A Maçonaria (diz o Irmão Ragon, autor sagrado da seita, na sua obra Curso Filosófico) não é de país nenhum; não é francesa, escocesa ou americana, etc. É uma e universal: tem muitos centros de acção, mas só um centro de unidade e universalidade. Se ela perdesse esse carácter de unidade e universalidade, deixaria de existir.
Logo, todas as lojas maçónicas, assim como todas as repúblicas e monarquias liberais, por elas dirigidas, obedecem a esse centro comum de unidade, e têm a mesma essência, embora com diverso nome, segundo os fins desse centro.
Diz a Aliança Republicana Universal, organizada em Nova Iorque em 1857: O fim da associação é afirmar o direito de todos os países de mudarem os seus governos em republicanos, de se unirem entre si, para formarem uma solidariedade republicana.
Logo, o fim último que a Maçonaria tem em vista, é formar uma República universal em todo o mundo.
Que terrível futuro nos preparam os tais filantropos!
As palavras principais que o Grão-Mestre dirige à Perfeita-Mestra, quando ela é admitida a este grau, são estas: A principal das vossas obrigações será irritar o povo contra os Reis e os Padres: no botequim, no teatro, nos bailes, trabalhai com esta sacrossanta intenção. (Gautr. pág. 129).
O juramento dos membros da sociedade das Quatro Estações contém estas palavras: Em nome da República, juro ódio eterno a todos os Reis, etc. (Gautr. pág. 129).
Logo, a Maçonaria nem quer Reis, que lhe estorvem as suas maldades, nem Padres, que lhas descubram.
Vê-se, pois, que o fim da Maçonaria, por essência cosmopolita e universal, é estabelecer a todo o custo a República ou Anarquia em todo o mundo, e por consequência tolera a Monarquia constitucional, porque ela na essência é o mesmo que a República, e porque ambas produzem os mesmos efeitos.
Por isso conhece-se com clareza, que ambos estes sistemas foram inventados pela seita maçónica mui de propósito com o fim malévolo de roubar as Nações, e acabar com a Igreja Católica, e com os seus ministros.
Pe. Casimiro José Vieira in «Apontamentos para a História da Revolução do Minho em 1846 ou da Maria da Fonte», 1883.
Fonte: Veritatis
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