terça-feira, 26 de julho de 2011

Portugal-Tailândia, 500 Anos



Embora por cá não se notem, já tiveram início as comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses ao Sião. Pelo que temos visto, os tailandeses estão a levar muito a sério o seu primeiro contacto com um povo europeu e este video é um bom exemplo. Não fosse o Instituto do Oriente do ISCSP (Narana Coissoró, Vasconcelos Saldanha e Miguel Castelo-Branco) e dos meios financeiros por esta entidade graciosamente oferecidos a este ciclo, nada teria acontecido até ao momento pela parte portuguesa, ao contrário dos tailandeses que estão a investir avultados meios logísticos, humanos e financeiros. Não nos cheguem com as desculpas habituais, porque o Instituto do Oriente é uma entidade pobre e tudo tem feito para cumprir com dignidade aquilo a que se propôs. O Governo simplesmente não teve capacidade para o realizar: edições, conferências, exposições, catálogos, monografias académicas, preparação de um simpósio internacional a realizar em Novembro, tudo isto também implicando deslocações e estadias para as quais o contribuinte português não desembolsou um tostão.

Nuno Castelo-Branco


Foi anteontem apresentada em simultâneo em Lisboa e Ayutthaya, antiga capital do Sião, a emissão filatélica conjunta luso-tailandesa alusiva aos 500 anos de relações entre os dois países. A convite da administração dos CTT foi-me pedida colaboração na condição de investigador doutorando do Instituto do Oriente /Universidade Técnica de Lisboa. Os trabalhos que serviram para ilustrar os selos agora à venda em todas as estações de correios de Portugal e Tailândia são do pintor português Carlos Barahona Possollo, meu amigo de há muito, bem como da artista plástica tailandesa Mayuree Narknisorn. O texto explicativo, em inglês e português, é de minha autoria.
 
Por iniciativa de uma das maiores instituições culturais portuguesas, está previsto para o início do Outono em Lisboa a inauguração de importante exposição que pela primeira vez reunirá a mais relevante documentação alusiva à relação entre os dois países. Uma vez mais de parabéns todos quantos se têm dedicado com entusiasmo a estas celebrações. No que nos diz respeito, ainda falta concluir o tal livro de meio milhar de páginas que dedicarei a todos quantos, na Tailândia como em Portugal, exigem passar do registo de divulgação para o conhecimento das fontes sobre aquelas relações existentes na Tailândia, Portugal, França, Macau e Índia.
 
Miguel Castelo-Branco
 

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