sexta-feira, 16 de agosto de 2019

14 de Agosto: o dia em que ganhámos o direito a ser na História

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A 14 de Agosto de 1385, as hostes portuguesas e castelhanas defrontaram-se em Aljubarrota, numa das batalhas campais mais impressionantes da Idade Média. Em inferioridade numérica, na proporção de seis mil e quinhentos homens (6.500) contra trinta e um mil (31.000), os portugueses infligiram uma pesadíssima derrota às forças castelhanas. O luto, em Castela, foi de dois anos, pelas perdas humanas em mortos e em prisioneiros. Em Portugal, a vitória consolidaria definitivamente a soberania portuguesa e ajudaria a incrementar um sentimento de identidade fortíssimo que nos acompanha desde então.

Encerrada a crise dinástica despoletada com a morte de Dom Fernando I, em 1383, Dom João I pôde consolidar a sua posição como Rei de Portugal, o primeiro da sua dinastia. As pretensões de João I de Castela saíram goradas irremediavelmente.

Mitos surgiram, nomeadamente o da célebre Padeira, que teria, de uma assentada, matado sete castelhanos com uma pá. Representações que o imaginário popular cria de tão surpreendente campanha. O engenho português que levou a dianteira sobre a força de cavalariça. Os cálculos, a previsão, a estratégia, que se sobrepuseram à vantagem do inimigo.

De lá para cá, Aljubarrota tem sido frequentemente evocada. Paira sobre os portugueses como um episódio que a todos deve orgulhar. Houvéssemos perdido e o curso da História não nos teria sido favorável. O mundo não existiria tal qual o conhecemos, é uma certeza, pois a expansão não se teria dado, se tanto como se viria a dar, e não muito tempo depois. Já havia, aliás, incursões marítimas pelas ilhas do Atlântico.

Um feito notável para um pequeno reino. Viva Portugal!

MTF

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