sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

“Mais do que de regime, há problema de valores”

Paulo Teixeira Pinto, Presidente da Causa Real sobre situação no 370.º aniversário da Restauração da Independência.

Correio da Manhã – D. Duarte de Bragança, a propósito das comemorações da Restauração da Independência, afirmou numa entrevista que a crise profunda "reforça a legitimidade monárquica". Como comenta estas declarações?
Paulo Teixeira PintoA crise profunda reforça, no fundo, a inspiração monárquica na busca de identidade. A legitimidade é a mesma. Tem mais que ver com o refúgio da confiança. Mas obviamente que concordo com o que diz D. Duarte de Bragança, quer pela natureza quer por uma questão de lealdade.

– D. Duarte é também muito crítico em relação ao actual sistema. O que tem a dizer nesta matéria?

D. Duarte de Bragança é da Casa Real, eu sou da Causa Real, não me compete estar a comentar o que diz o príncipe.

– Mas terá uma opinião própria em relação ao actual regime.

Mais do que um problema de regime, o que existe é um problema de vida, de valores e de comportamentos.

– Que alternativas propõe ao actual regime?

Essa é uma questão que tem que ver com o processo de Revisão Constitucional e que não posso estar agora a reproduzir em meia dúzia de linhas. Seria um assunto para uma conversa mais longa.

– Qual o ponto de situação do processo de revisão constitucional?

O projecto foi entregue e agora é um assunto que compete aos grupos parlamentares.

– Mas está atento ao processo?

Obviamente, tenho estado atento a todo o processo.

– No dia em que se celebra a Restauração da Independência, que mensagem gostaria de deixar aos portugueses?

Que quando há vontade, uma vontade dirigida a um bem comum, se medite no que aconteceu há 370 anos, quando quarenta vontades individuais interpretaram uma vontade colectiva.

Fonte: CM

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