domingo, 13 de outubro de 2019

D. Gualdim Pais, Mestre dos Templários (1118 – 1195)

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1118 – Nascimento de Gualdim Pais, em Amares, perto de Braga.

Em Jerusalém, nasce a Ordem dos Cavaleiros do Templo – os Templários, fundada por nove cavaleiros.

1126 – Primeira doação feita aos Templários em território português.

Apenas oito anos após a sua fundação em Jerusalém, os Templários recebiam as primeiras terras, doadas por D. Teresa em 1126, ainda antes de Portugal nascer. Foram as terras de Fonte Arcada, no actual distrito de Viseu.

1128 – No ano da batalha de S. Mamede, Gualdim Pais terá passado a ser educado na corte, perto de D. Afonso, nove anos mais velho.

O pequeno Gualdim era sobrinho de D. Paio Mendes, arcebispo de Braga, a figura mais importante do clero português, aliado e conselheiro político de D. Afonso Henriques.

1129 – Afonso Henriques, cavaleiro Templário.

Depois de vencer a mãe e os seus aliados galegos, na batalha de S. Mamede, D. Afonso Henriques vai reconfirmar uma doação que D. Teresa tinha feito aos Templários: a doação de Soure, perto de Coimbra. Nesse documento, D. Afonso afirma que ele próprio é um cavaleiro Templário: “…in vestre fraternitate sum frater”

1139 – Gualdim Pais e Afonso Henriques na batalha de Ourique. Segundo a tradição, Afonso Henriques venceu o exército de cinco reis mouros que se tinham reunido contra ele.

Antes da batalha é aclamado como rei pelos seus cavaleiros. Gualdim Pais, então com 21 anos, era um desses homens. Lutou com tanta coragem que logo ali, no mesmo dia em que pela primeira vez chamaram rei a Afonso Henriques, foi armado cavaleiro pelo príncipe português.

1143 – Assinatura do Tratado de Zamora.

Com este documento assinado Afonso VII (rei de Leão e Castela) e D. Afonso Henriques, o território do Condado Portucalense torna-se independente. Nasce o reino de Portugal.

1147 – Conquista de Santarém.

D. Gualdim é um dos 120 guerreiros que, ao lado do rei, vão tomar de assalto o castelo de Santarém, escalando as suas muralhas durante a noite. O rei seleccionou, sem dúvida, os seus melhores combatentes para este ataque e boa parte desta força eram cavaleiros Templários.

Conquista de Lisboa. D. Gualdim está entre os 30.000 guerreiros, cerca de 15.000 portugueses e outros tantos Cruzados estrangeiros, que durante quatro meses atacaram a cidade de Lisboa até à sua rendição.

1151 – D. Gualdim parte para a Terra Santa, onde se torna Templário.

Na continuação da 2ª Cruzada, que começou pela conquista de Lisboa e vai continuar na Terra Santa, Gualdim Pais embarca para Jerusalém. Nestas terras cristãs do Oriente vai D. Gualdim, durante cinco anos, viajar e combater contra os muçulmanos.

Nem todos os autores estão de acordo, alguns dizem que já era Templário quando partiu para a Terra Santa, mas é possível que tenha sido já em Jerusalém que entrou para a Ordem, recebido pelo Grão-Mestre Templário, Bernard de Trémelay.

1153 – Gualdim Pais participa no cerco de Ascalon. Além de importante cidade marítima, daqui partiam frequentes ataques muçulmanos sobre os peregrinos cristãos a caminho de Jerusalém. Estas foram as principais razões que levaram os cristãos à sua conquista.

À força de tiro das catapultas, que atiravam pedregulhos contra o castelo, as muralhas abriram uma brecha. Por aí logo entraram 40 cavaleiros Templários, incluindo o seu Grão-Mestre, mas os outros cristãos não os seguiram e eles foram cercados. Encurralados em ruas estreitas, são todos abatidos pelas setas que chovem sobre eles.

