saúde, claramente pró lgbtetc. (a psicóloga fazia parte da Ass. Feminista CAPAZES e nem sequer estaria inscrita na Ordem dos Psicólogos), atacassem vergonhosamente a fé da Drª Maria José Vilaça –  como se ela não pudesse ser psicóloga por ser católica — foi uma amostra da agressividade e da falta de tolerância da militância ideológica, que rejeita a ciência e tenta impedir que os seus potencias militantes sejam ajudados a pedido destes. Ouvir uma psicóloga afirmar que a prática homossexual é igual à prática heterossexual é surreal. E, sim, pessoas adultas podem fazer sexo com quem quiserem (menos com crianças, claro), e eu não tenho nada com isso. Mas, a relação homossexual não é igual à relação heterossexual. Só a relação sexual entre um homem e uma mulher – heterossexual – produz vida e garante a continuidade da espécie. A outra é estéril. Portanto, uma relação sexual que, caso fosse praticada pela maioria levaria fatalmente à extinção da espécie humana, não pode ser igual à que, naturalmente, garante a continuidade da espécie.

A homossexualidade é uma doença?

Numa época em que se investigam Ecossistemas para que se possa respeitar a sua integridade e não os destruir, em que a ciência procura descobrir os melhores métodos/tratamentos para manter a saúde – e todos são unânimes em afirmar que tal só é possível se as leis do corpo forem respeitadas – a sexualidade humana é a única que anda ao contrário e exige uma auto-determinação, que não respeita as leis do corpo, mas obedece cegamente aos sentimentos.

Hoje, depois da pressão do lóbi lgbtetc. para retirar a homossexualidade do CID9 [Classificação Internacional de Doenças] e de já não constar no CID10 como tal,  é crime dizer que a homossexualidade é uma doença ou que a pessoa que sente atracção sexual por pessoas do mesmo sexo pode mudar a sua orientação. Para o lóbi, a homossexualidade é uma condenação vitalícia mesmo para aqueles que não se aceitam e querem ajuda para mudar.  

Mas, como cristã, eu não creio que a homossexualidade seja uma doença que pode ser tratada com medicamentos. Para mim, que creio em Deus e na Sua Palavra, é pecado. Ora, como a Bíblia afirma que o pecado é a mais terrível doença, que afecta e contamina o género humano e a própria natureza, sim, posso dizer que é doença, mas só nesse sentido. E, sim, já nasce com a pessoa no sentido em que TODOS nascem pecadores. Nuns, o pecado manifesta-se de uma maneira, noutros, de outra.

E, porque é que é pecado?

«Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou activos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.» (1 Coríntios 6:9)

Porque a Escritura, que para o cristão, repito, é a Palavra de Deus, nos diz que Deus criou o Homem e a Mulher para O glorificar e gozar dEle para sempre. Como Criador, Ele uniu o Homem à sua Mulher e ordenou-lhes que se multiplicassem. Nada mudou. Ainda hoje, e até que Jesus Cristo volte e redima a criação caída (por causa da desobediência) o Criador exige que as suas criaturas Lhe obedeçam. Quando vivemos para satisfazer os nossos próprios apetites, sejam eles de que natureza forem, em detrimento do que Deus ordena, pecamos. Esta é a crença e a visão de qualquer cristão convertido a Cristo.

Onde está a tolerância — dos que tanto gritam por ela — para com pensamentos e modos de vida contrários aos que defendem?

A homossexualidade tem cura?

O apóstolo Paulo disse que sim, que há cura em Cristo:

«Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.» (1 Coríntios 6:11)

Humanamente falando, não creio que haja “cura” sem que haja o desejo do próprio em deixar a prática. Aliás, como o avanço do lóbi elgebetista e com a sua infiltração na igreja, há cada vez mais pessoas a não verem qualquer mal na homossexualidade. Muitos alegam que se a pessoa é feliz assim… O problema é que ninguém é feliz vivendo em desobediência a Deus e sob a sua ira.

Só Jesus Cristo pode salvar o ser humano do poder do pecado na sua vida. Ora, como cremos que tudo o que se desvia do plano e propósito de Deus para a sua criação é pecado, só mesmo o Autor e Consumador da salvação pode “curar” a homossexualidade e todos os demais pecados que aprisionam, oprimem e matam o ser humano.

De acordo com testemunhos dos próprios, é eticamente condenável não reconhecer que muitos homossexuais têm sido libertos da prática da homossexualidade. É indecente afirmar que, entre pessoas sujeitas a “tratamentos” — que as próprias buscaram — há mais suicídios, mas nunca mencionar que o número de suicídios cometidos por homossexuais é muito mais elevado do que o cometido por heterossexuais (e, não, a culpa não é da sociedade, mas sim efeito do pecado). É reprovável nunca mencionar as doenças que a prática homossexual potencia nos seus praticantes, etc.

Culpar a “falta de tolerância” — quando, na verdade, querem dizer APROVAÇÃO E ELOGIO da prática homossexual — do elevado número de suicídios na comunidade homossexual, não é só ridículo, mas também perigoso.

Por quê?

