quinta-feira, 7 de julho de 2022

Crimes soviéticos apontados à Rússia

 


O Ocidente – com indiferença, mas para nossa grande amargura – confunde os termos «Russo» e «Soviético», «Rússia» e «U.R.S.S.», muito embora aplicar os primeiros aos segundos seja o mesmo que conceder ao assassino o direito de usar a roupa e a identidade da sua vítima. É um erro irreflectido considerar os Russos da U.R.S.S. como «nação dominante». Não o são, certamente. Os Russos sofreram o primeiro golpe devastador no tempo de Lenine; desde então, fizeram-se milhões de mortos (e o que é pior ainda: assassinados de modo selectivo, devido à sua elevada qualidade, em relação aos outros), mesmo antes desse genocídio que foi a colectivização. Foi a partir de então que toda a história russa começou a ficar conspurcada, que a Igreja e a cultura foram esmagadas, e que religiosos, nobres, negociantes, e, dentro de pouco tempo também, o campesinato, foram aniquilados. Seguidamente, outros povos sofreram também golpes desses; mas ainda hoje são as regiões rurais da Rússia que têm o nível de vida mais baixo em toda a U.R.S.S., sendo as cidades de província as que possuem os mais baixos índices de abastecimento. Em vastas regiões do nosso País não há nada para comer e as importações de cereais americanos em nada beneficiaram o povo em geral (os cereais são guardados em silos de reserva para serem usados em caso de mobilização). Os Russos constituem a massa principal dos escravos deste Estado. O povo russo está extenuado, em via de degeneração biológica, e a sua consciência nacional aviltada e esmagada.


Alexandre Soljenitsin in «O Erro do Ocidente», 1980


Vale a pena lembrar que faz muitos anos que a propaganda nacionalista ucraniana usa o Holodomor como "prova" histórica da prepotência russa face à Ucrânia, omitindo: 1) que a sua autoria não foi russa, mas soviética*; 2) que não apenas os Ucranianos, mas também Russos, Cazaques, Tártaros, etc. foram vítimas da Grande Fome de 1930-1933.

*O primeiro governo soviético era composto por 80-85% de Judeus, conforme reconheceu Vladimir Putin em 2013.


Fonte: Veritatis

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