A 21/22 de Agosto de 1415, Portugal conquistava Ceuta, dando assim início à expansão marítima portuguesa, não obstante já terem ocorrido inúmeras incursões no Atlântico.
A tomada de Ceuta, localidade situada no norte do continente africano, deu-se por motivos de ordem religiosa, social, política e estratégica. Representou um passo decisivo na afirmação da cristandade além-mar. Por outro lado, era um ponto estratégico para as investidas que o Infante Dom Henrique delineava no continente africano. Não menos importante ainda, Portugal conseguia, através da empresa, afirmar-se junto dos seus vizinhos peninsulares. Há quem avente motivos de ordem económica, mas as vantagens para Portugal, nesse domínio, são suspeitas. Na falta, então, de um caminho marítimo para a Índia, os produtos orientais passavam também por Ceuta, o que a convertia num entreposto comercial de suma importância. Militarmente, Ceuta permitia uma defesa mais eficaz do Algarve, que facilmente poderia sucumbir ao assédio sarraceno.
Ceuta manter-se-ia portuguesa até 1668. Em 1640, por estar pejada de castelhanos, recusou-se a reconhecer Dom João IV e manteve a sua lealdade aos Habsburgo. Importa acrescentar que, na conquista da cidade, participaram também numerosos galegos.
MTF
Fonte: Nova Portugalidade
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