Uma hipótese impossível em Monarquia porque nenhum monarca, jamais autorizaria alienação de território nacional, tal como é feito pelas repúblicas onde a estabilidade partidária surge antes da integridade territorial.
Notícia sobre alienações para reduzir dívida irritam o Governo grego, mas não apagam as dúvidas sobre a veracidade futura desta hipótese.
O jornal britânico The Guardian publicou ontem uma história segundo a qual o Governo grego se prepara para vender ilhas mediterrânicas visando reduzir a sua dívida pública de 300 mil milhões de euros, mais de 110% do PIB. O artigo citava casos específicos de venda, nomeadamente uma zona na ilha de Mykonos e uma ilha chamada Nafsika, no mar Egeu, cujo preço, num negócio privado, seria de 15 milhões de euros.
O Governo grego desmentiu de imediato a reportagem. Em comunicado, Atenas considerou "enganadora" a informação sobre alienação de ilhas de propriedade pública e negou o interesse de investidores russos e chineses.
De acordo com o The Guardian a Grécia estaria disponível para vender ou alugar a longo prazo algumas das seis mil ilhas para poder pagar a dívida,
Segundo o jornal britânico, um terço da área da ilha de Mykonos, um dos principais destinos turísticos do país, estaria à venda.
Investidores, maioritariamente russos e chineses, estão interessados em propriedades da ilha de Rodes a pensar em futuros destinos no Mediterrâneo para os clientes cada vez mais abastados daqueles países.
Entre os supostos interessados está o magnata russo Roman Abramovich, o multimilionário proprietário do clube de futebol britânico Chelsea, apesar de um porta-voz ter negado qualquer investimento imediato.
Segundo o portal da Internet Private Islands, a ilha de Nafsika, no mar Jónico, está à venda por 15 milhões de euros.
Outras, no entanto, supostamente vendem-se por menos de dois milhões de euros, ou seja, por um preço inferior a uma casa nos bairros londrinos de Chelsea ou Mayfair, afirma o jornal.
Se a história do Guardian não parece relacionada com a crise financeira grega, o mesmo não se pode dizer da decisão de ontem, tomada pelo governo helénico, de avançar com a reforma do sistema de pensões. A iniciativa tem sido fortemente contestada pelos sindicatos, que tencionam organizar outra greve geral na terça-feira.
A nova lei prevê o congelamento das pensões até 2013 e aumento da idade mínima de reforma para 65 anos, bem como aumento do número de anos de contribuição. Serão fundidos diferentes sistemas de pensões e acabam os privilégios de reformas antecipadas para várias centenas de profissões.
«É algo que entristece. Vender ilhas ou zonas que pertencem ao povo grego devia ser o último recurso», afirmou Makis Perdikaris, director da Greek Island Properties.
«É uma vergonha que se tenha chegado a este extremo, mas pelo menos demonstra que a Grécia está decidida a tomar todas as medidas necessárias para tentar cumprir as suas obrigações», explicou ao jornal Gary Jenkins, analista da empresa Evolution Securies.
No entanto o Governo Grego depressa desmentiria a notícia.
A hipótese de venda de ilhas para pagar a dívida pública é um tema sensível na Grécia, sobretudo depois desta sugestão ter sido feita por dois deputados da direita alemã. Em Março, quando Atenas mergulhou na crise financeira, o cristão-democrata Josef Schlarmann (do partido de Angela Merkel) e o liberal Frank Schaeffler (na coligação do Governo) defenderam em público que o governo grego não se deveria limitar a medidas de austeridade para conter o défice, mas era também necessário que considerasse a venda de património turístico e histórico para conter a dívida pública.
Estas sugestões, feitas em tom irónico e reproduzidas pelos jornais alemães da direita, escandalizaram os gregos. Na altura, estava em causa um debate sobre a eventual ajuda alemã a um país em crise e os dois deputados alemães eram críticos da ideia de se financiar a Grécia, que tem cerca de seis mil ilhas, incluindo 227 sem habitantes. Na realidade, este país é um popular destino de turismo internacional e as ilhas são investimentos apetecíveis para milionários de todo o mundo. No mercado imobiliário, uma ilha no mar Egeu pode custar dois milhões de euros.
Em Maio, já depois da polémica com os deputados alemães, o governo introduziu medidas drásticas que provocaram forte agitação social. Com défice orçamental de 13,5% do PIB em 2009, Atenas aprovou um plano que prevê cortes de 30 mil milhões de euros em três anos, para atingir um défice de 3% do PIB em 2014.
A Grécia tem 2,6 milhões de pensionistas (23% da população) e deverá gastar 13% do PIB em 2020 com estes pagamentos. Segundo os peritos, e se nada fosse feito, em 2050 o sistema custaria 24% do produto. Outros dados estatísticos apontam para uma pensão média mensal de 720 euros, 14 vezes. Cada pensionista grego recebe na reforma, em média, 57% do salário que tinha.
O Governo de Georges Papandreou introduz a reforma das pensões no âmbito do acordo que fez em Maio com a UE e o Fundo Monetário Internacional. Este entendimento permitiu à Grécia aceder a um empréstimo de 110 mil milhões de euros. Ao explicar a reforma, o primeiro-ministro adiantou que ela é um teste sobre a "capacidade do Governo de ir além de aumentos de impostos e cortes na despesa e de introduzir reformas estruturais".