Para desencorajar os guerreiros que cercavam o castelo, os 40 Templários foram degolados e as suas cabeças penduradas nas muralhas. Uma semana depois, após um cerco de cinco meses, Ascalon caiu nas mãos dos cristãos.

1156 – Depois de participar ainda no cerco de Gaza e no ataque e rendição de Sídon, Gualdim Pais… “… voltou para o Rei que o criara e o fizera cavaleiro (Afonso Henriques)”. Nestes cinco anos de combates e viagens por terras do Médio Oriente, D. Gualdim Pais viu e aprendeu muito. Conheceu as técnicas mais avançadas na construção de castelos, erguidos na Terra Santa pelos Cruzados.

Quando chegou a Portugal, revolucionou a forma de construir as fortalezas. Entre outras novidades, D. Gualdim vai introduzir o alambor e a torre de menagem, que surgem, pela primeira vez em Portugal, no castelo de Tomar.

1158 – Conquista de Alcácer do Sal. D. Gualdim, Mestre dos Templários portugueses.

Depois de conquistar Lisboa, D. Afonso Henriques tentou, por três vezes, conquistar o castelo de Alcácer do Sal. Primeiro, numa acção de surpresa, apenas acompanhado por 60 homens; depois, em 1151 e 1157, com a ajuda de armadas de Cruzados. Falhou sempre.

Em 1158, o nosso primeiro rei atacou mais uma vez. Só com forças portuguesas, cercou e atacou o castelo. Ao fim de dois meses de combates, Alcácer caiu nas mãos de Afonso Henriques.

Foi durante uma dessas lutas, enquanto tentava escalar as muralhas, que foi morto o Mestre dos Templários, D. Pedro Arnaldo. Com a morte de D. Pedro Arnaldo, ficaram os Templários sem Mestre. Logo escolheram Gualdim Pais para os comandar, o que foi muito do agrado de D. Afonso Henriques.

Não se sabe ao certo se D. Gualdim Pais assumiu o comando dos Templários portugueses em finais de 1158 ou no início de 59. O que se sabe é que, depois dele, nada será como antes.

1159 – A doação de Ceras.

Logo em Fevereiro deste ano, Gualdim Pais resolve um problema que se arrastava há anos com D. Gilberto, o bispo inglês de Lisboa. Entre os 120 homens que conquistaram Santarém, ao lado de Afonso Henriques, boa parte deles eram cavaleiros Templários. No assalto ao castelo, a sua ajuda foi tão importante que o rei decidiu recompensá-los e deu-lhes os direitos sobre o Eclesiástico de Santarém, ou seja, sobre as suas igrejas.

Naquele tempo as igrejas recebiam rendas das terras que possuíam e arrendavam. Além disto, cobravam um imposto aos cristãos, o dízimo, normalmente pago em produtos agrícolas.

Oito meses depois de Santarém, nesse mesmo ano de 1147, D. Afonso Henriques conquistou Lisboa com a ajuda de 13.000 Cruzados. Um deles era D. Gilberto de Hastings, monge inglês que o nosso primeiro rei vai nomear para bispo de Lisboa. Ora, D. Gilberto achava que os direitos sobre as igrejas de Santarém pertenciam ao bispo de Lisboa e fez essa reclamação junto do Papa, iniciando-se um longo conflito.

Com acordo de D. Afonso Henriques, Gualdim Pais vai logo resolver este assunto. Os Templários cedem os direitos sobre Santarém a D. Gilberto, excepto os da igreja de Santiago, e recebem do rei o vasto território de Ceras. Têm o dever de o defender de qualquer ataque árabe e o direito de o explorar economicamente, livre de quaisquer obrigações ou pagamento de impostos ao rei ou ao bispo.

O território de Ceras, que incluía todo o actual concelho de Tomar, passou a ser a sede da Ordem dos Templários em Portugal.

1160 – A fundação do castelo de Tomar.

O nome de Ceras era devido ao velho castelo, erguido pelos romanos, num monte junto à ribeira de Ceras. Era a única fortificação existente neste vasto e pouco habitado território. A estrada romana (unindo Lisboa a Braga) permitia aos árabes passar com facilidade e atacar a capital do reino no século XII – Coimbra. Para impedir essa entrada, D. Gualdim Pais tinha que fortificar o território.