Porque, de acordo com esse ponto de vista, se eu, cristã, me sentir perseguida porque me auto-percebo como cristã, defendo os valores cristãos e vejo a intolerância a abater-se sobre os cristãos, me suicidar… A culpa é dos islâmicos, dos ateus, dos homossexuais e das minorias, que não aprovam o que os cristãos pensam nem elogiam as suas práticas?

Posto isto, defendo que:

NINGUÉM é obrigado a procurar ajuda se crê que não tem problema algum e se sente bem.

NINGUÉM é obrigado a crer no cristianismo e nos seus ensinos.

NINGUÉM é obrigado a submeter-se ao que quer que seja, contra a sua vontade.

NINGUÉM deve impor a alguém, adulto, aquilo que esse alguém não quer.

Não acredito em qualquer tipo de tratamento humano que cure o pecado no ser humano, seja ele qual for.

A proibição, exigida pelo lóbi lgbtetc., de proibir as ditas Terapias de conversão, que na verdade pretendem impedir as pessoas de procurarem profissionais de saúde para as ajudar nas suas dificuldades e aprisiona  essas pessoas numa espécie de fatalidade, é puramente ideológica e INQUALIFICÁVEL!

No programa da TVI, que mencionei no início deste artigo, usou-se (não digo que instrumentalizou porque não o posso afirmar) o sentimento de rejeição de alguém — que foi abandonado por quem pediu ajuda à igreja e a profissionais de saúde –  para diabolizar quem ajuda aqueles que procuram ajuda. Perceber que alguém se INFILTROU, fingindo procurar auxílio, e abusou da boa fé das pessoas com a intenção de denunciar algo em que não acredita, algo que parece ter resultado com quem buscou ajuda e não quis manter o relacionamento homossexual, é bárbaro. O jovem USADO não era católico, não acreditava que a homossexualidade é pecado e rejeitava a ideia da pessoa com quem tinha um relacionamento ter o direito de procurar ajuda profissional para mudar a sua orientação sexual, portanto, e de acordo com o que o próprio, ficou mais do que claro que apenas quis vingar-se de quem procurou ajudar o ex-namorado de acordo com o que o próprio buscou.

De acordo com o denunciante, que quis preservar a sua identidade, mas que invadiu, com más intenções, a privacidade dos outros: “foi complicado porque estava infiltrado e tinha que recolher imagens!” Ou seja, o que a reportagem pretendia era levar o povo a acreditar nas queixinhas do próprio, compadecendo-se do fim de um tão grande “amor”, e forçar a opinião pública a render-se ao lóbi lgbtetc, não só tolerando, mas também aprovando a conduta homossexual e elogiando-a.

Infiltrado? Por quem? Para quê? Isto dos directos…

Termino, dizendo que a perseguição, a caça e a tentativa de silenciar cristãos e não cristãos, que defendem a moral e os valores cristãos, continua a dar passos de gigante rumo ao caos social, à Sodoma e Gomorra do século XXI.

Nenhum cristão, que realmente viva e entenda o Evangelho, odeia, persegue ou tenta forçar à conversão e à fé quem quer que seja. Cura do pecado — seja ele qual for — é obra de Jesus Cristo.

Amar os pecadores, orar por eles e pregar-lhe o Evangelho é a comissão dada a cada cristão pelo próprio Deus; convertê-los é obra divina.

Qualquer tentativa de forçar pessoas adultas a fazer algo que não querem, é violência e deve ser denunciada e criminalizada. Ajudar quem nos procura, como cristãos e/ou profissionais de saúde conhecidos pela sua fé e pelo que pensam relativamente a certos assuntos, é um dever moral e cívico. Mal vai o mundo se um cristão não puder procurar um psicólogo cristão, e um não cristão procurar um não cristão…

Se o jovem INFILTRADO desejava aprovação para as suas práticas, qualquer um dos outros dois profissionais de saúde ali presentes, e muitos outros, o poderiam ajudar a sentir-se melhor consigo mesmo e a deixar de lado o desejo de vingança contra aqueles que, pelo que nos foi dado perceber, se limitaram a ajudar quem os procurou com um pedido de ajuda.

A psiquiatra pró-lgbtetc. deveria saber que o cristão é um ser inteiro e não dualista, que vive e age e como cristão em qualquer profissão, lugar ou contexto.

Dizer que alguém pode ser infeliz se não permanecer homossexual, que ninguém deixa de ser homossexual, que a homossexualidade é normal e até desejável, são OPINIÕES PESSOAIS apregoadas por militantes da causa. Continuarei a respeitar as pessoas, mas NINGUÉM me pode obrigar a defender, acreditar e concordar com as suas opiniões, da mesma forma que não obrigo NINGUÉM a concordar com as minhas.

A caça aos cristãos, que defendem os valores morais bíblicos, é cada vez mais acirrada e vai intensificar-se cada vez mais. Se nós, cristãos, não nos levantarmos contra esta tentativa de imposição de uma ideologia destrutiva, pagaremos um alto preço.

Amar as pessoas, sejam quais forem as suas orientações?

SIM.

Dizer ámen ao que consideramos pecado e aceitá-lo como se as suas consequências não fossem tão trágicas?

JAMAIS.

«Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade); aprovando o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta.» Efésios 5:8-13


Maria Helena Costa

Fonte: Inconveniente

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