Notícia sobre alienações para reduzir dívida irritam o Governo grego, mas não apagam as dúvidas sobre a veracidade futura desta hipótese.
O jornal britânico The Guardian publicou ontem uma história segundo a qual o Governo grego se prepara para vender ilhas mediterrânicas visando reduzir a sua dívida pública de 300 mil milhões de euros, mais de 110% do PIB. O artigo citava casos específicos de venda, nomeadamente uma zona na ilha de Mykonos e uma ilha chamada Nafsika, no mar Egeu, cujo preço, num negócio privado, seria de 15 milhões de euros.
O Governo grego desmentiu de imediato a reportagem. Em comunicado, Atenas considerou "enganadora" a informação sobre alienação de ilhas de propriedade pública e negou o interesse de investidores russos e chineses.
De acordo com o The Guardian a Grécia estaria disponível para vender ou alugar a longo prazo algumas das seis mil ilhas para poder pagar a dívida,
Segundo o jornal britânico, um terço da área da ilha de Mykonos, um dos principais destinos turísticos do país, estaria à venda.
Investidores, maioritariamente russos e chineses, estão interessados em propriedades da ilha de Rodes a pensar em futuros destinos no Mediterrâneo para os clientes cada vez mais abastados daqueles países.
Entre os supostos interessados está o magnata russo Roman Abramovich, o multimilionário proprietário do clube de futebol britânico Chelsea, apesar de um porta-voz ter negado qualquer investimento imediato.
Segundo o portal da Internet Private Islands, a ilha de Nafsika, no mar Jónico, está à venda por 15 milhões de euros.
Outras, no entanto, supostamente vendem-se por menos de dois milhões de euros, ou seja, por um preço inferior a uma casa nos bairros londrinos de Chelsea ou Mayfair, afirma o jornal.
Se a história do Guardian não parece relacionada com a crise financeira grega, o mesmo não se pode dizer da decisão de ontem, tomada pelo governo helénico, de avançar com a reforma do sistema de pensões. A iniciativa tem sido fortemente contestada pelos sindicatos, que tencionam organizar outra greve geral na terça-feira.
A nova lei prevê o congelamento das pensões até 2013 e aumento da idade mínima de reforma para 65 anos, bem como aumento do número de anos de contribuição. Serão fundidos diferentes sistemas de pensões e acabam os privilégios de reformas antecipadas para várias centenas de profissões.
«É algo que entristece. Vender ilhas ou zonas que pertencem ao povo grego devia ser o último recurso», afirmou Makis Perdikaris, director da Greek Island Properties.
«É uma vergonha que se tenha chegado a este extremo, mas pelo menos demonstra que a Grécia está decidida a tomar todas as medidas necessárias para tentar cumprir as suas obrigações», explicou ao jornal Gary Jenkins, analista da empresa Evolution Securies.
No entanto o Governo Grego depressa desmentiria a notícia.
A hipótese de venda de ilhas para pagar a dívida pública é um tema sensível na Grécia, sobretudo depois desta sugestão ter sido feita por dois deputados da direita alemã. Em Março, quando Atenas mergulhou na crise financeira, o cristão-democrata Josef Schlarmann (do partido de Angela Merkel) e o liberal Frank Schaeffler (na coligação do Governo) defenderam em público que o governo grego não se deveria limitar a medidas de austeridade para conter o défice, mas era também necessário que considerasse a venda de património turístico e histórico para conter a dívida pública.
Estas sugestões, feitas em tom irónico e reproduzidas pelos jornais alemães da direita, escandalizaram os gregos. Na altura, estava em causa um debate sobre a eventual ajuda alemã a um país em crise e os dois deputados alemães eram críticos da ideia de se financiar a Grécia, que tem cerca de seis mil ilhas, incluindo 227 sem habitantes. Na realidade, este país é um popular destino de turismo internacional e as ilhas são investimentos apetecíveis para milionários de todo o mundo. No mercado imobiliário, uma ilha no mar Egeu pode custar dois milhões de euros.
Em Maio, já depois da polémica com os deputados alemães, o governo introduziu medidas drásticas que provocaram forte agitação social. Com défice orçamental de 13,5% do PIB em 2009, Atenas aprovou um plano que prevê cortes de 30 mil milhões de euros em três anos, para atingir um défice de 3% do PIB em 2014.
A Grécia tem 2,6 milhões de pensionistas (23% da população) e deverá gastar 13% do PIB em 2020 com estes pagamentos. Segundo os peritos, e se nada fosse feito, em 2050 o sistema custaria 24% do produto. Outros dados estatísticos apontam para uma pensão média mensal de 720 euros, 14 vezes. Cada pensionista grego recebe na reforma, em média, 57% do salário que tinha.
O Governo de Georges Papandreou introduz a reforma das pensões no âmbito do acordo que fez em Maio com a UE e o Fundo Monetário Internacional. Este entendimento permitiu à Grécia aceder a um empréstimo de 110 mil milhões de euros. Ao explicar a reforma, o primeiro-ministro adiantou que ela é um teste sobre a "capacidade do Governo de ir além de aumentos de impostos e cortes na despesa e de introduzir reformas estruturais".
Fonte: Somos Portugueses
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