Não agradou ao Mestre o estado de ruína do castelo de Ceras nem a sua localização, tendo procurado outro sítio para construir a sua principal fortaleza. Encontrou-o a dez quilómetros, num largo vale rasgado por um rio, o Nabão, junto às ruínas da cidade romana de Sellium.

No dia 1 de Março de 1160, Gualdim Pais e os seus Templários começaram a erguer o castelo de Tomar.

1162 – Primeiro foral de Tomar.

A segurança dada pelo castelo, bem como as terras férteis junto ao rio, atraíram rapidamente os povoadores, que construíram as suas casas dentro das muralhas do castelo, na Almedina.

Para regular a vida na vila e as relações dos povoadores com a Ordem, D. Gualdim Pais deu o primeiro foral a Tomar, apenas dois anos depois de se começar a construir o castelo. Por esse documento ficamos a saber das diferenças sociais que havia entre os primeiros tomarenses.

Os habitantes estavam divididos em dois grupos com diferentes deveres e direitos, os cavaleiros vilãos e os peões herdadores, conforme participavam nas batalhas a cavalo ou a pé. Os primeiros tinham os seus bens livres do pagamento de impostos; já os segundos pagavam uma renda ou foro, em produtos agrícolas, para poderem trabalhar nas terras da Ordem.

No foral também estavam escritas as obrigações dos habitantes da vila para defender o castelo e o território. Aí se diz que as atalaias (sentinelas) eram feitas metade do ano pelos Templários e outros seis meses pelo povo; que os habitantes não tinham de pagar ou dar de comer aos guardas das portas do castelo e da vila; quando o rei chamasse para a guerra, cada cavaleiro templário era acompanhado por quatro combatentes, recrutados entre os homens da vila de Tomar.

1165 – Doação de Idanha e Monsanto.

Depois da doação de Ceras, D. Afonso Henriques entrega aos Templários outro enorme território, uma faixa com 100 quilómetros por 40 de largura, na Beira Baixa. Queria-se evitar que os mouros atravessassem o Tejo para atacar o norte do país, mas também povoar esta região quase deserta.

Agora os Templários têm enormes territórios à sua guarda. D. Gualdim sabe que é urgente erguer fortalezas e vai dirigir a construção de vários castelos ao mesmo tempo.

1169 – Desastre de Badajoz.

Sempre foi a vontade do rei que decidiu e comandou a reconquista das terras aos árabes. Afonso Henriques sempre dirigiu essas conquistas para sul, em direcção ao Algarve. Porém, agora deixa-se influenciar por Geraldo Geraldes e, em vez de continuar nesse sentido, vai atacar para o interior da Península Ibérica, um território que o rei de Leão também queria para si.

O alvo é a importante cidade árabe de Badajoz. Geraldo ataca, chega a entrar nas muralhas e a tomar a cidade, mas os mouros resistem-lhe na alcáçova, o último reduto. D. Afonso Henriques veio reforçar o cerco com as suas tropas, mas não contou com os interesses do seu genro, o rei de Leão, que se aliou aos árabes de Badajoz e veio cercar D. Afonso.

Feito prisioneiro pelos soldados do rei de Leão, foi libertado após dois meses, mas nunca mais pôde voltar aos campos de batalha.

Não podendo D. Afonso continuar a comandar a Reconquista, nesse mesmo ano de 1169 vai entregar aos Templários de D. Gualdim Pais a defesa e o povoamento do Alentejo, dando á Ordem 1/3 de todas as conquistas que fossem feitas.

1171 – Construção do castelo de Almourol.

Nesta ilha de granito, no meio do Tejo, existia um castelo árabe chamado Almorolan, que significava “Pedra Alta”. Em 1128, foi conquistado por D. Afonso Henriques que o entregou aos Templários.

