Foi dado como morto em Alcácer-Quibir e Filipe II organizou-lhe exéquias em Lisboa em 1582, fazendo passear o seu cavalo em frente do préstito, mas todos sabiam que aquele corpo não era, nem o corpo físico do Rei, nem o corpo místico do Desejado. A longa espera pelo seu regresso continua e por esse reinado restaurado de felicidade, paz e prosperidade, sobre a destruição, as desgraças e a decadência, esse tenente de Deus na terra reinará sobre o Quinto Império. O sebastianismo é o nosso mito político mais arreigado, e por mais charlatães que teimem em apresentar-se, reclamando o lugar do ausente, o povo saberá identificá-lo no momento em que esse homem-força demonstrar que é Dom Sebastião, finalmente regressado coberto de cicatrizes, humildade e sabedoria da guerra com o Miramolim.
MCB
Fonte: Nova Portugalidade
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