- A Causa Real saúda os atletas e as equipas portuguesas em competição nos Jogos Olímpicos de Paris, com votos dos maiores sucessos e êxitos desportivos para todos quantos representam Portugal nesse grande encontro de superação, talento e beleza mas também nessa grande concerto de Nações, Povos e Culturas que representam os Jogos Olímpicos da chamada era moderna fundados por Pierre de Fréd, Barão de Coubertin em 1896, sob o lema "Citius, Altius Fortious", sugerido pelo seu amigo, o Padre Henri Didon, frade dominicano.
- A Causa Real, apoiante de sempre do desporto, das suas virtudes e dos seus feitos extraordinários, considera também cada edição dos Jogos Olímpicos como um período alto da condição humana que apela e convoca os responsáveis pela organização, os atletas, as equipas e delegações, assim como o público e as autoridades, a convergirem na promoção de valores culturais que apontem para o caminho em que o desporto radica, da alegria do encontro, do respeito mútuo, da sã convivência e da paz.
- A Causa Real não pode, portanto, deixar de manifestar publicamente repúdio pela concepção, temática e execução de largas passagens alegóricas e muito simbólicas da cerimónia de abertura dos JO de Paris 2024, na passada sexta-feira, dia 26, deplorável espectáculo que França e a Europa deram ao Ocidente e ao Mundo para centenas de milhões de povos e nações de todas as proveniências e latitudes da Terra, através de uma produção cujo motivação, deliberada e ostensivamente, foi o maior ataque de sempre à fé cristã jamais perpetrado por meios audiovisuais e digitais.
- Na verdade, para além da "cena" da "Última Ceia", que ultraja a fé cristã, bombardeando a liberdade religiosa de centenas de milhões de pessoas - que já contou inclusive com censura de outros credos - toda a cerimónia, em diversos e sucessivos momentos, por aí não se satisfez, atacando também a cultura em que a Europa está alicerçada, basilar da cultura ocidental. E não satisfeita com tamanha sede de destruição, foi ainda capaz de ser miserável a ponto de trespassar valores universais, comuns a outras culturas, com apelos expressos a horrores tais como a guilhotina e assim à violência, entre outros grandes males deste e de todos os tempos, cuja incitamento pode ser verificado objectivamente, pois que de arte não se tratou mas de todo um "culto", que tem vindo a acentuar-se por via dos denominados "movimentos woke", braços malsãos, ditos na novilíngua orwelliana "de inclusão". A este propósito, apropriado será reproduzir as palavras do secretário-geral da Conferência Episcopal de França, Padre Hugues de Woillemont, que realçou que entre "a inclusão demonstrada e a exclusão efectiva de certos fiéis, não é necessário ferir as consciências para promover a fraternidade e a sororidade”.
- A Causa Real associa-se a todas as organizações idóneas e pessoas de bem, católicas ou não católicas, cristãs ou não cristãs, crentes ou não crentes que de toda a parte, culturas, credos, convicções e opções individuais em liberdade têm vindo repudiar o arquitectado desrespeito e a programado ataque levado a cabo na última sexta-feira em Paris sobre a Humanidade. E se a Organização dos JO de Paris veio fazer uma declaração alegadamente de desagravo, tal revelou-se um chorrilho de cinismo e mentiras.
- A Causa Real reitera aquilo que refere no ponto primeiro do presente Comunicado, saudando os atletas e as equipas portuguesas em competição nos Jogos Olímpicos, com votos dos maiores sucessos e êxitos desportivos para todos quantos representam Portugal, encorajando-os também a não se sujeitarem à neutralidade totalitária que está a ser imposta aos medalhados, de desistirem da sua liberdade religiosa e de consciência.
- A Causa Real apela ainda às autoridades desportivas e civis portuguesas, assim como ao povo em geral que, no uso dos meios legítimos que têm ao seu dispôr, façam chegar à Organização dos JO nota de repúdio pelo sucedido, autorizando as entidades idóneas e pessoas de bem a reproduzirem o presente Comunicado perante quem de direito.
Lisboa, 29 de Julho de 2024
Fonte: Causa Real
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