Foi sobre as ruínas do velho castelo dos mouros que D. Gualdim Pais reedificou o novo, um dos mais bonitos de Portugal. Com o de Tomar e outros que os Templários construíram entre o Tejo e o Zêzere, destinava-se a travar possíveis ataques dos exércitos árabes em direcção a Coimbra, a capital do reino nesse tempo.

Neste mesmo ano terminou a construção do castelo de Pombal, iniciada por Gualdim Pais quando se tornou Mestre dos Templários, em 1159.

A proximidade do inimigo obrigava a um grande esforço na defesa do território. Gualdim Pais dirigiu, ao mesmo tempo, a construção dos castelos de Tomar, Pombal e Almourol, empregando técnicas de construção absolutamente novas em Portugal.

1172 – O castelo de Monsanto.

A estes castelos ainda se deve juntar o de Monsanto, também reconstruído por D. Gualdim sobre antigas muralhas romanas e árabes, entre 1165 e 1172.

1174 – O castelo do Zêzere.

D. Gualdim Pais deu foral à vila de Paio de Pele, actual povoação de Praia do Ribatejo – Vila Nova da Barquinha. Por esta altura, terá sido ali construído o já desaparecido castelo do Zêzere, junto à margem do rio.

O segundo foral de Tomar. Neste ano, além de Paio de Pele, D. Gualdim deu, não só, foral à vila de Pombal, mas também um segundo foral a Tomar. Este documento mostra-nos que a nossa vila tinha crescido em tamanho e número de povoadores, pelo que Gualdim Pais viu necessidade de criar novas regras para regular a vida dos habitantes de Tomar.

A principal preocupação de Gualdim Pais neste foral é de carácter criminal. Como ele aí diz: “… eu, Mestre Gualdim, de acordo com os meus freires (Templários), com o poder que me dá a vontade de Deus, temos a necessidade de acabar com as ofensas e os roubos entre o povo subjugado a nós.” Aqui está enumerada toda uma série de crimes, do homicídio (matar alguém) ao roubo, e os respectivos castigos a aplicar. Algumas das penas eram tremendamente duras.

A verdade é que também havia crimes e costumes horríveis, como o de mandar encher a boca de alguém com excrementos: o crime da “merda na boca”. Aparece referido em bastantes forais deste período e alguns reis, como D. Diniz, chegaram a condenar à morte quem praticasse tal acto. No foral de Tomar dizia-se que quem lançasse esterco à cara de outro, pagaria 60 soldos de multa.

Era também esta quantia que pagava quem entrasse para furtar, à noite, numa vinha ou numa horta. Pagava isso e o que trouxesse vestido. Metade da multa era para o dono da horta ou da vinha e a outra metade para os senhores da terra, os Templários. Se o ladrão não pudesse pagar, era pregado a uma porta, durante um dia, e depois chicoteado.

Em Tomar também havia escravos mouros, prisioneiros de guerra, e esses eram tratados de forma ainda mais dura, sem quaisquer direitos: “O mordomo (a autoridade do Concelho) não prenda o mouro que ande acorrentado, ou a moura solta, por qualquer dano, mas se os senhores da terra (Templários) ou o Concelho acharem que fez coisa grave por que mereça ser apedrejado ou queimado, seja então apedrejado ou queimado. Se tal coisa fez que mereça ser chicoteado, chicoteiem-no, tanto o mouro como a moura, e entreguem-nos ao seu dono.”

Apesar da maior parte deste foral nos falar de crimes e castigos, também aqui estão indicados os impostos e as rendas que os povoadores tinham de pagar aos Templários. Esses pagamentos eram calculados conforme os rendeiros das terras possuíssem juntas de bois para lavrar ou cavassem a terra usando uma simples enxada.

Estes impostos eram tão pesados que os habitantes de Tomar, aproveitando a confusão que se gerou com o fim dramático dos Templários e a sua substituição pela Ordem de Cristo, no início do século XIV, apagaram estas obrigações no foral. A falsificação foi descoberta, quase ao fim de cem anos, e os tomarenses foram condenados a pagar, de uma vez, todas as rendas atrasadas à Ordem de Cristo.

1176 – O castelo de Longroiva. As terras de Longroiva, com o seu velho castelo do século X, foram doadas aos Templários por um cunhado de Afonso Henriques, em 1145.

D. Gualdim Pais vai renovar este antigo castelo, construindo-lhe uma elevada torre de menagem. É nesta torre que, pela primeira vez em Portugal, vai ser montado um hurdício, balcão de madeira, apoiado em traves que saem da torre, permitindo despejar líquidos a ferver ou pedregulhos sobre os atacantes da torre.

1178 – D. Sancho comanda um exército de vários milhares de homens, num fossado por terras árabes. Talvez para fazer sentir aos mouros que a incapacidade física do deu pai não retirava aos portugueses a capacidade de ataque, o jovem Sancho vai comandar este fossado que chega a atacar a importante cidade de Sevilha, no “coração” das terras muçulmanas.

D. Gualdim Pais, que sempre acompanhara Afonso Henriques nas suas batalhas, está agora ao lado do infante D. Sancho, servindo-o com a sua espada e os seus conselhos.

1179 – O Papa Alexandre III reconhece a independência do reino de Portugal, através da bula Manifestis Probatum.

1185 – D. Afonso Henriques morre em Coimbra. O primeiro rei português está sepultado no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, a “capital” ao tempo que D. Afonso Henriques fundou o reino de Portugal.

1187 – Castelo de Idanha-a-Nova.

A doação de Idanha (1165), que D. Afonso Henriques fez aos Templários, referia-se a Idanha-a-Velha que, juntamente com Monsanto, eram as únicas fortificações existentes nesta vasta região. Além de alterar e reconstruir estes castelos, D. Gualdim vai ainda fundar neste território os castelos Novo e do Ródão.

Em 1187 inicia-se a construção do castelo de Idanha-a-Nova. Protegida pelas muralhas da nova fortaleza, vai nascer a povoação a que D. Sancho I dá foral.

1190 – Cerco de Tomar.

Neste ano, as forças muçulmanas realizaram um forte contra-ataque e fizeram recuar os portugueses, desde o Algarve até ao rio Tejo. Conquistaram e saquearam castelos e povoações por todo o Alentejo e Ribatejo.

Os defensores de Tomar foram avisados da aproximação do exército árabe, através do alerta enviado pelas sentinelas da torre de vigia ou atalaia que existia entre os castelos de Tomar e Almourol.

No dia 13 de Julho, novecentos guerreiros árabes, chefiados pelo rei Almansor de Marrocos, cercaram o inacabado castelo de Tomar. Lá dentro, cerca de duas centenas de defensores eram comandados por um velho guerreiro, de 72 anos, D. Gualdim Pais.

Os árabes, durante seis longos dias, saquearam os campos em redor e cercaram o castelo, fazendo várias tentativas para o conquistar. A certa altura, chegaram a transpor a porta de Almedina que hoje dá para a mata dos Sete Montes e, nesse tempo, dava acesso à vila que ficava dentro das muralhas. Os cavaleiros Templários foram ao encontro do inimigo e conseguiram repelir o ataque, mas o combate foi tão violento que, a partir daí, a porta de Almedina passou a chamar-se porta do Sangue.

Foi em Tomar que foi travado o contra-ataque árabe de 1190, graças à valentia de D. Gualdim Pais e dos seus cavaleiros Templários.

1195 – Morte de D. Gualdim Pais.

Morre, aos treze dias do mês de Outubro, no seu castelo de Tomar, como nos conta a sua lápide funerária. Foi sepultado na igreja de Santa Maria dos Olivais, por ele mandada reconstruir sobre as ruínas de um mosteiro do século VII.

Como se viu, D. Gualdim nasceu no mesmo ano em que foi fundada a Ordem do Templo (1118). Morreu no mesmo dia (13 de Outubro) em que os Templários, mais de um século depois (1307), começaram a ser presos e perseguidos em França, num processo que acabará com a Ordem do Templo. 

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